“Refugiei-me na doideira porque a razão não me bastava.” Clarice Lispector
Eu sou estranha. Acostumei-me com isso, e até que com o tempo estou aprendendo a conviver comigo mesmo, os outros aprenderem a conviver comigo é outra história...
Como Clarice Lispector já disse, a razão não me bastou. Na verdade a razão deixou-me farta. Isso, fiquei farta de tanta razão sem sentido algum, e agora me refugiei em certa loucura chamada de emoção, emoção passional, instintiva e despreocupada. E quem há de julgar-me afinal? Ah, sim, muitos!
A verdade é que acovardei-me na apatia, quando não suportava pessoas pela metade, amar mais ou menos, sentir mais ou menos. Eu desejava tudo por inteiro, mas partia-me em pedaços demais tentando conter aquilo que no final não se pode controlar, e nem mais quero. Deixei tudo passar, pessoas, situações e sentimentos. Passaram-se chances de buscar uma felicidade não ilusória, por conta destes extremos que me abatem. Ora a tola racional, contida e estranha. Ora a passional alucinada, intempestiva, emotiva, que explode diante das emoções, teimosa , inconstante e...Estranha.
Tudo não me basta, e nada me cabe, se a mim desconheço, mas acostumei-me a mim mesma, e sei que disto não pioro. A loucura finda, é a razão que não se basta, o que me resta é buscar um meio-termo. Sem covardias.
Como disse, sou estranha. De uma maneira ou de outra.
Lorem Krsna
"E se me achar esquisita, respeite também, até eu fui obrigada a me respeitar".Clarice Lispector
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