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sábado, 7 de setembro de 2013

Herança familiar : estabanamento agudo


Tenho uma herança familiar passada de geração em geração ao sexo feminino: estabanamento agudo.
Praticamente todas as mulheres da minha família tem o gênio difícil e são desastradas. Não é pouco não, minha gente.
Minha irmã, acredito que ela possa bater todos os recordes de quebra de copos e objetos de vidro, tropeções em lixeiros , derrubando mesas de congressos (comida para todo o lado) e até mesmo quebra de uma televisão (que ela jura que não fez nada, só força da mente). Meu problema é mais espacial. Não tenho a minima noção de espaço e direção. Estou sempre me perdendo. Confundo esquerda e direita (tenho certeza que deve ser algo psicológico, não entendi a implicação disso ainda), e se pegar um carro, por Deus, não encontro o caminho de casa. Além disso, tenho dois pés esquerdos. Juro. E vivo no mundo da lua, se uma folha cair no chão lá vou devanear sobre a gravidade, sobre os maremotos na China e tudo o mais, começando pelo rabo da salamandra e terminando na tromba do elefante (fazendo conexões e me perdendo nelas, e no caminho também). 
Minha sobrinha, minha irmã, primas, todas tem uma inclinação para caírem em locais planos.
Posso dizer, que a culpa é dos objetos que se metem em minha frente? E dos locais, que são todos tão parecidos? Dos copos de vidro, que tem uma inclinação natural de escorregarem de mãos? Das lixeiras, que deveriam estar no canto? Dos extintores de incêndio que... Deu para entender.


Lorem Krsna 

terça-feira, 30 de julho de 2013

Testando a paciência da Krsna


Manhã calma no banco.
Superando o meu quase pavor de resolver burocracias, fui como uma boa menina crescida resolver problemas com minha conta no banco. Por que não há nada mais agradável para uma pessoa hiperativa, do que enfrentar na segunda-feira de manhã uma fila gigante.
Chegando, qual minha surpresa, com a fila das senhas vazia? Saltitante, peguei meu número e subir ao primeiro andar, extasiada. Chegando lá, minha vontade foi de correr chorando pra casa (ta bom, parei de exagero). Imagino que é assim que as pessoas se sintam na bolsa de valores. Fiquei cinco minutos atordoada no meio da bagunça, me perguntando porque metade da população da cidade estaria fazendo no banco em uma segunda pela manhã. Consegui encontrar minha mesa, me espremer entre uma mulher de blusa amarela transparente e uma senhora de vestido florido e começar meu martírio da espera.
Se você tem TDH, não vá a um banco resolver burocracias. Faz mal.
A menina de amarelo precisava de uma frenectomia labial, e depois fechar o diastema anterior. A senhora de vestido florido provavelmente precisava trocar a prótese, que teimava em escapar quando ela falava. O cara do final da fila tinha mordida aberta, e o sujeito sendo atendido pela moça da mesa 7, era prognata...
Abaixei a cabeça de imediato, desconfortável. Mania um pouco vergonhosa de estudante de odontologia aquela. Resolvi mudar o pensamento. Um minuto depois, vi uma mulher que arranhava a perna sem parar, a outra, aparentemente comia seu próprio cabelo, e o terceiro senhor na minha fila olhava cada bunda que se levantava. O menino ao lado da moça de blusa amarela puxava sem parar o lóbulo da orelha entre os dedos, e uma mulher muito bonita de roupa social parecia ter passado a noite chorando.  Levei um chute de uma criança ao lado que chupava o dedo e me acordou dos devaneios , e me vi tentada a dizer que se ela continuasse com aquele  hábito de sucção não nutritiva poderia desenvolver mordida aberta...
Certo, parei.
Continuei batendo o pé impaciente, quicando na cadeira, olhando a senha sem parar. E ai começaram as tentativas de puxar assunto, que sempre ocorrem. Como antissocial em um dia ruim, respondi com “aham” e “é mesmo”, incentivando uma conversa que nem ouvia. Quando fui chamada, claro, gaguejei quando fui dizer o que queria (meu pavor agindo), e quando finalmente expus a situação, recebi outra senha, para outra mesa, com 45 pessoas na minha frente.
Sério, fui quase chorando para o outro lado da sala, sentando em um canto amuada. Com alguns minutos criei um enredo pra um conto, matei o personagem principal e desisti da história. Reparei que um menino bonitinho ao meu lado lia Machado de Assis. Fiquei atenta e quando reparei que em meia ora ele não virava a página pensei que ou ele tinha um déficit grande de atenção, ou descobriu o novo segredo para puxar assunto hoje em dia. Funcionou, a a garota atrás dele logo desenvolveu uma conversa sobre os clássicos brasileiros. No fim estavam trocando o número do celular. Menino esperto!
Outro casal atrás conversava sobre seriado, e terminaram com o menino falando sobre o grande amor da sua vida. Me senti intrusa e entediada e tentei mudar o pensamento, com a língua coçando quando pela terceira vez ele errou o nome de um personagem de série que eu assisto.
Minha mente divagou novamente, e imaginei uma história em que a moça da mesa 07, tinha um caso com o rapaz da mesa 08, mas era casada com o sujeito de olhos puxados da mesa 12... Estava na parte em que os dois eram pegos aos beijos pelo gerente quando alguém puxou assunto ao meu lado. A essa altura, estresse era apelido para o que eu sentia. Disse alguns ahams casuais, e na terceira vez que o sujeito me chamou de princesa fingi que cochilava para não descontar meu estresse em ninguém.
Proibido celular no banco? Ao menos oito pessoas atenderam. Dentre os toques, imperava Luan Santana, e um senhor de idade tinha um toque com a risada do Bob Esponja.
Tentei lembrar do alfabeto em grego, do meu vocabulário de francês, de patologias bucais...
Comecei a analisar as roupas, e conclui que mulheres são extremamente críticas. Quando finalmente fui chamada, depois de contar o número de luzes no teto, e o rapaz e a moça da mesa já tinha um casal de filhos e pediam a separação, tropecei na sacola de laranjas da senhora ao lado, e foi laranja para todo lado.
Resolvido o caso rapidamente, coloquei meu melhor sorriso “não estou estressada, faminta e nem seria capaz de jogar ninguém pela janela”, joguei meus cabelos cacheados para o lado no alto de meus 1,56 e fui ser atendida. Em menos de dois minutos fui despachada para voltar outro dia, o problema não poderia ser resolvido.
Ok. Esse é um blog livre, não irei baixar o calão aqui.
Só uma manhã calma no banco.

