quarta-feira, 15 de setembro de 2010
Lembranças
Sinto falta das manhãs chuvosas acompanhadas com o cheirinho de café. Das vozes conhecidas pela casa, das discussões e das risadas.Sinto falta dos silêncios opcionais, e dos problemas banais que pareciam tão grandes.
Sinto falta de quando as infantilidades eram tão menos dolorosas, mais normais.. E dos medos imaginários que se apagavam depressa tão logo ouvisse os passos e bocejos conhecidos, uma ou outra cama rangendo.
Agora meus passos ecoam pelas paredes, e nas ruas converso e esbarro com completos desconhecidos. Por vezes, me reconheço em um ou outro rosto, menos naquele refletido na vitrine.
Hoje a chuva e o cheiro de café me trazem tantas saudades... ou até um rosto estranho que lembra daquela que fui há tanto tempo. Passeio nas ruas, entre histórias vivas e asas presas. Entre olhares que se cruzam e fogem, e em nenhum encontro minhas respostas. Em nenhum enxergo as decisões que tenho que tomar, ou a cura de tantas mágoas.
E então, uma senhora passa e sorri, um menino travesso me olha inquieto e curioso, um bebê gargalha quando toca meus dedos e todos os problemas voltam por um instante a parecer nada.
Nesses dias, uma senhora que passou por mim na rua me fez retomar tantos devaneios perdidos, quando passou por mim e sem aviso prévio agarrou minha mão com força e com olhar desesperado beijou-a e agradeceu. Se despediu com um sorriso, enquanto as pessoas ao redor a rotularam de louca . Apenas no breve instante em que nos olhamos, percebi que a mais sã de todos ali era ela.
Não estamos todos tentando nos agarrar em desespero a algo que possa nos dar algum alívio? A diferença entre a maioria e aquela mulher, foi que muitos esqueceram de abraçar, tocar as mãos sem ter um motivo regado de interesses, mas por simplesmente querer. Esquecemos de agradecer por mais um dia, ou por algum gesto que fez a diferença para nós, seja um sorriso ou uma cena na rua, cotidiana.
Hoje, agradeço pelas manhãs chuvosas ou de sol que tive e terei, e sei que todas terão o cheiro de café e de casa, mesmo que eu esteja tão longe.
Sei que a culpada em frente ao espelho tem redenção,e pode começar finalmente a crescer de verdade, e a perdoar, se perdoar e se doar.
Sei de minhas saudades, de minhas lembranças, e do que tenho a aprender. E finalmente entendo isso com clareza.
LoremK
terça-feira, 14 de setembro de 2010
Aos sonhadores...
É ruim estarmos preparados para as oportunidades e elas não aparecerem. Mas o pior é quando as oportunidades aparecem, e não estamos preparadas para elas.
Sonhos .Estes são as turbinas propulsoras para alcançar o grande voo do sucesso. Mas se você faz deles seus senhores e não busca transporta-los para a realidade, é como se desenhasse um avião, mas não procurasse construi-lo.Ou pior, esquecesse de abastecê-lo.
Há pessoas que passam a vida sonhando,mas não realizam nada.Culpam depois os outros por seus desejos fracassados, mas na realidade o maior culpado foi seu medo.Medo de que tudo seja loucura, e que viver com os pés só no chão seja melhor do que voar em busca de seus sonhos.
Mas há pessoas que buscam ,correm e montam nos córceis da oportunidade sem medo de ser feliz. Esses são os que sonham e estão preparados para realizar seus desejos, com fé, suor ,e lágrimas. Sim, são desses materiais que os sonhos são feitos.
Não leva a nada sentar e esperar que a sorte venha bater em nossa porta. Corra atrás de seus sonhos! Há sempre o risco de bater com a cara no muro de vez enm quando ,mas é só fazer um furo nessa parede que o escuro se esclarece .Vá, só você tem o poder capaz de conseguir sua FELICIDADE.
Lorem Krsna
A Dor
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
o Fogo e o gelo
A frieza que em mim emana
confundiu-se com tua pura chama,
e fez dança tão diferente.
Na tua boca, o meu drama.
Que queima, sussurra e inflama.
Que diz o que quer, loucamente.
Não há nada, queimo-me e sofro.
Me acho, me perco de novo.
Provoco o teu arrepio.
Vamos do céu, ao mais fundo poço.
Somos o duro gelo, o volátil fogo.
Tu és o calor, eu o frio.
Na nossa dança, só há perigo,
e mesmo assim, contra tudo te sigo,
valso em tua voz, em tua mão.
