domingo, 26 de janeiro de 2014

Clichês


As coisas acontecem de repente. E a vida é mesmo meio cheia de clichês. Você pode sim encontrar alguém que vai ser importante para você em um ponto de ônibus, por exemplo. Você vai se desesperar por coisas banais. E você vai sofrer sim, e muito, meio como novela mexicana. 
Vão acontecer coisas ruins em sua vida. Nem pense que não. Só muda a intensidade.
Vão acontecer coisas boas. O peso delas, aí é com a pessoas mesmo.
Você vai sentir medo, pode ser do escuro,pode ser de altura. Pode ser de aranhas. Pode ser de se apaixonar. Pode ser de ficar sozinha.
Você vai passar noites em claro. Seja em uma festa, seja por uma prova, ou um problema. Bom mesmo vai ser o dia que passar a noite em claro, só para esperar o sol nascer.
Você vai ter dias tristes, em que vai pensar em coisas tristes. Esse meu dia foi hoje, o seu pode ser amanhã. Mas nunca vai ser apenas um dia.
Você vai ter dias alegres, com pessoas legais, fazendo coisas idiotas, mas vai amar cada instante.
Você vai ter tédio, vai ter resfriado. E vai acabar assistindo Lagoa azul mais de uma vez. 
Você vai ter saudades, vai ter raiva, vai ter euforia. Você vai querer sempre mais do que tem, e nunca vai estar totalmente completo com o que conseguiu da vida.
Você vai sentir ciúmes. Seja de um amor, seja de uma amizade, seja de um familiar. 
Você vai sentir raiva de alguém, e vai se imaginar jogando ela em frente a um carro ou algo assim. Tente apenas imaginar.
Você vai se arrepender de alguma coisa, ou de muitas. Vai querer ter falado algo para alguém que não falou,ou vai se arrepender de ter falado demais. Vai querer ter beijado alguém, ter dito coisas importantes. Ou simplesmente vai pensar em uma resposta perfeita depois que a briga passou.
Você vai se sentir idiota, incrível, triste, feliz. Vai se sentir o máximo ou vez ou outra, ou o maior idiota do universo. 
Você vai sentir muita falta de alguém.
Talvez encontre um alguém especial. Talvez case, tenha filhos. Talvez se divorcie. Talvez nunca case e crie um gato, ou cachorro. Quem sabe mais.
Talvez more em uma casa, apartamento. Na serra, no litoral. Talvez mude de profissão, ou passe a vida fazendo a mesma coisa.
Talvez seus sonhos mudem tanto, que nem se lembre mais se é o que sonhou um dia. Talvez seja melhor, ou pior.
O fato, é que todos esses clichês vão acontecer uma hora ou outra. E tantos outros...
Muitos acontecem agora, e você nem percebe. Nem percebe que as vezes parece aquela mocinha ou mocinho das novelas, fazendo aquelas burradas, ou tendo aqueles momentos que nunca imaginou. Passando por ruas que parecem aqueles filmes da sessão da tarde, ou mesmo passando por temporadas, como os seriados de televisão. 
O fato é que nada é certo, sério e para sempre.
E isso é o melhor, ou o pior de tudo.

Lorem Krsna

sábado, 25 de janeiro de 2014

Sensação


"Eu sempre vivo com a sensação que me falta algo. 
Eu acordo todas as manhãs pensando em encontrar isso. 
Vou dormir todas as noites sentindo que aquele não foi o dia." 