Lorem Krsna

    

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Simples assim



Nunca gostei de "mas" ou "porém". Gosto de uma sentença só, direta, sem rodeios, sem curvas nem contradições. Gosto de pessoas que dizem o que querem, o que sentem, que facilitam... Gosto de saber onde piso, de ter as placas de aviso, para que decida se vou segui-las ou não. Detesto passos no escuro...
Gosto de mão que se encaixa, de palavras que esclarecem, ou de gestos que nem precisam de nenhuma palavra...
Se eu pudesse escolher, seria tudo descomplicado, dia de acordar cedo nunca teria chuva nem seria nublado, comida sempre seria a da minha mãe, e a gente só gostava de quem gostava mesmo da gente.
Se eu pudesse escolher, andaria mais leve, sem tanto peso de tentar entender, decifrar o que me dizem, tentar ler nas entrelinhas, quando poderia ser tudo mais simples. Eu gosto da clareza das coisas, de poder ler as pessoas, sem precisar de dicionários e rodapés. Não quero ter que recorrer aos externos, quando tudo tinha que ser de dentro pra fora, no ato, na hora que acontece. De você puxar o ar e falar tudo o que te vem no impulso e que te sufoca, e depois, nem que depois aguente as consequências, mas você fez algo. Você deu a cara pra bater,  e não se escondeu no escuro e nas desculpas. Você disse não ou sim, largou o talvez, foi pro agora. Beijou quem tinha que beijar, sofreu o que tinha que sofrer, por algo que fez, e não pelo que não fez, pelo o que não disse, pelo o que pensou e o que faria "se".
Não me venha com "mas". "Não" ou "sim". Simples assim.
Lorem krsna

