Eu sempre gostei de esportes, os esportes é que nunca gostaram de mim.
Até que eu tentei. Primeiro veio o futebol. E até que eu não era ruim não. Quer dizer, em correr atrás da bola eu era péssima! Sempre caia e derrubava alguns junto. Por isso me colocaram no gol, e eu me achei alí. E também era a estrategista de campo e capitã. Uma goleira-técnica-capitã. Nosso time chegou até a ganhar algumas medalhas e chegar as finais, mas tive que cair fora no último jogo. Estava mal. Avisei ao povo que ia tentar fugir pela janela para a partida, mas minha mãe é esperta e me pegou no ato. Faltei. O time perdeu. Fim de carreira conturbado e uns três anos para alguma pessoas do time deixarem de me odiar e desistirem de tentar me pegar na saída.
Tentei vôlei. Morava na praia, era perfeito! Na primeira partida, Deus sabe como bati a mão na minha própria cabeça ao tentar dar um saque. No segundo saque que dei quase desmaiei uma menina. Desisti antes que mandasse alguém ou a mim mesma pra uma UTI.
Natação ainda hoje tento, mas bom mesmo é se eu SOUBESSE NADAR.
Corrida, cansei de chegar em último sozinha, então fiz um discurso apaixonado sobre a competitividade exarcerbada a que os professores nos influênciavam e convenci todo mundo a ir andando e atravessar a linha de chegada de mãos dadas. Minha professora nunca mais me colocou em uma corrida depois disso. Foi melhor do quê qualquer atestado ou quedas vergonhosas.
Handball foi uma linda esperança. Primeiro jogo: perdemos de 10X2. No segundo perdemos de 20X0 e desistimos imediatamente, por isso e por eu quase ter quebrado meus dedos (bola dura!) e cabeça de uma menina na arquibancada. Meu professor concluiu que era mais seguro me deixar longe da quadra e passou a pedir relatórios para as minhas notas. "Não é possível que a caneta escorregue e mate alguém." Ele concluiu.
Ninguém sabe.
Meu irmão me salvou de minha inaptidão ao me ensinar um jogo (ele é um perna-de-pau) além do jogo da velha, dama e dominó. E este jogo foi o único que me realizou: xadrez.
Encontrei algo que gosto, chamam de esporte e em que ninguém vai correr com medo de mim. E em que sou boa.
E ainda por cima seguro. Só minha irmã discorda, ela diz (não ouçam a louca!) que um dia desses em uma de nossa partidas de horas em silêncio, nos encarando com expressões psicóticas, eu e meu irmão mataremos ela:
De tédio!
Lorem Krsna
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