quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Exêntrica e não - convencional

Se um homem marcha com um passo diferente do dos seus companheiros, é porque ouve outro tambor.
Sou atrapalhada, com situações, coisas, pessoas e sentimentos. Parece que viro sempre para o lado oposto ao da multidão, e na hora do discurso programado, falo o que vem na cabeça. Excêntrica ou não-convencional, vejo o mundo muitas vezes de fora do centro da dança, na platéia e não no palco, e, se lá, improviso no correr de meu papel, ora como mocinha ou vilã, no certo e no errado, fora do compasso da dança e pisando no calo de muita gente...
Talvez meus gostos, meus gestos, meus medos e desejos pareçam desconexos e fora de cena, de época ou de noção, pois vou rir da piada mais tola e dormir na mais elaborada comédia se assim quiser. Posso organizar meus discursos que nunca acontecerão, cantar desafinada a música que achar bela, tocar a mesma sequência de acordes, se assim meu mundo se equilibrar. Meus defeitos são manjados, e minha estranheza já não publica dialogos, e assim, sumo no cenário a observar...
De fora do palco, longe do centro inflamado dos pseudo-robôs polidos, eu aplaudo o que todo mundo é, mas que muitos escondem na tentativa de aceitação forçada: Seres diferentes, excêntricos, e por isso, nenhum pouco convencionais.

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