quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Livro da existência


    Quando abro os meus olhos para o que rodeia-me, enxergo o quanto posso ser pequena.
   O quanto minhas dores podem parecer triviais e passageiras, meus sonhos e desejos, insignificantes. Meus amores, pura chama.
    O universo amplia-se a minha frente, sem que eu posso ver-lhe o fim, e o tempo se estende para além do que posso imaginar. Então por que para mim, pobre ser efêmero, esses meus sentimentos e razões ginganteiam-se assim? Eles assumem a proporção humana, dentro do  próprio universo que há em mim.
Mas ora! Nosso tempo aqui é tão curto e nublado, que a uníca maneira que nos faz provar um gole da eternidade é a intensidade com que obramos nossa existência.
      Qualquer pequeno pensamento, qualquer mínima ação, pontua cada parágrafo de nossa história pessoal, e para nós, nossa vida é um livro gigante, de sensações, dores, medos, anseios, erros, acertos, amores...Mas para o tempo, que tudo engole, ele não passa de uma letra de uma frase no grande livro da vida, que pode ou não tentar completar o significado das palavras.
           Somos tão pequenos, que passamos a vida a buscar a prova de nossa existência, para alcançar, não diante do universo, mas perante a nós mesmos uma aparente grandiosidade.

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