Ultimamente quero ser mais brisa, menos tempestade. Quero passar suave, na calmaria. Fluir tranquila nas mesmas coisas, sabendo que elas vão mudar rápido demais e nada se pode fazer em relação a isso... Talvez, daqui há poucos anos, poucos meses, poucas semanas, eu não veja as pessoas com os mesmos olhos, nem queira lhes falar o que hoje desejo. Talvez não estejamos aqui para isso, de qualquer forma... Talvez, daqui há um tempo, aumente a lista de pessoas que eu machuquei e as que eu ajudei, e minhas perguntas não esclarecidas nem importem mais. E talvez eu ame, e sofra, e mude, deixe cicatrizes e fira e seja ferida. Mas nada disso importa. Aprendi a não sofrer por antecedência, não perder meu sono. Antes eu era muito mais tempestade, querendo deixar minha marca em tudo... Mas andar suavemente pelo mundo é uma dádiva no fim das contas."
"Você escolhe o que faz da vida, mesmo escolhendo não fazer nada. É sempre assim, sob os golpes, você ou se esquiva, ou enfrenta. Sob as mudanças, ou você assimila, ou dissimula... e você sempre tem a opção entre chorar pelo o que foi, ou abraçar o que vem. Mudanças podem ser grades ou podem ser janelas, buracos ou saidas, golpes ou oportunidades... Você escolhe, ou é escolhido." Lorem Krsna
Tantas vezes quis voltar no tempo para tentar consertar as coisas, mas agora vejo tudo isso como bobagem.
No fim, ainda não me arrependi de nada que tenha feito, pois tudo, de alguma maneira me ajudou intensamente.
Sou feliz na medida certa, ou do possivel. O que tenho para reclamar afinal, se esse é sim o caminho que venho escolhendo? Culpar o destino é só uma desculpa de quem não quer admitir seus erros...
Mas enfim, brinquei, sorri, sofri e chorei já tantas vezes! E não só, e não pela ultima...Cometi erros, tomei decisões certas e outras erradas. Conheci lugares bons e outros nem tanto, gostei de pessoas, me apeguei a momentos e já me dei mal também por isso. Fui racional quando tive que ser, e tola quando o momento pediu. Não posso dizer que já tive pessoas, por isso não sei se já as perdi. E cometi erros, e como cometi!
Não quero reclamar, não é algo de que eu goste em mim. Nem tão pouco aceito o que chamam de destino de cabeça baixa. Conformismo não é muito o meu estilo. Enfim, o que tenho pra reclamar afinal? Não tenho tudo o que quero, é verdade. Mas tenho tudo o que preciso para conseguir. Tenho mais até do que acho que mereço.
Tenho meus segredos e medos, tenho minhas dores e minhas felicidades só minhas. E fico cada vez mais certa de que estou mudando para melhor. Não vivo em quase mais, vivo em todo!
E isso faz de mim um ser melhor do que ontem, e pior do que amanhã!
Lorem Krsna
Minha felicidade é simples: como estouro de pipoca assistindo reprise na tv no fim de tarde, ou quando está passando na rua a sua música favorita, e você não se controla em cantar.
São destes sentimentos que a vida é feita, genuínos.
E você precisa sentir para viver, chorar, sorrir, ao menos uma vez se apaixonar, quebrar a cara, se enrolar em uma mentira e mergulhar no mar, seja o azul ou das oportunidades. Uma vida sem sentir, quer seja o lapso frágil de uma felicidade efêmera, ou uma dor que parece não ter fim, mas que passa, não é se viver, é algo que não tem nome, e assim, é como se nem ao menos existisse.
Dizem que a chave que abre a porta pode ser a última do molho, mas as vezes temos que ter a força necessária para arrombar portas que nos cobram a passagem, ou pular janelas quando a vida sela nossas saidas ao invês de ficar a chorar inultimente no alpendre.
O Rudy da menina que roubava livros, foi um personagem que sempre me encantou, por sua lealdade, sua humanidade, compaixão e a capacidade de amar, ser direto. E havia algo mais, pois Markus Zusak criou ele com uma vivacidade impressionante, um personagem tão real que me fez rir e chorar em cada linha. Rudy era o amigo perfeito, para todos os momentos. Ele mexia com as pessoas, as fazia pensar.Era impossível não amar Rudy.
- Que tal um beijo, Saumensch?
Rudy E Liesel
" A única coisa pior do que um menino que detesta a gente.
Um menino que ama a gente."
Liesel é a personagem principal, a garota que roubava livros. A menina da Alemanha nazista que se apaixona pelas palavras, quando foram justamente as palavras de alguém que criou a guerra. Liesel tem seus pais adotivos, uma vizinhança repleta de histórias, a biblioteca da mulher do prefeito (seu local de furtos). Tem Max, o judeu escondido com cabelos de pena. E tem Rudy, o garoto de cabelos de limões.
Melhores amigos, para todoas as horas, todos os momentos. Jogar futebol, ouvir os problemas, roubar livros, ou resgatá-los de lagos gelados. Liesel e Rudy eram perfeitos um para o outro, pois se conheciam, se amavam e se detestavam, sabendo os defeitos e as qualidades um do outro. E Rudy não tem nenhuma reserva sobre seu sentimento pela amiga, sempre a pedir um beijo para a Saumensch. Um beijo que ela tanto quis e tanto hesitou, e que veio tarde demais.
O Beijo da morte
“No início, Liesel não conseguiu dizer nada. Talvez
fosse a súbita turbulência do amor que sentiu por ele. Ou será que
sempre o tinha amado? Era provável. Impedida como estava de falar,
desejou que ele a beijasse. Quis que ele arrastasse sua mão e a puxasse
para si. Não importava onde a beijasse. Na boca, no pescoço, na face.
Sua pele estava vazia para o beijo, esperando.”
Um livro contado pela morte não podia dar em outra... Pois três vezes Liesel se encontrou com a morte e sobreviveu. Mas não Rudy... E seria justo?Um personagem tão encantador e real...E nem sempre a realidade é feliz.
Rudy Steiner. O garoto que encantou até a morte.
"Ele mexe comigo, esse garoto. Sempre. É sua única desvantagem. Ele
pisoteia meu coração. Ele me faz chorar."