domingo, 5 de maio de 2013

Leite quente


"As pessoas esquecem o que é ter sete.
Vou dizer, minha infância foi boa demais: tomar banho de chuva, mergulho no mar, jogo de futebol no gramado e queimado na pracinha com amigos e rivais do bairro.
Acordar sete da matina para tomar nescau e assistir ursinhos carinhosos. 
Aguardar disney cruj, e as festas juninas no mês das quadrilhas, buscando seu par. 
Quando ficava doente, lá vinha a famosa canja, cafuné, e o famoso kit adoentado: cream craker com guaraná. Se for muito amado, rolava um passatempo, para ciúmes dos irmãos.
Eu vivi tudo isso. Eu vi muita chuva caindo com a boca para o céu, e assisti o pôr-do-sol tocando violão na praia. Eu já voltei pra casa da escola conversando com o menininho que eu gostava, e fingi que estava irritada quando ele disse que gostava de mim.
Eu briguei e brinquei com meus irmãos, e foi quando estava com eles que senti que estava mais feliz e completa. Já ouvi que era amada, e disse também, e isso é único quando real. Meus pais já disseram que se orgulhavam de mim, e isso vale cada noite mal-dormida.
E eu lembro bem o que foi ter sete, oito, dez, treze anos. Lembro bem de como é ter quinze anos e sentir que o mundo está contra você, e ter dezenove e sentir que é hora de conhecer o mundo, e apanhar bastante. E sei o que é ter vinte e perceber que você não sabe de nada, mas tem tudo para descobrir, basta abrir os olhos, correr atrás, buscar lugares, pessoas e a si.
Eu posso ter pulado etapas. Mas não fui privada de nada."

Lorem Krsna




sexta-feira, 3 de maio de 2013

Seriedade




"Ãham, eu sou muito chata mesmo as vezes. Mas até os chatos podem ser gente boa de vez em quando. E eu digo tanta coisa séria rindo para pensarem que é brincadeira...
E quando finjo que não ligo, é por que me importo e me apavoro com as coisas. Com dependência, com falta de opção, ou pior, com opções demais... 
Uso de ironia, de humor auto-depreciativo, mas no fim sou meio assim, sempre tenho algo insatisfeito comigo, alguma coisa que devia ter feito melhor e deixei passar, por alguém ou por mim. Por que eu sempre penso demais, observo demais, e a vida não espera. A vida é muito mais dos loucos do que dos estrategistas, muito mais de quem está no palco do que os da platéia. E as vezes é bom sempre sorrir, e ainda assim ser levada a sério. Sorrir mesmo quando esta nos dias que tem a sensação que era melhor nem colocar os pés fora da cama, quando mais de casa. Sorrir cura tudo. E não importa de você for uma chata, rabugenta, uma jovem mulher velha que se alterna com uma pentelha sem noção das coisas. Não importa se você tem 12 ou 60, de corpo ou de mente, se você entender que a vida é séria, mas também uma piada, por que você nunca vai sair dela vivo, e o melhor a se fazer é rir mesmo de tudo isso, fazer o seu melhor, conseguir bons reais amigos e construir tudo o que desejar..."
Lorem Krsna (Anjo Sonhador)


sexta-feira, 12 de abril de 2013

Pensamento amplo


“É espetacular o desenvolvimento crítico do ato de pensar de um modo quase holístico, não totalmente racional, mas totalmente interligado com os conhecimentos adquiridos ao longo do aprendizado. A capacidade de ver, compreender, analisar e criar uma opinião parece simples, mas é algo maravilhoso. É algo maravilhoso ser capaz de ligar diversos pensamentos, ideias, conhecimentos para construir algo firme, bem embasado. É como construir uma casa, organizando o material, criando os alicerces, seguindo um plano prévio, redesenhando segundo modificações. Ou melhor, é como a construção de uma canção, onde são necessários arranjos, acordes, mas também a sensibilidade para se criar uma letra que seja capaz de passar o que você quer dizer, e assim, acabar se tornando o que outros querem dizer também. Construir uma opinião embasada segue etapas dentro de um pensamento crítico. E desde o momento que você começa a pensar na busca de compreender, você se torna incapaz de parar. “Lorem Krsna

sábado, 30 de março de 2013

Na paz me envolvo



“Eu vivo pensando em coisas demais, que acabam se chocando em minhas paredes internas... Mas eu jogo isso na gaveta das “histórias para depois”. Hoje eu quero paz. Quero me sentar em um lugar tranquilo no fim da tarde, sem pensar em nada que me derrube, sem lembrar nada que me transporte...
Hoje eu quero só a paz das velhas coisas, a teimosia sutil do velhos versos, do ritmo lento do que me cabe, muito mais do que me sobra... Só quero afundar nessa paz, mesmo que seja passageira, meio ilusória, mas que por um tempo me faz ter ideia do que é ser plena. “


