quarta-feira, 28 de setembro de 2011
O outro eu pode ser melhor do que o que eu sou?
O que você faz ou deixa de fazer em sua vida em função apenas do que os outros dirão, ou como pensarão a respeito? Quanta coisa você veta de sua própria personalidade, por que tem medo de mostrar quem é de verdade e acabar sendo ridicularizado?
Andei pensando nisso depois de assistir novamente um filme, daqueles clássicos da sessão da tarde e do antigo cinema em casa. O outro eu(The Other Me), é um cartaz infanto-juvenil que fez parte de minha infância, e que acabei reassistindo há poucos dias quando foi arrancado de dentro do baú e passado na telinha.
Ele conta a história de um garoto com sérios problemas na escola e no convívio familiar, e que para passar em um projeto de ciências que salvaria suas notas resolveu trapacear e comprou um kit que prometia uma experiênciai caseira, mas graças as trapalhadas de um dupla de pesquisadores, o menino acaba recebendo um kit defeituoso e faz um clone de si mesmo.
Twoie (Tu e Eu), como ele o chama, é igual a ele, os mesmos genes e rosto, mas com uma capacidade de aprendizado avançada, e então ele decidi por o clone para assumir sua tarefas mais chatas e ficar na vida boa.
Mas Twoie tem muito mais do que uma alta capacidade de aprendizado e uma certa ingenuidade, ele carrega uma personalidade cativante, capaz de assumir e tentar consertar seus erros, e de agir sem temer o que os outros dirão. Diferente do original, ele faz aquilo que deseja se não for magoar ninguém , e não desiste do que quer ou se acovarda por pensar que poderão rir dele.
E assim, Twoie conquista a todos de uma maneira que Will, o verdadeiro, não conseguia.
A história segue com alguns problemas, perseguições dos pesquisadores atrapalhados que querem fazer experiências com o clone, a possibilidade da vida curta de Twoie, e conflitos entre clone e o verdadeiro., mas o final é feliz.
Uma das passagens mais legais em minha opinião é quando o clone é interrogado de o porquê apesar de ser geneticamente identico a Will , ele conseguio tudo aquilo que ele não conseguia e desejava.
Twoie diz que quando desejava fazer algo, como dançar em público, ele ia lá e fazia. Não estava magoando ninguém, então não fazia sentido se restringer apenas por medo do que os outros irão achar, ou pensar.
É bem interessante, pois eu mesma já me peguei em diversas situações em que me contive em algo que queria por puro medo da opinião alheia. a preocupação com opinião de segundos e terceiros já me impediu de realizar muitas coisas.
Como Will, me acovardei, e também não conseguia enfrentar muitos de meus problemas de frente, o que já me rendeu muitas dores de cabeça na vida e pior, perdas irreparáveis.
Acho que existe muita gente assim, tão apegado a opiniões dos demais que acaba apagando a força traços de sua própria personalidade, e o que poderia vir a ser algo brilhante simplesmente se apaga.
Seja na vida amorosa ou em qualquer coisa que você for fazer, o que aprendi com o tempo é que não se pode ficar parado apenas ponderando no que fulano vai achar, que cicrano vai rir de mim, que beltrano vai dizer isso ou aquilo outro. A vida é um risco, e quem não sabe se jogar, era melhor ter dado espaço para outro espermatozóide, por que meu filho, o mundo gira, o tempo passa. Se movimente ou vai ficar para trás!
Se arrisque, lute por aquilo que deseja, se esforçe por seus sonhos e objetivos. Divirta-se quando for a hora, corra atrás. Brinque, cante, ria, chore e viva toda a profusão de sentimentos ofertados, se não for prejudicar aos outros, aquí entre, acaba mesmo sendo da sua conta, não?
Outras coisa do filme, é quando Twoie fala que se as pessoas se afastarem de você por tentar ser o que é, é por que não são seus amigos. se forem, ficarão ao seu lado . E é isso, aqueles que me conhecem e ainda assim estão comigo são meus amigos. Com toda a minha loucura e minhas crises. Com o que eu sou, pois me amar por minhas qualidades deve ser fácil, difícil é me amar por meus defeitos, o negócio aí pega mesmo!
Então viva sua vida de verdade, não pela metade. Não vale a pena esperar que um outro de você acabe fazendo todo o trabalho, pois esse outro deve partir do que você é. Está aí dentro, e quer viver.
Como diria uma valorosa colega e amiga: "Vai com tudo, se joga!"
Lorem Krsna
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