A todos nós Dona Morte. A todos nós. =/ Lorem Krsna
" Você passa a maior parte do tempo Falando de si mesmo e como isso é importante para seu ego Mais do que para qualquer outra pessoa Passe mais tempo ouvindo" Story of Man- Tiago Iorc
A primeira vez que ouvi a música Story of man adorei o ritmo, sempre fã da voz inconfundível de Tiago Iorc, este jovem e talentoso músico. Mas foi ao ler sua tradução que pude desfrutar do verdadeiro teor desse trabalho e da verdade por trás da letra.
Você passa a maior parte do tempo
Tentando entender porque você nunca consegue entender
Justamente o que você está tentando entender
Passe mais tempo vivendo
As vezes nos vemos absortos nas explicações para tudo na vida. De o porquê que ele é meu amigo, por que me ama, por que as pessoas são como são. Algumas coisas na vida, como sentimentos não necessitam de explicação, de fórmulas exatas, de um manual de instrução. Simplesmente sentimos, agimos, e se parássemos de tentar encontrar tanta explicação para tudo, tentando entender de fato cada pequeno passo, viveríamos muito mais do que temos para viver. Afinal, ninguém precisa explicar a refração de luz para achar um arco-íris bonito.
Você passa a maior parte do tempo Procurando pelo amor que estará à procura do seu amor Você ama guardar o seu amor para o amor Passe mais tempo amando
Entramos então no âmbito dos relacionamentos, podendo mesmo abranger qualquer um: amizades, família, relacionamentos conjugais... De fato, o mal que pesa sobre qualquer relação é você procurar sempre o que pode dar errado nela, ou subjugar o outro com atos de egoísmo. Ou mesmo, passar tanto tempo buscando um amor ilusório, que não enxerga ao real e palpável a sua espera. Nós fugimos do amor sem perceber, ao tentar encontrar um amor que não existe, ou tentar fazer das pessoas que amamos aquilo que não são. O amor está em todos os lugares. Apenas ame.
Você passa a maior parte do tempo
Falando de si mesmo e como isso é importante para seu ego
Mais do que para qualquer outra pessoa
Passe mais tempo ouvindo
Temos uma boca e dois ouvidos afinal... rs. Este é um dos trechos com que mais me identifico. Noto muitas vezes as pessoas sempre tentando parecer maiores do que as outras, imaginando que o sucesso de outros anulará o seu. Eles usam muito mais o "eu" do que qualquer pronome possível, e acreditam que tudo gira ao seu redor, e todos estão lá apenas para ouvi-los. O problema de um ego super desenvolvido, é que não sobra espaço na circunvizinhança para qualquer pessoa respirar sem se intoxicar com tanto egocentrismo. E você acaba só, sufocando em si mesmo.
Você passa a maior parte do tempo
Julgando tudo como se até soubesse de alguma coisa
Há mais nas coisas do que somente uma coisa
Passe mais tempo respeitando
O mal de todos nós. Fazer pré-julgamentos. Acreditar que as coisas só existem do jeito que achamos que devem ser, respeitando só as opiniões iguais as nossas, quando tudo na vida são pontos de vista, ninguém carrega uma verdade absoluta. Ninguém sabe de tudo, e nem chegam nem perto. Só quando assumimos isso, nossa humanidade, alcançamos um patamar maior e aprendemos a respeitar os outros e consequentemente crescemos. A muito que não sabemos, e é bom se acostumar com isso.
Você passa a maior parte do tempo Preocupado com o que irão dizer sobre suas maneiras bobas E isso não é bobo, afinal de contas? Passe mais tempo fluindo
Viver a vida tentando agradar as pessoas. O erro que cometemos com tanta frequência tentando ser aceitos... Vamos apenas sufocando quem somos, prendendo o que há de mais natural em nós mesmos, nossa personalidade, nosso espírito. É tão mais fácil só mostrar as pessoas aquilo que você é, vivendo sem tanto peso, mais leve. Seja você, e as pessoas que gostarem de você são aquelas que irão te acompanhar na vida e te estender a mão. De resto, não importam o que vão falar, pois aprenda algo na vida: sempre, não importa o que você faça ou quem seja, vão falar de qualquer jeito mesmo...
Você passa a maior parte do tempo
Reclamando, blefando, odiando todos o tempos
Sangrando
O copo meio vazio, a luta árdua para ser sempre melhor do que os outros, o individualismo, e a maneira como tudo está sempre pouco, ruim, e sempre ansiamos por mais. Apenas pedindo, reclamando, nunca agradecendo ou ouvindo. E assim, com tantos atos sem sentindo vamos ferindo as pessoas e ferindo a nós mesmos. Vamos nos destruindo por dentro, cheios de rancor, deslealdade e egoísmo. E assim, vamos simplesmente sobrevivendo, e não vivendo de verdade. E essa é a história da humanidade, sufocando em sua própria sujeira.
Então, depois de ouvir essa obra que retrata tão bem o que somos, o nosso mal e nossos erros e como devíamos apenas viver, fluir, amar... Sem tantos porquês, tanto peso e causando tanta dor.
Quem não ouviu, eu recomendo ouvir essa música! É a história de um homem e de todos nós!
Lorem Krsna
Adorei essa versão que segue também, me deu saudade da minha vida inteira...rsrs
"Prefiro ter sentido seu cabelo uma vez, prefiro ter tocado sua mão
uma vez, prefiro ter lhe beijado uma vez, do que passar a eternidade sem
isso!"(city of angels)
Cidade dos anjos é um filme produzido em 1998, sob a direção de Brad Silberling,que se passa na cidade de Los Angeles, e conta a história de um anjo, Seth (Nicolas Cage) e uma mortal, Maggie (Meg Ryan). Seth é responsável por proteger Maggie, uma cirurgiã brilhante e descrente que sofre um forte abalo emocional oa perder um paciente. Mas Seth apaixona-se por sua protegida, e chega ao dilema de permanecer um anjo sem que possam ficar juntos, ou abrir mão de sua imortalidade em nome do amor que aprendeu a sentir.
O filme trata de amor, de escolhas e o que elas interferem em nosso curso, pois por mais que façamos planos, sempre poderá acontecer uma coisa (ou surgir uma pessoa) que mudará tudo, e nos mostrará que existe muito mais do que acreditávamos.
Há várias coisas que eu amo nesse filme: a trilha sonora (foi a primeira vez que ouvi falar de the goo goo dols, e só por isso teria valido a pena.), a interpretação de Nicholas Cage, o que ele passa sobre o amor, e o que faríamos por ele.