Lorem Krsna


terça-feira, 19 de março de 2013

Montanha-Russa



Fonte
Nem toda tristeza tem motivo, ou lágrima é direcionada.
Há coisas que não planejamos, que não se espera. Elas acontecem e nos resta seguir a correnteza das coisas, muitas vezes de mãos atadas e olhos vedados para o futuro, apenas sabendo que haverá momentos de tristeza sem sentido, de lágrimas soltas e palavras que repassamos tantas vezes e acabamos apenas guardando para nós. Guardando rancores, problemas, palavras repletas de agressões ou de amor. Viver é mesmo andar em uma montanha-russa, e você escolhe entre esperar o próximo susto com medo, ou deixar a coisa toda rolar, curtindo o vento no rosto, aproveitando os bons momentos sabendo que os ruins só durarão até a próxima descida ou subida.
E isso me faz me sentir viva, apesar da frustração das mãos atadas, do salto no escuro, dos sustos e de tantas coisas guardadas impossibilitadas de sair, como gritos, conversas francas os lágrimas, direcionadas ou não.

Lorem Krsna 


terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

A criança que fui


Tenho lembranças bacanas da minha infância. Do barulho da chuva no telhado, o cheiro do café saindo da cozinha, os mergulhos no mar esverdeado da minha cidade. Lembro também dos jogos de futebol no gramado, do pega-pega na pracinha quando faltava energia, ou de ficarmos horas conversando na varanda, vendo o sol sumir e a penumbra cobrir todo mundo, esperando que a luz chegasse, discutindo o final da novela do horário nobre.
Lembro bem dos meus irmãos, de meus pais, do nosso cachorro...
Da primeira mudança, para a casa de terra batida, e dos jogos de dama que sempre acabavam em confusão, por que nenhum de nós queria perder. E lembro dos banhos de chuva na grama, da gente se lambuzar de lama na praia imitando indio, e acender fogueira, ao som dos violões e de uma cigarra aquí e acolá, e até do tempo em que o terreno se enchia do brilho esverdeado dos vaga-lumes quando desligávamos a luz só para brincar de se esconder.
Minha infância foi boa. Aproveitei cada instante, e quando olho para trás, percebo que perdi muito tempo não enxergando isso. Não enxergando o quanto eu tive sorte de ter vivido tudo isso, cada banho de açude e de mar, hoje penso que me limpariam toda a fumaça em que as vezes me escondo. 
Não voltaria no tempo: o que passou passou, e foi bom enquanto durou. 
Mas hoje consigo ver bem, que a felicidade estava nas coisas menos complicadas. E sinto falta dessa minha velha sabedoria, pois quanto mais aprendo e cresço, mas vejo o quanto sou tola, o quanto eu era mais sábia, desprendida, mais atirada para vida. Eu perdi essa sabedoria simples, e vivo esbarrando na vida, cega diante do que fazia bem, sem poder encontrar mais a criança inteligente que eu era. E eu sei, que se esta que fui hoje me visse, me jogaria uma bela de uma bola de lama na cara para que eu acordasse para a vida, e o que ela tem de mais belo ao meu redor, e que eu teimo em ignorar.

  Lorem Krsna de Morais














quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Pensando

"Há um lugar na minha mente onde às vezes vou. É distante, tranquilo e nada me atinge. Um lugar onde as coisas que não tem sentido, também não tem importância e não podem me ferir. Lá eu posso ser qualquer uma, estar em todo lugar e ainda assim ser quem sou, sem explicações de confrontos ou não. Sem medo. Até que a realidade atinja minha cabeça como um dardo localizado, e eu despenque para a terra.  
Por mais que seja bom, é certo acordar. E fazer o certo é difícil. " 

 

Lorem Krsna



terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Fim de festa



A paixão não é como o amor. A paixão cega, emudece e ensurdece. E quando finda, é como o final de uma festa, onde só resta para trás a terrível bagunça, e não se encontra ninguém para ajudar a arrumá-la.

