UQ - Brisbane |
Crônicas de um dia na Austrália.
Um dia determina o que você determina no dia. Confuso? Bem, eu só acho que as vezes bom mesmo é rir das situações complicadas.
Vejam bem, desde que cheguei em Brisbane, há mais de um mês, sem saber falar quase nada de inglês, já passei por inúmeras situações constrangedoras, por conta da dificuldade de comunicação ou mesmo o pouco conhecimento em relação a cultura local. Todo mundo que já morou em outro país, acredito que saiba do que estou falando. Bem, enfim, eu já passei vergonha que já me fez perder a vergonha.
Já me perdi, peguei ônibus errado (hoje já sei as linhas decoradas), fiz perguntas indevidas, entrei em lugares indevidos e por aí vai. E Brisbane é um caldeirão de pessoas de culturas diferentes, então você acaba deslizando nestas também, como abraçar um japonês, por exemplo. Acho que se pode fazer uma imagem mental de determinadas situações...
Hoje, por exemplo, foi um dia com tudo a que tinha direito. Iniciei há pouco tempo na academia, eu, que nunca fiz exercícios na vida, mas, vida nova.
Claro que estou completamente quebrada. Aeróbica é coisa de gente louca, mas tudo bem. E eis que hoje fui me aventurar a fazer novos exercícios. Bicicleta, ok e tudo o mais. Daí veio a esteira.
Minutos depois, em uma distração (não me perguntem como) fui cuspida para fora desta, caindo longe. Me ergui mais do que depressa, na sala lotada. Todos fingiram que não viram, educados, e eu fingi que nada aconteceu, pulando de volta mais do que depressa com a mesma ainda em movimento, em uma agilidade digna de cinema.
Saldos e feridos, alguns machucados e saindo mancando fingindo que nada aconteceu. Claro que me perdi e quase não acho a porta (estava de frente a mesma, mas as portas automáticas não abrem para mim, eu não existo, ao que parece. ).
Sai da academia, foi para o curso, e estava o inferno em terra após os resultados de testes para mudanças de nível em inglês. São sete níveis, eu fazia parte do dois, e mudei para o três. Felicidades a parte depois de alguma confusão, fui com meu papel para minha nova sala. Entrei lá, fui bem recebida, tipo, muito bem mesmo! Amei as pessoas. O problema era que elas falavam inglês muito bem, rápido, e eu estava quase chorando não me achando digna do nível, ia voltar para o dois e tudo o mais, estava caindo em depressão, mas lutando para acompanhar a conversa e até conseguindo aprender algumas coisas. Quando a professora chega, estranhando a presença do ser estranho, pergunta-me sobre o que diabos estou fazendo lá, e ao pegar meu papel (estava quase chorando), me diz que estava na sala errada. O que vi como o dois, era um sete, mas que podia ser cinco.
E sim, aquele era o nível 7.
Devia ter estranhado o número exorbitante de asiáticos.
Depois de errar de sala mais uma vez, achei a minha e me descobri feliz no nível 3 (peito estufado.)
Sai da sala do nível 7 acenando e prometendo visitá-los depois.
Lorem Krsna
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