Lorem Krsna

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014


Carente



E daí? Sou carente mesmo! Posso muito bem ligar só para encher sua paciência, falando de coisas sem foco certo. E posso ligar para casa de madrugada, só para dizer que estou morrendo de saudades e que aconteceu alguma coisa muito engraçada ou muito chata no meu dia...
Adoro quando meu pai diz que me ama, quando minha irmã me chama de chata, quando meus irmãos implicam para não dizer que sentem minha falta. Adoro quando eles dizem que vai dar tudo certo. Mesmo que eu esteja em estado de descabelamento grave por alguma coisa.
E sou abusada. Se sou! Surpreendo quando menos se espera. Digo coisas que podem deixar as pessoas sem graça, mas fico sem graça por muito menos...
Adoro sair da sala e encontrar alguém me esperando para conversar (não sendo ninguém da imigração, ta valendo), ou quando percebem que estou tentando mudar de assunto...
Sou atrevida também. Sou do tipo que rouba seu lanche quando estou perto de você, na cara dura. E quando bebe vinho, troca as perna fácil. Acho que fico mais engraçada mesmo. Fico rindo fácil, coisa que não faço. 
Sou melancólica. Acho que é crônico. Escrevo coisas tristes sem perceber. Mas não quer dizer que sou infeliz todo o tempo. Eu tento mesmo ver o lado positivo das coisas, mesmo sabendo que coisas ruins acontecem com pessoas legais... Mas ninguém é feliz todo o tempo.
Posso ser legal. E posso ser rancorosa. Posso rir por coisas que ninguém mais ri, e não ver graça nas piadas elaboradas. Tenho um sério problema para trocar letras quando falo, e me complicar com palavras grandes. Falo melhor no impulso, faço provas melhor no impulso, e faço a dancinha da vitória quando encontro AQUELE LIVRO, ou escuto AQUELA MÚSICA. Sou meio exagerada nessa horas.
Sou relaxada. Queria ser mais vaidosa. Nem sempre percebo que minha unhas estão um lixo, ou que meu cabelo não está legal. Ou que minha roupas estão largadas.
Organizo livros por data de publicação, e sapatos em pilhas. Mas vestidos por cor. E minha vida por eventos, felizes, tristes e WTF. As vezes, acabo sendo só mais um resultado da entropia mesmo...
Hum, sou carente mesmo. Acabei escrevendo um texto enorme, só por que não achei meu celular para ligar para alguém. Mas tanto faz.
Lorem Krsna

sábado, 11 de janeiro de 2014

ESFINGE

Descubra-me através de meus pretextos,
e veja em mim o que sou.
Quebre meu escudo de aparências,
e compreenda em lapsos de intuição.
entenda-me
procure a verdade por trás de minhas palavras.
Veja-me
atravesse a ponte do tudo que parece nada.
Leia esse enigma que foge de mim,
busque aquilo que foge do começo, meio e fim
Decifra-me
ou devoro-te.

Lorem Krsna

Momentos


sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Cages


Se importar...fingir




As vezes eu acho, que mesmo que se "não me importar" fosse a solução para todos esses problemas, eu ainda me importaria...
Ainda ciente que as coisas não somem durante o sono ou uma bebedeira. Que tudo não se justifica apenas em estar sozinha ou não, distante ou não, reagindo de outras formas estranhas. Fingindo não me importar, fingir do tanto faz. Bem, eu me importo o bastante para fingir que não...
Eu queria que tudo fosse tão simples na vida, que pudesse ser resolvido com coisas aparentemente pequenas, para expulsar pensamentos que que tentam dar tanto conforto como uma bebida quente em uma noite fria. Ou mesmo pessoas que ligam para perguntar como foi meu dia, contar novidades e distrações, que longe de serem mundanas, em meio a tudo tão complexo que hoje odeio, me parecem fascinantes.
Por que, querendo ou não, eu sempre penso no que minhas decisões acrescentam e tiram em mim, e pensar em tudo isso não me deixa dormir, não me deixa fingir, e apenas me faz pensar que não existe felicidade real, apenas momentos felizes e aleatórios, enquanto tudo é apenas na perspectiva fugaz de conseguir tais momentos... Eu sei, pensar nisso é complicado e angustiante. Se importar é angustiante em si, pois televa a pensar, te leva a sentir tudo com mais força, te leva a buscar por coisas que pode não ter mais. E te leva a fingir que não se importa para camuflar tudo isso.