Lorem Krsna 


quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Mudar



" Detesto mudanças, mas necessito delas como necessito de oxigênio. Na verdade, nasci com alta capacidade para dar adeus as coisas, mas ao mesmo tempo ando com o passado, como se minha vida fosse um depósito de velharias, nos gostos, nos gestos, na maneira de falar. Mas chega um momento que é a hora de jogar o lixo das gavetas, rasgar as fotos, as cartas e saber o momento de se despedir, e quando o faço, não olho para trás, é Shift+ del e já era.
E para ser sincera, ando pensando se isso é algo bom. Se não seria saudável chorar nas depedidas, atender a velhos telefonemas, dar um sinal de fumaça para o que já foi, sei lá. Mas atualmente, quando penso em passado, parece uma vida inteira que passou e que não tem mais sentido remexer...
É hora de mudar. Detesto mudanças. Mas é hora de mudar. "
Lorem Krsna

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Exêntrica e não - convencional

Se um homem marcha com um passo diferente do dos seus companheiros, é porque ouve outro tambor.
Sou atrapalhada, com situações, coisas, pessoas e sentimentos. Parece que viro sempre para o lado oposto ao da multidão, e na hora do discurso programado, falo o que vem na cabeça. Excêntrica ou não-convencional, vejo o mundo muitas vezes de fora do centro da dança, na platéia e não no palco, e, se lá, improviso no correr de meu papel, ora como mocinha ou vilã, no certo e no errado, fora do compasso da dança e pisando no calo de muita gente...
Talvez meus gostos, meus gestos, meus medos e desejos pareçam desconexos e fora de cena, de época ou de noção, pois vou rir da piada mais tola e dormir na mais elaborada comédia se assim quiser. Posso organizar meus discursos que nunca acontecerão, cantar desafinada a música que achar bela, tocar a mesma sequência de acordes, se assim meu mundo se equilibrar. Meus defeitos são manjados, e minha estranheza já não publica dialogos, e assim, sumo no cenário a observar...
De fora do palco, longe do centro inflamado dos pseudo-robôs polidos, eu aplaudo o que todo mundo é, mas que muitos escondem na tentativa de aceitação forçada: Seres diferentes, excêntricos, e por isso, nenhum pouco convencionais.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Sou capaz

    
Ilustração: Jorge Roa's



"Esse meu jeito torto, sem tato e cheio de vontades vive longe de tua estante de perfeições. Não fui feita para convenções e calmarias. Não fui feita para esquecer e me curvar. Meu comportamento segue o ritmo e o humor de meus mais belos ou doloridos dias. Se ainda assim você me amar, saiba que sou capaz tanto de curar quanto de ferir. Tenho garras, tenho asas, tenho sonhos e teimosias. Sou tempestade, sou chuva e sou sol. Sou o mesmo vento que te acaricia e o que destroe tua morada. Sou a palavra que te acalenta e a que te joga na realidade. Sou capaz de mentir. Sou capaz de gestos duros ou os mais gentis. Eu sou o que sou. Sou a que foge e a que fica para enfrentar. E isso que sou. É pegar ou largar.   "

Lorem Krsna

sábado, 3 de novembro de 2012

Os loucos, os sábios e os sãos.

Imagem: Zininha.