O filme é de fato emocionante, e o final surpreende. Ele fala sobre de que abriria mão para amar. E de fato, não querendo estragar o final para quem não assistiu, mas você entende que é melhor amar e perder do que nunca ter amado, nem sabido o que é o amor.
Lorem Krsna
Citações:
"Talvez a emoção se torna tão intensa que transborda do corpo. Sua mente e
seus sentimentos tornam-se poderosos de mais. E seu corpo chora. "
"O destino une e separa pessoas, mas mesmo ele sendo tão forte,
é incapaz de fazer com que esqueçamos pessoas que por algum momento nos
fizeram felizes...”
"De que lhe adianta ter asas, se você não pode sentir o vento?
Algumas coisas são verdadeiras, acreditando nelas ou não.
Carta de Seth (um dos momentos mais emocionantes do filme)
Sou
feito de sentimentos, emoções, de luz, de amor. Sou a voz que você ouve
quando pede um conselho, sou quem te toma nos braços quando necessita,
talvez, agora, enquanto lê essas palavras, eu esteja aí, ao seu lado,
olhando dentro dos seus olhos como quem quisesse enxergar o que teu
coração demonstra,mais tarde... à noite, quando você se deita... sou
quem nina seus sonhos sentado ao seu lado esperando você dormir...
dizendo que tudo vai ficar bem. Se ao
menos você pudesse me perceber, se notasse o que sinto ao seu lado...
basta você querer, basta por alguns instantes esquecer seus problemas,
fechar os olhos, como se nada mais existisse, me deixe chegar perto de
ti... te abraçando... sinta meu coração batendo ao compasso do teu...
sinta que não está sozinha, nunca esteve! Apenas esqueceste de olhar
mais com os olhos do teu coração... então abra os olhos... veja os
meus... me conheça. Quem
sou eu pra pedir para que me note? Apenas um anjo que se deixa levar
por suas emoções, que desconhece o que é errado... se entrega, se
rende... vagando por estrelas, nuvens, pelo céu escuro da noite...
olhando pelos outros, despertando amores, anseios, paz nas almas que
fraquejam, sentado ali de cima olhando você... te observando...
deixando, às vezes, uma lágrima cair e se fazer uma gota de sereno que
te toca os lábios... lágrima essa por não poder nada mais que apenas te
ver... sentir sem poder tocar. Manifestando através de pequenas coisas,
como um sorriso sincero nos lábios de alguém que você não conhece, o
toque de uma criança a te fazer carinho, palavras escritas nas páginas
de um livro que te chamam atenção, palavras que mexem e emocionam o
coração ditas do nada, como um sussurro em seu ouvido... e se um dia uma
brisa leve e suave tocar seu rosto, não tenha medo, é apenas minha
saudade que te beija em silêncio. Os humanos têm um hábito muito peculiar de
julgar seus semelhantes por sua aparência, de rotular pessoas as quais
nunca viram... apenas pelo modo como ela se apresenta... porém, consigo
ver dentro de cada um o que realmente são... e me assusto algumas vezes
em como podem os humanos deixar-se levarem por embalagens, por
invólucros... deixam de terem muitas vezes ao seu lado verdadeiros
tesouros, amizade sincera, lealdade, companheirismo... simplesmente por
não terem gostado do rosto do indivíduo. Imagine uma roseira cheia de
espinhos, ninguém acreditaria que dela pudesse brotar uma rosa tão bela,
sensível e delicada. É do interior que nascem as flores. Pude conhecer seu
interior... me deparei com uma flor linda... e com muitas qualidades. Se
preserve assim... muitas vezes é melhor sermos o que realmente somos...
a viver como as pessoas acham que deveríamos ser... Não existe ninguém
melhor, ou pior que ninguém... apenas diferentes umas das outras e essas
diferenças são que mostram quem realmente você é. Fico assim... dizendo
as coisas que me aparecem dentro do peito, contando o que se passa em
mim, como se estivesse desabafando... pois Deus nos fez para cuidar dos
outros... e quem cuidará de nós? Continuarei aqui... meio que escondido, ao
teu lado, te olhando, te sentindo... esperando para que um dia você
deixe seu coração "olhar" e me ver... daí, enfim, poderia eu mostrar o
quanto você é especial pra mim. Um poema deixado no ar, palavras
implorando para viver como uma estrela que o dia não vê e que espera a
noite chegar para poder mostrar-se, a canção de amor que sai da sua
boca... são as coisas que sempre sussurro ao seu coração, tento traduzir
emoções que nunca senti antes, algo realmente novo pra mim, paz,
atracção, paixão, amor, algo especial... sincero... verdadeiro.
" A morte é fácil. O amor que é difícil..." (inquietos)
Inquietos é um filme que trata de dois temas universais e que nunca saem de moda: morte e amor.
O personagem principal, Enoch (Henry Hopper, filho de Dennis Hopper (1936- 2010) a quem o filme é dedicado), é um rapaz que perdeu a fé na vida depois de uma tragédia, e que tem como hobby assistir a funerais de estranhos. E é em um destes funerais que ele conhece Annabel (Mia Wasikowska, a “Alice” de Tim Burton) uma garota que é paciente terminal de câncer, com profundo amor pela natureza e mantenedora de uma fé admirável.
Ela gosta de Darwin, de pássaros e da natureza.
Ele vai a funerais de estranhos e conversa com um fantasma kamikazi.
E inicia uma amizade, que depois migra para o amor. Mas Annabel está doente, e irá morrer em três meses, e este é o tempo que eles têm para tentar fazer algo que valha a pena em suas vidas.
Enoch então resolve ajudá-la a fazer com que seu pouco tempo que resta seja divertido e valioso, procurando ao mesmo tempo nela a sua fé perdida e a certeza de que vida ainda vale a pena.
Enoch
“- Quando eles morreram naquele acidente, eu fiquei três meses em coma. Acho que morri também por alguns momentos…”, Enoch
Vamos lá, você pode perguntar: Por que ele gosta de ir a funerais de estranhos? Bom, eu também me perguntei a mesma coisa e no decorrer da história vamos entendendo. Tudo começou por conta de uma tragédia, um acidente automobilístico em que os pais de Enoch morreram. Ele vinha no banco de trás, e ficou em coma por três meses. Quando acordou tudo havia mudado, e ele não havia conseguido ir ao funeral dos pais. Para Enoch, era como se ele não houvesse conseguido se despedir. Então ele passa a ir a funerais de outros, por não ter conseguido ir ao dos pais. É como se ao ir a funerais de pessoas que ele não conhece, negasse a realidade de sua própria tragédia.