E quando este calor acabar comigo,
ainda assim, consigo,
murmurar pura emoção.
E o fogo que toma tudo,
luta contra o amor mudo,
daquele que tenta detê-lo.
E os maiores inimigos do mundo,
amam-se e destroem-se em baque surdo
o Fogo morre, e derrete o gelo.
confundiu-se com tua pura chama,
e fez dança tão diferente.
Na tua boca, o meu drama.
Que queima, sussurra e inflama.
Que diz o que quer, loucamente.
Não há nada, queimo-me e sofro.
Me acho, me perco de novo.
Provoco o teu arrepio.
Vamos do céu, ao mais fundo poço.
Somos o duro gelo, o volátil fogo.
Tu és o calor, eu o frio.
Na nossa dança, só há perigo,
e mesmo assim, contra tudo te sigo,
valso em tua voz, em tua mão.
E quando este calor acabar comigo,
ainda assim, consigo,
murmurar pura emoção.
E o fogo que toma tudo,
luta contra o amor mudo,
daquele que tenta detê-lo.
E os maiores inimigos do mundo,
amam-se e destroem-se em baque surdo
o Fogo morre, e derrete o gelo.
Lorem K
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
Era...
Você era a minha voz
ecoando o que havia de melhor em mim.
Você era a minha força,
Meu não e meu sim
minha escada que me erguia
desse buraco que parecia
não ter fim.
Era a cura das minhas dores,
o alivío, cicatrizando falsos amores
juntando finalmente esses cacos
me fazendo inteira de novo.
Pernas, vozes e sorrisos...
gritos, palavras e gemidos.
o gelo e o fogo.
Você era a chuva nos meus dias quentes,
ou a brisa que me aliviava o calor.
Minha cura e minha dor.
Você o conforto quando estava frio,
meu cobertor.
o inimigo e o salvador.
Era luz
brilhando sem perceber.
E o que mais fazem as estrelas?
Era o brilho,
dissipando o breu,
arrancando a solidão
em que estava presa.
E então você sumiu.
E agora só há esse silêncio
e de tudo o que havia...
a solidão e a monotonia,
A minha escada sumiu,
e nesse buraco não vejo fuga
saída.
Minha força não é mais que leve brisa...
e curou as dores
para fazer uma só sua.
Vejo que nunca estarei completa,
foi só ilusão.
No calor não há mais sombra ou nuvem
nem vento nem chuva.
Só o vazio.
No frio não há mais o cobertor de sorrisos,
e nem os risos
das piadas mais bobas.
Não há beijos ou bocas.
A luz era tão forte
que quando partiu me cegou,
e o escuro nunca foi tão vazio.
E só
E então você sumiu.
E agora só há esse silêncio
e de tudo o que havia...
a solidão e a monotonia,
A minha escada sumiu,
e nesse buraco não vejo fuga
saída.
Minha força não é mais que leve brisa...
e curou as dores
para fazer uma só sua.
Vejo que nunca estarei completa,
foi só ilusão.
No calor não há mais sombra ou nuvem
nem vento nem chuva.
Só o vazio.
No frio não há mais o cobertor de sorrisos,
e nem os risos
das piadas mais bobas.
Não há beijos ou bocas.
A luz era tão forte
que quando partiu me cegou,
e o escuro nunca foi tão vazio.
E só
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
Livro da existência
Quando abro os meus olhos para o que rodeia-me, enxergo o quanto posso ser pequena.
O quanto minhas dores podem parecer triviais e passageiras, meus sonhos e desejos, insignificantes. Meus amores, pura chama.
O universo amplia-se a minha frente, sem que eu posso ver-lhe o fim, e o tempo se estende para além do que posso imaginar. Então por que para mim, pobre ser efêmero, esses meus sentimentos e razões ginganteiam-se assim? Eles assumem a proporção humana, dentro do próprio universo que há em mim.
Mas ora! Nosso tempo aqui é tão curto e nublado, que a uníca maneira que nos faz provar um gole da eternidade é a intensidade com que obramos nossa existência.
Qualquer pequeno pensamento, qualquer mínima ação, pontua cada parágrafo de nossa história pessoal, e para nós, nossa vida é um livro gigante, de sensações, dores, medos, anseios, erros, acertos, amores...Mas para o tempo, que tudo engole, ele não passa de uma letra de uma frase no grande livro da vida, que pode ou não tentar completar o significado das palavras.
Somos tão pequenos, que passamos a vida a buscar a prova de nossa existência, para alcançar, não diante do universo, mas perante a nós mesmos uma aparente grandiosidade.
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