Não há saber mais ou saber menos: Há saberes diferentes.
Paulo Freire

Há alguns dias atrás estava conversando com meu melhor amigo sobre gostos diferentes, envolvendo música, literatura e companhias, e nos bateu o dilema como as pessoas podem nascer em um mesmo lugar, fazer parte de uma mesma família, com a mesma criação e ainda assim criar uma personalidade tão diferenciada dos demais, muitas vezes parecendo mesmo que vivem em outra sintonia, em outro planeta...
Mas é bem simples, se for pensar na verdade, você pode até ser adepto de que o meio faz o homem, mas eu ainda acredito que o homem pode adequar o meio, e em meio ao caos criar uma personalidade diferenciada. Mas as pessoas são diferentes, alguma simplesmente não suportam lutar contra a corrente e a seguem, outros não se sujeitam, e se veem que algo não lhes agrada, tentam fazer o oposto...
Assim nascem os deslocados, pessoas que podem enxergar "além das sombras na parede da caverna", mas já dizia Platão em mito da caverna como estas pessoas podem ser mal-vistas...
Na história estamos repletos de grandes homens, que fizeram coisas grandes, mas que aos olhos da sociedade eram estranhos, deslocados, loucos... os "sábios idiotas". Todas pessoas admiráveis que questionaram, que não aceitaram o que para todos seria óbvio e nadaram contra a corrente. Que aceitaram a verdade da humanidade, que somos todos diferentes, temos pensamentos diferentes, dons e talentos diferenciados,  podemos seguir qualquer caminho, não importa a circunstância, temos escolhas, e respondemos por elas. 
Por que chega aquele momento que você entende que não há uma só verdade, e que aquele outro não está certo ou errado, mas que ele pensa diferente, tem uma opinião diferente, e que desse modo, cada um tem sua verdade, seu saber e seu fardo a carregar por si só, e é tolice aceitar tudo o que lhe dizem como a verdade absoluta do universo,s em questionar, sem tentar descobrir sua própria maneira de pensar e trabalhar a questão.
Desde que compreendi isso deixei de me importar que meu pensamento migrasse para sintonias diferentes, com gostos diferentes, e o modo de gostar também diferente, pois sei que há milhões de pessoas assim, que se sentem ou se sentiram assim, meio deslocadas, teimando com o vento enquanto as pessoas querem ser folhas secas submissas. Há sim, milhões de pessoas que já aceitaram que ninguém é igual, então elas não precisam fingir que assim o são. Viva a elas, ditas por vezes loucas,ou sábias, ou visionárias, ou esquisitas, o que for, mas que são o que são.

Lorem Krsna

 
Só para curtir o texto ouvindo Iron e Wine...

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

De vez e quando e só.

Não é como se sempre soubessem o que dizer, e por isso os rostos de dúvida. Nem todo mundo aceita a sua natureza animal, das pessoas que falam o que vem a cabeça, mesmo que digam que pode ser as maiores besteiras do mundo. Por que ninguém é 100% qualquer coisa. Nem sério nem palhaço demais. Os músicos, os estudantes, os domadores e os lunáticos. 
Buscando deixar os rastros de glória ou somente ser feliz, por que ser feliz nesse mundo maluco, de gente que não sabe que todo mundo é meio louco é meio absurdo. E ninguém é mais criança, e isso é o pior. Ser criança era bom. Ser adulto é uma porcaria. Mas as porcarias são necessárias. Belas flores nascem de porcarias.
Vamos caindo, tropeçando, meio capengas pela vida, mas vivendo o máximo. Com manias autodepreciativos e sem falsas modéstias, dizendo absurdos ou verdades, levando rasteiras e subindo alicerces, a espera e a procura de um futuro que seja bom, que seja belo. Por que somos tão amigos? Por que tem aqueles seres desconectados que tem que se encontrar de vez em quando, e quando se encontram alguma coisa acontece que fica dificil de acabar. As qualidades unem, os defeitos unem, e saber dos defeitos e gostar ainda, querer bem, é algo que acontece só de vez em quando na vida.
Competidores, lunáticos, afinados e desafinados na vida, vamos procurando um tom certo no meio de tanto barulho que ninguém percebe que é a música de verdade.

Por que as pessoas só vem o rosto, o que vem de fora, na careta feia das mascaras que construimos tão bem. Só os amigos enxergam  e batem de cara com o que existe por trás de tudo isso.E quando isso acontece, é só de vez em quando mesmo na vida.

Lorem Krsna

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Escrever me faz bem!


Me perguntaram por que gosto de escrever. Eu poderia listar folhas dos beneficios dos desabafos escritos, da melhora na mente, nos prazeres, tantas vezes  até mesmo financeiros (sim, escrever dá dinheiro as vezes, pasmem!). Mas o motivo é bem mais simples: escrever me faz bem. Ponto.
Assunto é que não falta. Aquela cena esgraçada na rua, no laboratório, em casa. Uma decepção com a vida, aquela banda legal, um livro novo na estante, ou até mesmo nos dias que acordo feliz ou p*&@8 da vida. Escrever me faz bem. Antes eu tinha diários, agora tenho um blog. É tudo tão simples assim.