Mas o que ele busca nestes funerais só o deixa mais desesperado. O que ele perdeu não há volta. E por isso ele sente raiva e dor. Raiva dos pais por terem o deixado, raiva da tia por culpá-la mesmo que indiretamente pela morte deles. Dor por pensar que do outro lado não há nada. Enoch é um ser quebrado pela vida, marcado pela perda e pela verdade de que a morte dói mais para quem fica.
"Temos tão pouco tempo para dizer as coisas que queremos. Temos tão pouco tempo para qualquer coisa."
Ele busca uma resposta e uma cura, mas ele não encontra isso nos funerais, mas em Annabel, ela serve como uma espécie de redenção, pois por mais que ele saiba que em breve irá perdê-la, ele busca fazer dos momentos em que estão juntos uma oportunidade de se despedir como deveria. De dizer que a ama, de fazê-la feliz, aquilo que ele não pode fazer com sua família. E bem que no começo você fica imaginando: ele não se aproximou da menina só para isso? Bem, afinal, ele te mesmo uma obsessão pela morte. Seja como for, no fim, nós acabamos percebendo o quanto ele a ama de verdade.
No decorrer da história ambos vão se descobrindo, como dois desajustados, vão buscando seu verdadeiro lugar no mundo e seu papel na vida um do outro.
Qual é a da Annabel?
“- Meus testes não foram muito bons. Tenho três meses…” Annabel “- Você pode fazer muita coisas em três meses”, Enoch
Annabel é mesmo uma garota diferente. Ela tenta estar aberta para a ideia de que vai morrer em breve, e por isso procura tratar do assunto com naturalidade, que às vezes beira a estranheza. Ela está no passo da aceitação. Vemos bem isso em cenas como em que ela e Enoch escolhem o que irão servir em seu funeral.
"Se o fim é algo inevitável, a memória é uma forma de eternidade!"
Mas é mais do que isso. Annabel, na história, e o pássaro canoro de que tanto fala. O pássaro que pensa que irá morrer sempre que o sol se põe, e por isso, ao acordar pela manhã e se ver vivo, canta belas canções de alegria. Com Enoch, como ela mesmo falou, pôde contar belas canções todos os dias.
Annabel, de certo modo, é o oposto de Enoch, com um profundo amor pela vida e a aceitação de que a morte é algo inevitável, e por isso é tão importante você viver intensamente.
Hiroshi (Ryo Kase)
Hiroshi é o fantasma de um kamikazi que também é um melhor amigo de Enoch. Ele funciona mais como a própria consciência de Enoch, e protagoniza algumas das cenas mais emocionantes do filme. Principalmente quando ele lê a carta que havia feito para sua amada, e que nunca entregou.
"Enquanto escrevo essa carta, a brisa do oceano fica gelada na minha pele. Esse mesmo oceano logo será meu cemitério. Dizem-me que morrerei como um herói, que a segurança e a honra de meu país será a recompensa de meu sacrifício. Rezo que estejam certos. Meu único arrependimento na vida é nunca ter lhe dito como me sinto. Queria estar em casa. Queria estar segurando sua mão. Queria estar lhe dizendo que eu amei você, e apenas você, desde que nasci. Mas não estou. Agora entendo que a morte é fácil. O amor que é difícil. Quando meu avião mergulhar, não verei o rosto dos inimigos. Ao invés disso, verei seus olhos, como que rochas negras congeladas com a água da chuva. Dizem que precisamos gritar “banzai” ao atingir nosso alvo. Ao invés disso, sussurrarei seu nome. E na morte, como na vida, continuarei seu para sempre."
Enfim, inquietos é de fato um filme peculiar, e emocionante no tom certo. Que nos faz pensar na morte, na perda, no amor e principalmente na aceitação sobre o morrer e o perder. O próprio Gus Van Sant, diretor de inquietos o define de modo perfeito:
“ – É um filme sobre a morte, não depressivo, com muitos silêncios”
Recomendado!
Direção: Gus Van Sant Elenco: Henry Hopper, Mia Wasikowska, Ryo Kase, Schuyler Fisk, Lusia Strus, Jane Adams Citações do filme inquietos
O ambiente circense conta a história de Jacob Jankowski, apresentando-o no presente, aos 93 anos vivendo em uma casa de repouso cheio de lembranças de um passado de aventuras.
No passado, aos 23 anos, quando perdeu a família, largou a faculdade de medicina veterinária nas provas finais e pulou em um trem em movimento, acabando por acidente indo trabalhar no circo dos irmãos Benzini, o maior espetáculo da terra. E foi no circo que ele descobriu o amor, por Marlena, a jovem artista que tem seu coração, e por Rosie, a elefanta que compram pensando em salvar o circo da falência. E então ele tem que lidar com sentimentos novos e conflitantes. Dividido entre a admiração e o ódio pelo marido de Marlena, August, que ora encanta, ora se torna cruel e intratável. Odiando o ambicioso Tio Al, dono do circo e sem escrúpulos.
Com uma trama misteriosa, encantadora e viva, a história nos é apresentada de maneira que é possível ouvir até mesmo a música na grande lona. Odiamos e amamos juntos com os personagens, e entramos nas lembranças de Jacob.
Algo interessante também é sobre as inspirações que a autora buscou para construir a trama e Rosie, com animais reais que viveram e marcaram a história do circo. Como os maus tratos infringidos a Rosie por August, nas cenas mais fortes da história, e seu desfecho nessa relação entre domador e animal.
Quem ama circos, e animais, assim como eu, irão se encantar com essa história de amor, com um final na medida certa.