Lorem Krsna  

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Sarcastic


New year

OTH



2013 me trouxe muitas coisas, boas e ruins para trabalhar. Talvez eu tenha demorado tanto para pensar sobre o quanto esse ano significou, e o quanto tudo aconteceu de uma maneira que eu nunca se quer planejei. E sempre o velho ditado, que o homem planeja e Deus ri, mesmo que as vezes seja mágico, e outros doloroso.
Eu me perdi em uma nova língua, em um novo país. Me perdi em uma nova vida, e nas ruas de uma cidade que em tão pouco tempo me cativou. Me perdi no carinho de pessoas que nunca pensei em conhecer, e me perdi de velhos conceitos que hoje nem tenho mais. 
Eu perdi um tanto de meu velho medo de tantas coisas, principalmente da responsabilidade de ter tanta liberdade. Eu perdi o medo das autoridades, e perdi um pouco da vergonha na cara em certas situações. Eu perdi a ilusão de ter que aprender meus limites observando apenas. E eu perdi o receio de entrar na pista de dança. Eu perdi o controle trabalhado, quando esse controle de nada me servia. E perdi o medo de dizer eu te amo, sinto saudades, de derramar algumas lágrimas...Eu perdi um pouco da velha dureza.
E eu perdi minha mãe. Perdi a única pessoa que sabia o que se passava em mim com uma simples ligação, que não se engana com nenhum pretexto meu, com quem eu passei por certas coisas que nunca vou esquecer, e que me disse coisas que sempre vou lembrar a todo instante. Essa foi a perda dolorosa. E eu nunca vou perder a saudade. Ou nunca vou esquecer tudo o que esse ano que passou me levou, e me trouxe também.
2013 pode ser chamado de o ano da virada na minha vida, onde tudo mudou, meio que a força, as vezes suave, as vezes machucando. 
E agora vem 2014. E eu não espero nada dele, como não esperei de 2013. 
Só irei ver o que a maré irá trazer para mim toda manhã.

Lorem Krsna

Ligações perdidas



De boa, sou carente mesmo, e ainda assim não sei onde colocar a cara quando alguém me abraça. Sempre fui meio assim mesmo. Sempre fui muito na minha, sempre fui mal em saber o que fazer. Até hoje, me perco no meio da ação de muitas coisas.
Eu queria que a vida fosse como papel, caneta e tempo. Você tivesse realmente um tempo para raciocinar com clareza, mas de verdade, a maioria das coisas importantes vem de um salto, e ou você pega ou passa, não tem tempo de pensar, de pesar. Como os milésimos de segundo para abraçar de volta, ou beijar de volta, ou falar de volta a coisa certa. 
Meu problema geral, é que sou ruim demais nisso. Não tenho traumas nem nada, é só um traço estranho,mais um meu. Eu adoro receber abraços, eu adoro saber que as pessoas que me importo, se importam comigo. Eu adoro receber ligações de boa noite, para falar bobagens. Mas não sei o que fazer em nenhuma dessas situações, e quase nunca atendo ligações. Eu não me entendo. 
Eu fico magoada por tão pouco e estrago tudo tão rápido... Eu simplesmente não sei direito falar o que quero, o que tem de errado. Eu não consigo responder um "Você está bem" com a verdade, e quando fico nervosa, fico rindo como uma retardada. Eu queria também chorar aos montes, tirar toda a angustia que se acumula, dizer o fato de que não estou mesmo bem boa parte do tempo, estou triste, estou entojada, sem paciência. Queria sentar com alguém e falar a tarde inteira sobre o que se passa na minha cabeça agora. Mas não consigo.
Agora, até para falar como estou me sentindo, estou me sentindo meio idiota. Pois bem, estou triste sim. Uma hora vou aprender a administrar essas coisas. 
No momento, continuo sem saber como retribuir abraços  direito, responder direito quando me perguntam, ficar fazendo piadas bobas para disfarçar, sendo um tanto anti-social com os estranhos.
E claro, esquecendo de retornar as ligações.

Lorem Krsna 

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