Lorem Krsna

quarta-feira, 27 de junho de 2012

"CRUJ, CRUJ, CRUJ, Tchau!".

" Não somos crianças. Somos ultra-jovens e merecemos respeito!"


Já passou pela situação de comentar um filme, ou um desenho e todo mundo olhar para sua cara tipo "Do que essa louca esta falando?" Ou então rir "Não era nascido ainda."
Pois é, isso acontece muito ultimamente. Ando que nem uma velha recordando o passado, e não passei dos vinte. Afinal, sou da geração que queria ser uma power ranger rosa, que era alucinada por Doug Funny e pela turma do Pateta (Pateta e Max, a dupla que é demais... yeah! Ainda lembro da música!), e não perdia uma noite o Disney Club! (Super viciante) Sim minha gente, faço parte daquela raça antiga (será que tão antiga?) que acordava cedinho para assistir a sessão de desenho enrolada em um lençol, descabelada e tomando nescau. 
Sim, ando me pegando recordando dessas coisas. Por que muita criança que já peguei no colo hoje estão mais altas do que eu? 
Posso estar sendo dramática, mas de vez em quando sinto o peso do tempo, saudades de quando as coisas eram mais simples, quando não ficava procurando problemas, o meu único desafio era chegar a tempo para assistir a sessão da tarde, ou fazer a bibliotecária me entregar dois livros ao invés de apenas um. Onde as brigas eram apenas para dizer qual das meninas super poderosas cada um era, quem seria o power ranger vermelho (disputadíssimo!) ou se ia fazer sol para sair de manhã.
Enquanto isso, penso só nesse tempo bom que já foi, enquanto me olham de esguelha quando cito goonies e forrest gump, Disney Club/ TV Cruj, e que dava tchau para os Teletubbies.

Lorem Krsna


segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Caráter ou reputação?

“Não me preocupo com que as 
pessoas acham, pensam e falam sobre mim.
Pois o que importa mesmo é o 
que sou, o que faço e o que estou tentando ser.”
Herbert Alexandre Galdino Pereira

Longe de mim deixar  minha vida passar por nada.  Eu quero mesmo é correr atrás do que desenhei para mim, e tentar ao máximo ser feliz. E hoje, não mais importa o que vão falar de mim, pois vão falar de mim de uma maneira ou de outra. Estamos todos tentando emergir de um lago profundo, e só o que não falta é gente tentando usar o outros como bóia, nem que para isso os afunde. Isso é fato. Não faltarão os que tentarão me derrubar, pelo simples prazer de ver minha queda. E nesta horas é bom saber que posso me reerguer. Que posso puxar um pára-quedas. Que posso surpreender. Uma coisa que aprendi na vida é que subestimamos as pessoas por medo de ter que admitir que são tão bons ou melhores como nós, ainda temos a tola ideia de que o sucesso de alguém anulará o nosso. E isso, é pura bobagem. Se por um instante muitos tentassem parar de rebaixar as vitorias dos outros, poderiam enfim viver as próprias de verdade. Afinal o que está acontecendo com as pessoas? Parece que se tornou algo mais interessante cuidar da vida dos demais do que da vida deles, e assim vão deixando de viver, e de pensar em si. Pois bem, pague minhas contas e poderei pensar em deixar você falar da minha vida! De outro modo, olhe para si mesmo. Tente ser feliz de outro modo que não seja tentando derrubar a felicidade dos outros. Isso é idiotice, e pior, perda de um tempo que é um luxo para todo mundo.
Eu? Estou mesmo é tentando lutar pelo que quero ser, o que quero ter, e o que vou fazer. Se falam de mim? Pode apostar. Mas deixei de mim importar no instante em que descobri que a maioria do que diziam não era verdade, dizia respeito a opiniões, e não ao caráter. No instante em que falarem algo realmente péssimo, e pior, que seja verdade, aí sim posso fazer algo.
E tudo isso por que no fim das contas minha reputação eu deixo a cabo de outros, mas meu caráter depende apenas de mim. Já dizia Jonh Wooden "Preocupe-se mais com seu caráter do que com sua reputação. Caráter é aquilo que você é, reputação é apenas o que os outros pensam que você é."

Lorem Krsna




"Reputação é o que os homens dizem de você junto à sua sepultura. Caráter é o que os anjos dizem de você diante de Deus!!" 
Autor desconhecido

sábado, 5 de novembro de 2011

E então que venha 19 anos!