“O que você fez com a segunda chance que Deus lhe deu?” Morte e vida de Charlie St. Cloud é um livro do norte-americano Ben Sherwood, que conta uma história emocionante sobre renúncias, culpa, milagres e redenção. Sobre pessoas que vão embora cedo demais, e pessoas que morrem em vida por conta da renúncia da própria felicidade e de seus sonhos. Na verdade, fazia tempo que não lia um livro que tratasse desta maneira de assuntos trágicos como a perda, a morte e a renúncia. Apesar de ter tido conhecimento do livro depois de ouvir falar do filme, a primeira coisa que devo lhe informar é que se já assistiu a adaptação para o cinema, esqueça e leia o livro. Longe de ser um romance (apesar de falar sobre o amor), o livro fala de um sentimento antigo e limitador, capaz de levar-nos a atitudes extremas: a culpa. O personagem principal (tratado com muito mais emoção no livro, sem dúvida) é um homem que renunciou anos de sua vida por conta de uma promessa feita para o irmão mais novo que perdeu a vida precocemente em um acidente por qual ele se culpa. A história se passa em uma vila calma de pescadores. Charlie era um jovem que tinha um futuro brilhante, mas sua vida muda radicalmente quando em certa noite, aos quinze anos, pega o carro escondido de uma vizinha e sai com seu irmão mais novo, Sam, para levá-lo a um jogo de beisebol. Na volta os dois se envolvem em um acidente em que ambos ficam entre a vida e a morte, período em que Charlie faz uma promessa: nunca abandonar o irmão. Porém, Charlie é trazido de volta e Sam morre. Depois da morte de Sam, carregado pela culpa, Charlie ganha um dom para que possa cumprir sua promessa: ele pode ver e conversar e brincar com o espírito de seu irmão mais novo. Para cumprir a promessa feita, todo entardecer eles devem jogar juntos em uma clareira que Charlie constrói dentro da floresta nos limites do cemitério, e assim ele passa a viver em função destas visitas para que possa continuar vendo o irmão. Passam-se treze anos, e Charlie intensifica seu dom, podendo ver outros espíritos, porém, seus sonhos, seus objetivos, são todos renunciados por conta de sua promessa, e ele passa a trabalhar no cemitério e morar lá. Vivendo entre os dois mundos, no limite entre os vivos e mortos, Charlie acredita que por ter causado a morte do irmão e impedido a continuidade de sua vida ele também não tem o direito de ser feliz. Sam passa então a ser o fardo de Charlie, e Charlie, a prisão de Sam, já que igualmente preso a promessa, Sam não se permite evoluir e partir. Mas então surge Tess, uma linda velejadora que entra na vida de Charlie de um modo peculiar, após uma tempestade violenta e ele tem que fazer uma escolha de vida e morte, de se permitir uma segunda chance, de se perdoar, para tentar finalmente aproveitar as chances que a vida lhe deu. Charlie se vê diante de uma escolha, e da descoberta de mais um milagre que pode mudar tudo, basta ele se permitir e se perdoar. Não quero estragar o final, e mesmo para quem já viu o filme, não há comparação em ler o livro, parece outra história! Principalmente em relação ao personagem principal, a história é bem mais incrível e forte. Vai então a recomendação.
Dia de eutanásia é o primeiro romance do autor Stephen Spignesi, autor de mais de trinta e cinco livros de não-ficção.
Para ser sincera, quando peguei este livro relacionei o titulo com algo totalmente diferente, mas não me arrependo e vou explicar o porquê: a história é daquele jeito surpreendente, que logo antes do final você pensa “é só isso?” e então vira a página e se depara com algo totalmente inesperado que muda tudo no ultimo instante. Conta a história de uma jovem brilhante, calma, que ama animais, mas trabalha em um abrigo onde tem que matá-los toda semana. E é neste contexto em que mata seus colegas de trabalho de modo frio, e todos querem entender o porquê. Gostei muito do suspense psicológico, e mais ainda das histórias criadas pela personagem principal, e os significados por trás delas, que depois você descobre estarem relacionadas com o desfecho. Recomendo o livro para quem gosta de se surpreender.
Do autor Cláudio Torres (a mulher invisível e o Redentor), o filme o homem do futuro é um conto fictício bem ao estilo de volta para o futuro, mas com um toque especial de romance.
Conta a história de Zero/ João, uma figura atormentada por um amor perdido no passado, e amargurado por uma humilhação que mudou sua vida. E então, por acaso ao tentar descobrir uma nova forma de energia ele constrói uma máquina do tempo que possibilita com que retorne a noite fátidica e tente mudar as coisas. Mas mexer com o futuro é algo perigoso, e as consequências podem ser um tanto desagradáveis.
A primeira coisa que me atraio no filme foi claramente a trilha sonora, e o thriller, muito bem-feito para "chamar" a pessoa para um quero mais conta com tempo perdido, de Legião Urbana.
Apesar de o tema poder ser bem manjado (alguns diriam), é com certeza uma coisa nova no cinema brasileiro, aliás, marca registrada de Cláudio Torres. O filme tem um enredo leve e divertido, com lições interessantes, e uma história de amor que nos faz sorrir (até mesmo, creio eu, os menos românticos.). E o melhor de tudo, apesar do tema, o filme não é confuso!
Tenho também que comentar a atuação de Wagner Moura no papel principal, o cara realmente é bom. Ele consegue interpretar três papéis SIMULTANEAMENTE e fazê-los de forma totalmente diferente, chegando um momento em que os três personagens ficam cara a cara e você chega a duvidar se são mesmo a mesma pessoa.
Vilões incomuns, um personagem perturbado e uma mocinha que você até certo ponto da história não tem ideia se ela realmente é quem parece ser. Além do dilema: se eu pudesse voltar, teria feito algo diferente? E o quanto essa atitude teria mudado as coisas?
Para quem assitiu, peço uma opinião, e quem não assitiu ainda, recomendo!
“O mal está além do alcance de qualquer homem.”
Dr. Jonh Francis, personagem de Three
O autor Ted Dekker cria no romance policial Three uma narrativa que foge do óbvio ao nos apresentar a questão que comandou a história da humanidade: a luta do bem contra o mal.
Kevin Parson é um jovem seminarista que carrega um passado de dor e que repentinamente se vê perseguido por um sujeito que autodenomina Slater e quer que ele confesse seu maior pecado, lhe propondo charadas com questões de vida ou morte através de atentados que lhe tiram do seu falso conforto e o levam a confrontar aquilo de que quer mais fugir: seu passado.
Considerados por alguns de cunho cristão e propondo dilemas que representam a pobre criatura humana entre o bem e o mal, Three é repleto de ação, angústia, mistério intuitivo e um final surpreendente que nos arrebata do que seria confortável e nos leva a questões que nós mesmos escondemos dentro dos porões escuros de dentro de nós.
