“Adão sabia do belo tédio
Que teria pela frente.
Foi logo fazendo dois filhos...
Um assassino e outro inocente.
Deus aplaudia a própria tragédia
Pensando que fosse comédia.”
Abel Terra
Lobo é um assassino profissional, um justiceiro que pune aqueles que foram negligenciados pela justiça em suas más-ações. Enquanto monta uma narrativa repleta de mistério, comédia e tragédia, o autor Fausto Wolf apresenta o passado de uma família marcada por contradições e acasos em uma história de amor, ciúme, crime e ódio que nos leva ao passado de lobo e a sua real identidade.
O primeiro é Jamal, o ponto inicial da história da família Man quando rouba uma princesa cigana, Parthênia por quem se apaixonara e foge para o Brasil, fundando paraíso. De seu casamento nasce Cosmo, e há ainda Abel, filho bastardo bom e digno que concebe com Eva, esposa de Adão, seu melhor amigo e Capataz. Cosmo, por sua vez, se casa com outra princesa cigana e acaba contraindo a divida de Jamal para com os Deuses. Do casamento de Cosmo e Helena nasce Antônio e Caio, e quando a felicidade se encontra no auge, surgem as fúrias no paraíso, pois como devaneia Cosmo “Não há felicidade perfeita, pois sempre haverá o medo de perdê-la.”
Com personagens repletos de lirismo, uma história trágica e cômica e seguindo-se desígnios desconhecidos, onde os deuses parecem rir dos homens montando armadilhas inesperadas.
Da primeira guerra ao nazismo. Da reforma agrária e o comunismo. O sonho de justiça plena, a prostituição, corrupção e tantos males, Fausto monta a história dentro de um cenário já conhecido e muitas vezes não admitido pela sociedade. Com conflitos que assolam a humanidade, e a alma do próprio homem.
Lobo, o herói anti-herói nos faz pensar sobre até onde vai nosso poder da justiça pelas próprias mãos. Ao falar sobre personagem, Luiz Horácio define a contradição do personagem ao dizer que “num mundo por demais humano, e consequentemente, por demais injusto convivem diversas formas de justiça. O sonho de justiça social, e a justiça justificada do assassino improvável. Dessa maneira, não são permitidos heróis e o ESPELHO reflete nossa intranqüilidade, pois supostos justiceiros, se fogem a tradição moralista, padecem das nossas mesmas contradições.” Assim, se mostra o risco presente de ao tentar combater, acabar se tornando aquilo que se quer dizimar, pois um homem com o poder de decidir o destino das pessoas, e sua morte, continua ainda assim sendo um homem.
O lobo através do espelho a refletir o que trazemos em nós nos leva a seguir a intuição através de pistas dentro do passado que montam um enredo tão real quanto a história da humanidade.
Lorem Krsna
“Se alguém tivesse pena de me ver velho, bêbado, sujo e fedendo. Se alguém tivesse pena e me desse um banho, lar, carinho e dinheiro. Se alguém me levantasse ao ponto de eu, mesmo sem olhos, pudesse me ver no espelho como já fui uma vez, não adiantaria nada. Restaria a memória.”
Adão Terra
O primeiro é Jamal, o ponto inicial da história da família Man quando rouba uma princesa cigana, Parthênia por quem se apaixonara e foge para o Brasil, fundando paraíso. De seu casamento nasce Cosmo, e há ainda Abel, filho bastardo bom e digno que concebe com Eva, esposa de Adão, seu melhor amigo e Capataz. Cosmo, por sua vez, se casa com outra princesa cigana e acaba contraindo a divida de Jamal para com os Deuses. Do casamento de Cosmo e Helena nasce Antônio e Caio, e quando a felicidade se encontra no auge, surgem as fúrias no paraíso, pois como devaneia Cosmo “Não há felicidade perfeita, pois sempre haverá o medo de perdê-la.”
Com personagens repletos de lirismo, uma história trágica e cômica e seguindo-se desígnios desconhecidos, onde os deuses parecem rir dos homens montando armadilhas inesperadas.
Da primeira guerra ao nazismo. Da reforma agrária e o comunismo. O sonho de justiça plena, a prostituição, corrupção e tantos males, Fausto monta a história dentro de um cenário já conhecido e muitas vezes não admitido pela sociedade. Com conflitos que assolam a humanidade, e a alma do próprio homem.
Lobo, o herói anti-herói nos faz pensar sobre até onde vai nosso poder da justiça pelas próprias mãos. Ao falar sobre personagem, Luiz Horácio define a contradição do personagem ao dizer que “num mundo por demais humano, e consequentemente, por demais injusto convivem diversas formas de justiça. O sonho de justiça social, e a justiça justificada do assassino improvável. Dessa maneira, não são permitidos heróis e o ESPELHO reflete nossa intranqüilidade, pois supostos justiceiros, se fogem a tradição moralista, padecem das nossas mesmas contradições.” Assim, se mostra o risco presente de ao tentar combater, acabar se tornando aquilo que se quer dizimar, pois um homem com o poder de decidir o destino das pessoas, e sua morte, continua ainda assim sendo um homem.
O lobo através do espelho a refletir o que trazemos em nós nos leva a seguir a intuição através de pistas dentro do passado que montam um enredo tão real quanto a história da humanidade.
Lorem Krsna
“Se alguém tivesse pena de me ver velho, bêbado, sujo e fedendo. Se alguém tivesse pena e me desse um banho, lar, carinho e dinheiro. Se alguém me levantasse ao ponto de eu, mesmo sem olhos, pudesse me ver no espelho como já fui uma vez, não adiantaria nada. Restaria a memória.”
Adão Terra