"Apenas as nossas dúvidas aumentam com a idade, e não as certezas."
Laszlo Szabo

E mais um ano se passou para mim, e aqui vai mais uma postagem de aniversário (tentando não ser tão deprimente como da ultima vez, lógico).
Bem, muita coisa mudou em minha vida, e deixa te dizer: no que eu mesmo pensava da vida.
Mas calma, sem exaltações. Não é como se eu tivesse sofrido uma metamorfose. Estou longe de ser uma borboleta ainda. No essencial mesmo não mudei. Continuo batalhando na vida. Sempre.
O que mudou tanto assim? Uma palavrinha: FACULDADE.
É isso mesmo, sabe o que dizem? Que tudo o que você não fez na vida vai fazer quando entrar na faculdade. Há uma ponta de verdade nisso. Não que eu tenha feito muitas loucuras (ao menos não ainda, nunca se sabe), falo mais em relação ao meu pensamento sobre o mundo. Novas ideias, nova visão e objetivos.
E novas pessoas, amigos e inimigos (que não poderiam faltar). É impossível você não acabar mudando, afinal, já dizia o filósofo Heráclito: um homem não toma banho duas vezes nas águas de um mesmo rio.
As águas não são as mesmas.
O homem não é o mesmo.
É, não é brincadeira. Abraham Lincoln estava certo quando disse que no final das contas não são os anos da vida que contam. É a vida nos seus anos.
Isto é valido, pois o mais importante foi o que aprendi neste único ano. Sabe aqueles momentos em que a vida te dá uma pôrrada para que ocorra a epifânia? Foi preciso muitas quedas para que eu aprendesse a caminhar direito. O mundo não é um lugar fácil, muito menos as pessoas nele, e houveram momentos em que tive que escolher entre a omissão e uma atitude. Houveram escolhas, que talvez nunca saiba realmente que foram as certas. Viver é caminhar no escuro, isto é fato. E bati muito com a cara no muro antes de encontrar minha porta.
Encontrei alguns amigos, daqueles que não pensei que existissem. Que não escutam somente o que você diz, mas aquilo que você não diz.
E houveram muitos momentos ruins, talvez um deles sendo um dos piores que me lembro nisso tudo, mas prometi não fazer um texto deprimente neste ano, então basta saber que ele foi superado.
Continuo solteira. Neste quesito ainda sou a mesma azarada de sempre. E as trapalhadas também persistem: ainda tropeço no mesmo degrau da escada quase todos os dias, e dou de cara com algumas portas de vidro, mas aprendi a não me importar tanto mais com isso.
Apaixonei-me pelo curso que escolhi a toa, e hoje já construo visões mais positivas sobre meu futuro. Não sou mais tão perdida em relação a isto, o que é muito bom.
E acho que isto define um ano: um novo blog, uma nova decepção amorosa, uma nova paixão não resolvida, novos livros, um curso na faculdade, uma família aumentada, amigos, alegrias, tristezas e uma trilha sonora nisto tudo.
Estou mais velha. Nem sempre cai a ficha, e não enxergo sempre as mudanças que começam a gritar no espelho. E também nem sempre consigo me enxergar por dentro, não sei se a pessoa que fui há um ano imaginaria que se tornaria assim, duvido muito. Nem sei se as marcas que imagino possuir são visíveis em mim, acho que somente eu mesma possa percebê-las.
Mas é sempre assim na vida. O tempo não perdoa e passa. E você cai e se levanta. E tenta, e procura o máximo ser feliz com as armas que a vida te dar, e mais as que você luta para conseguir. Você chora, ri, blasfema e aprende a pedir perdão e perdoar.
É o que as pessoas definem como experiência, os seus próprios erros. Isto torna a vida mais interessante, saber que você joga a sorte na roleta e não sabe o que vai dar, mas tenta fazer o seu melhor com o que der.
E foi isso que tentei fazer. Um ano bom então, em suma. Uma idade interessante também: 19
Não se espera nada nela. Nem um rito de passagem fantástico. Uma idade que vem e vai, e que mal se conta.
Uma idade que pode surpreender.

Lorem Krsna

E para quem não viu a de 18 anos...

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