“(...) Nós aprendemos conforme vivemos, e vivemos aquilo que aprendemos, mas não tão bem. Como uma natureza pode estar morta e ainda assim viver? Ele está morto na luz, mas no escuro sua vida próspera. Se o bem e o mal pudessem falar um com o outro, o que ele diriam? Eles são todos fingidores, os que vivem na luz mas se escondem no escuro” Kevin
“Adão sabia do belo tédio Que teria pela frente. Foi logo fazendo dois filhos... Um assassino e outro inocente. Deus aplaudia a própria tragédia Pensando que fosse comédia.” Abel Terra
Lobo é um assassino profissional, um justiceiro que pune aqueles que foram negligenciados pela justiça em suas más-ações. Enquanto monta uma narrativa repleta de mistério, comédia e tragédia, o autor Fausto Wolf apresenta o passado de uma família marcada por contradições e acasos em uma história de amor, ciúme, crime e ódio que nos leva ao passado de lobo e a sua real identidade. O primeiro é Jamal, o ponto inicial da história da família Man quando rouba uma princesa cigana, Parthênia por quem se apaixonara e foge para o Brasil, fundando paraíso. De seu casamento nasce Cosmo, e há ainda Abel, filho bastardo bom e digno que concebe com Eva, esposa de Adão, seu melhor amigo e Capataz. Cosmo, por sua vez, se casa com outra princesa cigana e acaba contraindo a divida de Jamal para com os Deuses. Do casamento de Cosmo e Helena nasce Antônio e Caio, e quando a felicidade se encontra no auge, surgem as fúrias no paraíso, pois como devaneia Cosmo “Não há felicidade perfeita, pois sempre haverá o medo de perdê-la.” Com personagens repletos de lirismo, uma história trágica e cômica e seguindo-se desígnios desconhecidos, onde os deuses parecem rir dos homens montando armadilhas inesperadas. Da primeira guerra ao nazismo. Da reforma agrária e o comunismo. O sonho de justiça plena, a prostituição, corrupção e tantos males, Fausto monta a história dentro de um cenário já conhecido e muitas vezes não admitido pela sociedade. Com conflitos que assolam a humanidade, e a alma do próprio homem. Lobo, o herói anti-herói nos faz pensar sobre até onde vai nosso poder da justiça pelas próprias mãos. Ao falar sobre personagem, Luiz Horácio define a contradição do personagem ao dizer que “num mundo por demais humano, e consequentemente, por demais injusto convivem diversas formas de justiça. O sonho de justiça social, e a justiça justificada do assassino improvável. Dessa maneira, não são permitidos heróis e o ESPELHO reflete nossa intranqüilidade, pois supostos justiceiros, se fogem a tradição moralista, padecem das nossas mesmas contradições.” Assim, se mostra o risco presente de ao tentar combater, acabar se tornando aquilo que se quer dizimar, pois um homem com o poder de decidir o destino das pessoas, e sua morte, continua ainda assim sendo um homem. O lobo através do espelho a refletir o que trazemos em nós nos leva a seguir a intuição através de pistas dentro do passado que montam um enredo tão real quanto a história da humanidade. Lorem Krsna
“Se alguém tivesse pena de me ver velho, bêbado, sujo e fedendo. Se alguém tivesse pena e me desse um banho, lar, carinho e dinheiro. Se alguém me levantasse ao ponto de eu, mesmo sem olhos, pudesse me ver no espelho como já fui uma vez, não adiantaria nada. Restaria a memória.” Adão Terra
A primeira vez que vi esse livro na livraria, tive a impressão de ver uma porção de fogos de artifício ao redor. (rsrs) Então foi uma grande alegria ganhá-lo de presente, e poder lê-lo nas férias.
Eis um pouco da história: Ablon é um anjo renegado que desafiou a autoridade dos Arcanjos ao ficar ao lado da humanidade, liderando uma insurreição de 18 anjos que foram expurgados do céu e obrigados a vagar na terra como humanos, sendo perseguidos pelos celestes e pelos caídos ao mando de Miguel e Lúcifer respectivamente. Ao longo de milênios enquanto nos é apresentada a história humana e celeste em torno de lugares e situações místicas e históricas vemos Ablon lutando por seus ideais e para sobreviver, ao lado da feiticeira humana Shamira, amiga fiel e grande amor do guerreiro, para que no fim ele seja o ultimo dos renegados, com todos os seus amigos mortos e se vendo na ultima batalha do apocalipse que decidirá o destino dos anjos e de toda a humanidade. Mais que uma história de guerra com batalhas épicas que não deixam nada a desejar, é um enredo sobre a ambição, o amor, onde nada é o que parece e sobre um ideal de justiça através de personagens tão celestes e ao mesmo tempo tão humanos em seus defeitos e necessidades. Eduardo Spohr, o autor do livro, teceu com maestria o enredo, através de descrições tão fieis de lugares e situações que fica impossível não visualizar com emoção cada detalhe. Desde a grande Babilônia à Atlântida, dos desertos áridos à muralha da China. Cidades históricas, místicas que povoam os pensamentos e onde o herói e heroína vagueiam como guardadores da memória de uma humanidade que a muito foi esquecida. E o mais legal? Spohr é brasileiro, tecendo um tipo de história que não pode ser classificada, e dificilmente comparada a qualquer uma na literatura do país. Filho de um piloto e uma aeromoça, ele viajou por várias partes do mundo, tirando desta experiência muito de seu conhecimento para tecer cenários tão incríveis e reais. Aventura, batalhas de tirar o fôlego, situações de perigo, ação, angustia e orgulho, o Guerreiro renegado que anda a sombra da humanidade a espera de seu momento na grande batalha nos leva a repensar valores sobre a amizade e a luta por justiça, desafiando o destino que tantos dizem irrevogável e escrito defendendo uma humanidade que ele vê aos poucos esquecer quem são sem perder a fé no que ela pode ser, pois como diz o próprio anjo renegado “É na alma que reside a capacidade dos homens de guiar seu destino e comandar a vontade” Afinal, carregamos dentro de nós o brio de Deus! =)
Apesar das situações empregadas no livro, ele não é um material de pregação, mas uma história sobre justiça e lealdade. Lealdade empregada de forma bem viva, em especial por alguns personagens como Flor do leste e o anjo Aziel, chama sagrada. De sacrifícios por causas justas, como os renegados e Siême, a Serafim que se sacrifica pelos amigos e pela causa. Enfim, uma história para não largar mais.
Lorem Krsna
Frases favoritas do livro
“Não é mais importante quem fomos, e sim o que somos e o que seremos. Todos temos os nossos pecados. Alguns já pagaram por eles, outros não, mas o que importa? Cedo ou tarde, todos terão que enfrentar a sentença. E não nos cabe julgá-los. A nós, cabe apenas fazer o que achamos certo. Assim garantiremos nossa redenção.” Órion, fundador de Atlântida e anjo caído que foi enganado por Lúcifer. Um dos grandes amigos de Ablon
“Mesmo que os homens tenham degradado o mundo, continuaremos a louvar a criação. Somos anjos, e esse é o nosso dever. Até que o sol se apague e o brilho das estrelas feneça, até o ultimo fulgor do universo.” Siême, mulher-anjo serafim que auxiliou Aziel e Ablon.
“Todos nós aspiramos ao inalcançável, e essa angústia é a centelha que acende o calor da existência. Quando todas as questões são respondidas, perde-se também o estimulo da vida” Arcanjo Miguel
“O poder de Deus reside no amor incondicional. Quando amamos verdadeiramente alcançamos o divino.” Arcanjo Miguel
Que eu amo ler quem me conhece sabe. Desde que li meu primeiro livro, aprendi que aquela era uma passagem mágica para mundos que de outro modo estavam além do meu alcance. Com o tempo passei também a escrever minhas as próprias histórias, e uma nova porta se abriu.
Dentre os autores que mais fazem parte de minha vida, o principal, o grande mestre é Sidney Sheldon, com suas heroínas tão humanas e suas tramas de suspense que surpreendem até o final, que nos fazem amar personagens e odiá-los como se fizessem parte de nossa vida.
E foi através dos livros de Sidney Sheldon que encontrei uma personagem que me surpreendeu, por me ver totalmente nela, coisa que nunca acontecera. O livro é o outro lado da meia-noite, o presente bem-vindo e considerado por muitos uma das grandes obras de um autor que recebeu os três mais cobiçados prêmios da indústria cultural americana: o Oscar, o Tony e o Edgar.
Sidney Sheldon tem uma maneira de escrever tão incrível por que escapa do óbvio, do comum. Ele inicia a trama com parte do desfecho, para então voltar no decorrer do livro e apresentar aos leitores como a trama chegou aquele ponto. E no decorrer da leitura você acaba mudando de opinião sobre os personagens, sendo que aquele que no inicio você amava, antes do fim o odeia. não há mocinhos, nem violões. Há pessoas.
Passando ao livro, a trama trás algo comum em histórias, mas trazida de uma maneira incomum: um triângulo amoroso. Seus lados São o piloto Larry Douglas, a vingativa atriz Noelle Page e a talentosa Catherine Alexander.
As vidas de Noelle e Catherine são apresentadas em ao mesmo tempo até se cruzarem em um mesmo ponto: Larry Douglas.
Recomendo o livro, todos os livros sobre o autor. Atualmente estou lendo sua biografia, o outro lado de mim, e fiquei ainda mais fascinada.
Obras para ler e reler.
Logo mais postarei sore outros livros do autor que marcaram minha vida.
O preço do amanhã conta a história de uma evolução na humanidade, em que por conta de avanços genéticos as pessoas não envelhecem mais após os 25 anos. No entando, só vivem um ano após esta data, a menos que comprem tempo O tempo se tornou literalmente dinheiro, onde se compra e se gasta. Deste modo, os ricos podem viver eternamente, no entando as outras pessoas morrem em massa. Todos possuem um relógio biológico estampado no braço, com dígitos que indicam o tempo restante. Ao se comprar o tempo, estes dígitos aumentam, ao se gastar, eles diminuem. Se zerarem, a pessoa morre instataneamente. O personagem principal é Will Sallas, que após salvar um homem de ter seu tempo roubado, este lhe dá um século (todo o tempo que tinha, ou seja, comete suicídio), o fazendo prometer que o aproveitará melhor do que ele, que já viveu demais. Este tempo se torna uma benção e ao mesmo tempo uma maldição, o colocando no alvo de diversas pessoas, e ainda assim, com um século, ele se vê incapaz de salvar sua mãe. Ascendendo então para uam zona de ricos, lá ele ganha mais mil anos em uma aposta e conhece Sylvia, uma garota rica que nunca precisou se preocupar com nada. Acusado de ter roubado o tempo que ganhou, ele perde-o e foge com a garota, os dois passam então a roubar o tempo para dá-los nas zonas desfavorecidas, causando um caos no sistema. Deste modo, vivendo litaralmente um dia de cada vez, os dois decidem aproveitar o tempo para fazer algo de significante, diante da injustiça onde alguns poucos vivem eternamente a custa da morte de milhares. Mas tentar mudar as coisas pode ser algo perigoso, e até mesmo mortal.
Uma ficção com um cunho de realidade, apesar de não tão literalmente, já vivemos em uma época em que tempo se tornou dinheiro. No filme a pessoas matavam uns aos outros para viver, o que não diferente do que acontece já hoje em dia. O preço do amanhã não é somente uma crítica à desiguldade evidente entre classes, mas uma pergunta. O que fariamos se vivéssemos um dia de cada vez? Nos matariamos por mais tempo? Tentariamos fazer a diferença? Teriamos pressa? provavelmente... A verdade, é que embora a situação apresentada no filme seja uma ficção, ela faz uma analogia a vida de milhares de pessoas pelo mundo, que vivem cada dia como se fosse o último, seja por que se vem obrigadas a isso, ou por uma opção. Mas na verdade, o nosso relógio realmente não para, e ao contrário do filme, atualmente, não podemos comprar mais tempo ( de forma tão direta pelo menos rs). Cada dia pode realmente ser o ultimo, a diferença é que não temos um relógio no braço para medi-lo. Desperdiçamos nossas vidas, mesmo sabendo que deveriamos sim viver um dia de cada vez, como se fosse o último. Fazendo algo que valha a pena. As pessoas não podem ser eternas, mas suas ideias sim, Seu legado. O tempo pode não ser mercadoria tão direta como apresentado no filme, mas com certeza, se fosse. a situação não seria diferente do que apresentada. Hoje se mata por dinheiro, nos matariamos por tempo. Afinal o ser é o ser humano não importa como... Sempre pronto para tirar proveito de qualquer situação. Agora, reflita: o que faria se tivesse apenas um dia? 24 horas para viver? E como você sabe se não é essse o exato tempo que possui? Não importa se tempo é dinheiro, tempo é vida, não deve ser desperdiçado, ou roubado de ninguém, pois há várias maneiras de se roubar o tempo das pessoas. Promessas, violências, perdas... Viva cada dia como se fosse o último, um dia, você com certeza irá acertar.
Por três vezes eu passei na locadora, vi aquele filme e o ignorei. Foi quando meu irmão ligou para mim de Olinda, o recomendado, que me dei conta que ele estava lá. Fui meio que por curiosidade – filmes sobre música sempre me fascinaram – e não me arrependi nenhum pouco.
Não somente pela trilha sonora, simplesmente INCRÍVEL, mas também pela história, que tinha tudo para ser mais um drama do garoto órfão em busca dos pais, mas que acaba surpreendendo, justamente por aquele toque especial: o amor dos personagens pela música.
Sinopse
O filme conta a história do menino Evan, interpretado pelo jovem ator Freddie Highmore. Evan é um garoto de onze anos que cresceu em um orfanato possuindo o dom da música, e sonhando conhecer os pais, acredita que é este dom que o levará até eles. E por acreditar nisso, ele foge da casa onde vivi e chega à cidade para encontrá-los. Lá ele acaba encontrando Arthur, um garoto que toca nas ruas e que o leva até Maxwell (Robin Williams), um músico frustrado que ganha dinheiro explorando o talento de crianças de rua. E logo ele descobre o talento extraordinário de Evan, um músico nato. Então ele passa a usá-lo, o dando o nome de August Rush.
Ao mesmo tempo em que é passada a saga de Evan, somos apresentados a real história de seus pais. Sua mãe, uma violoncelista de talento, Lyla Novacek (Keri Russel), que conhece seu pai por uma noite, o guitarrista e cantor Louis Connely (Jonathan Meyers). E aí entra umas das grandes sacadas da história: o acaso. Como representado em uma das mais conhecidas histórias de amor da história, Romeu e Julieta de William Shakespeare, o amor se mostra prejudicado pelas tramas do destino, o sujeito chato que só aparece para atrapalhar tudo.
Lyla e Louis têm o destino contra eles em todos os momentos. Separados após a única noite em que passaram juntos (Aliás tenho que dizer viu, eles eram bem apressadinhos, mal se conheceram e já se agarraram ¬¬) ela se descobre grávida. Seu pai não os quer juntos, para não atrapalhar sua carreira, e tão pouco quer a criança, por isso quando Lyla sofre um acidente e tem a criança, ele a doa dizendo que o bebê nasceu morto.
Casal apressadinho hum hum!
Então ambos permanecem separados por onze anos, e quando Louis vai em busca da amada, ao mesmo tempo Lyla descobre que o filho está vivo e tenta encontrá-lo.
Evan procura os pais, Louis procura Lyla, e Lyla procura Evan.
E todo tempo o destino conspira contra os três, chegando certo trecho da história em que Evan toca com Louis sem que nenhum saiba que são pai e filho.
Louis e Evan se encontram...Tocam juntos sem saber que são pai e filho. Destino filho da mãe!!
Não irei contar como a história finda, mas basta saber que Evan ainda passa por poucas e boas para realizar sem intento, chegando a estudar ainda em uma das melhores escolas de música e reger seu próprio concerto. O talento do garoto impressiona a todos, como se a música estivesse dentro dele, e em tudo o que ele tocasse. Mas tudo o que ele deseja é encontrar os pais. Mas vamos ao ponto em que pretendo chegar: O que filme quer passar?
Bem, eu sei bem o recado que ele passou para mim, para que você acredite. Acredite naquilo que você quer, mesmo que tudo, até mesmo o acaso, pareça contra você. Se você for forte e capaz, você pode alcançar seu objetivo, se acreditar nele, e principalmente em si mesmo.
Este filme é uma história de buscas, por aquilo que é importante, e principalmente acredito que cada um dos personagens estava também tentando encontrar a si mesmo naquilo (ou naqueles mais exatamente) que buscavam. E para isso utilizaram a música.
Maxwell estava buscando nas pessoas o que perdera nele, as oportunidades que passaram o sucesso que almejou um dia. De todos os personagens, ele, que representa o, vamos dizer “vilão” da história, seja o mais interessantemente humano de todos. Maxwell representa o sonho não realizado, quando você desiste do que procura e finda como um ser frustrado, e principalmente perdido.
Max e Evan
E o que a música representa em toda a história?
A música funciona como uma válvula de escape, como um meio de se realizar um sonho, como uma linha que une cada personagem da história na trama, e cruza o caminho de todos eles. Ela está em tudo, e em cada um. Evan então seria como aquele que rege o concerto para que a música una as linhas e desembarace a trama. Como a música, ele é o ponto em comum entre todos os personagens, pois passa tocando a vida de cada um. Ele nasceu da música e pela música.
Então, uma história sobre sonhos, buscas, a música, e o que ela representa para cada um.
O recado está passado e o filme recomendado. “Nunca desista de sua música. Não importa o que aconteça. Mas quando algo de ruim acontecer com você, é o único lugar para onde pode fugir e esquecer.” Louis
Bom pessoal, e quem quiser dar uma ouvida no CD da trilha do filme, eis as músicas que recomendo:
Raise It Up (Passa em uma das passagens mais legais do filme, em que Evan procura abrigo e descobre uma igreja. Lá ele encontra um grupo de pessoas cantando esta música, com uma fé impressionante. E estas pessoas o ajudam. Mais uma vez a música parece o guiar em seu caminho, como um anjo.)
Elgar/Something Inside (Louis e Lyla, a guitarra e o violoncelo combinaram muito, ficou uma canção incrível. A minha favorita na trilha.)
This Time (Essa eu tentei tocar :p)
La bamba (essa nova versão da música ficou bem divertida no filme. E que voz é aquela do Arthur? AMEI. Tem outra música que ele toca também para Evan quando eles se conhecem, Father. É linda)
E tem a música que o Robin Williams toca na gaita logo quando Lyla e Louis se conhecem. Faz tipo, você sonhar acordada.