sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Relaxa, essa é a vida.



"Está lascado e continua rindo?
Já sabe em quem por a culpa! "

Hoje eu acordei com o sol na minha cara. Quando pulei da cama tropecei e ao tentar me segurar bati a canela na grade. Olhei para o relógio e estava atrasada.
Fui para o banheiro e ao rodar a torneira estava faltando água.
Desci ainda na esperança de tomar um café, não tinha pó.
Me arrumei de qualquer jeito e me mandei. Na primeira esquina um cachorro rosnou pra mim, e não conseguia atravessar a rua, nenhum motorista me dava passagem.
Quase chego atrasada na aula.
Comecei a estudar para a prova no último horário.
Chega a professora.
Avaliação surpresa no PRIMEIRO horário. O susto me faz esquecer tudo o que tinha estudado para outra prova.
O ar-condicionado louco da faculdade cospe na minha prova.
As horas se arrastam.
Dia difícil.
Chego em casa cansada louca para tomar um banho. Ainda não tem água. Tropeço na escada, quebro a unha do pé e troço o tornozelo.
Pilha de livros e folhas me esperam para as provas da próxima semana.
Durmo por cima dos livros e tenho um pesadelo com uma professora vestida de Lampião.

Entro na internet e um cara manda um e-mail: Nada está tão ruim que não possa piorar.
Era um anexo.
Vírus.
Fudeu.

A vida é mesmo uma maravilha não?
Ás vezes você acorda e parece que tudo conspira contra você, mas como diria um velho amigo: Relaxa, se não queria entrar na dança, não entrasse na droga do óvulo. O que não faltava era candidato para tomar o seu lugar.
O mais difícil foi nascer minha gente, o resto é fichinha. Se desenrola.
Faz parte.


Lorem Krsna


Deixa rolar.

" (...) E agora eu vou embora e finjo que tudo vai ficar bem, que não estou zangada, ou que não vou me arrepender.
Agora eu vou embora e nem olho pra trás.
Minha vontade é voltar correndo.
Meus pés e meu orgulho não permitem.
Mas que se dane, vou pagar pra ver. Deixa rolar, e vou ver no fim.
O que a nova maré da sorte vai trazer pra mim"

Lorem Krsna

Só me deixe quieta, o resto é o tempo.


Ando mesmo sem olhar pra nada, no nada, vivendo em nada.
Cansei de andar a torto sem motivo.
Vou ficar parada, vou conversar contigo.
Um papo meio sem lá nem cá, cheia de bobagens.
Quero rir das piadas que dizem que são ridículas.
Quero rir da minha cara de boba no espelho, e chorar quando quiser sem ter que me justificar.
Cansei de acharem que estou triste se só estou pensando.
E nem vou estar feliz sempre que estou sorrindo.
Ando mesmo solta, ouvindo o meu som, fazendo a minha história.
Por quem me apaixono não mais importa, se só quero viver a vida na tranquilidade.
Só me deixe aquí quieta, na minha.
Tudo passa.
Tudo passa.
Só me deixe quieta.

Lorem Krsna
A distraída


quarta-feira, 28 de setembro de 2011

O outro eu pode ser melhor do que o que eu sou?


O que você faz ou deixa de fazer em sua vida em função apenas do que os outros dirão, ou como pensarão a respeito? Quanta coisa você veta de sua própria personalidade, por que tem medo de mostrar quem é de verdade e acabar sendo ridicularizado?
Andei pensando nisso depois de assistir novamente um filme, daqueles clássicos da sessão da tarde e do antigo cinema em casa. O outro eu(The Other Me), é um cartaz infanto-juvenil que fez parte de  minha infância, e que acabei reassistindo há poucos dias quando foi arrancado de dentro do baú e passado na telinha.
Ele conta a história de um garoto com sérios problemas na escola e no convívio familiar, e que para passar em um projeto de ciências que salvaria suas notas resolveu trapacear e comprou um kit que prometia uma experiênciai caseira, mas graças as trapalhadas de um dupla de pesquisadores,  o menino acaba recebendo um kit defeituoso e faz um clone de si mesmo.
Twoie (Tu e Eu), como ele o chama, é igual a ele, os mesmos genes e rosto, mas com uma capacidade de aprendizado avançada, e então ele decidi por o clone para assumir sua tarefas mais chatas e ficar na vida boa.
Mas Twoie tem muito mais do que uma alta capacidade de aprendizado e uma certa ingenuidade, ele carrega uma personalidade cativante, capaz de assumir e tentar consertar seus erros, e de agir sem temer o que os outros dirão. Diferente do original, ele faz aquilo que deseja se não for magoar ninguém , e não desiste do que quer ou se acovarda por pensar que poderão rir dele.
E assim, Twoie conquista a todos de uma maneira que Will, o verdadeiro, não conseguia.
A história segue com alguns problemas, perseguições dos pesquisadores atrapalhados que querem fazer experiências com o clone, a possibilidade da vida curta de Twoie, e conflitos entre clone e o verdadeiro., mas o final é feliz.
Uma das passagens mais legais em minha opinião é quando o clone é interrogado de o porquê apesar de ser geneticamente identico a Will , ele conseguio tudo aquilo que ele não conseguia e desejava.
Twoie diz que quando desejava fazer algo, como dançar em público, ele ia lá e fazia. Não estava magoando ninguém, então não fazia sentido se restringer apenas por medo do que os outros irão achar, ou pensar.
É bem interessante, pois eu mesma já me peguei em diversas situações em que me contive em algo que queria por puro medo da opinião alheia. a preocupação com opinião de segundos e terceiros já me impediu de realizar muitas coisas.
Como Will, me acovardei, e também não conseguia enfrentar muitos de meus problemas de frente, o que já me rendeu muitas dores de cabeça na vida e pior, perdas irreparáveis.
Acho que existe muita gente assim, tão apegado a opiniões dos demais que acaba apagando a força traços de sua própria personalidade, e o que poderia vir a ser algo brilhante simplesmente se apaga.
Seja na vida amorosa ou em qualquer coisa que você for fazer, o que aprendi com o tempo é que não se pode ficar parado apenas ponderando no que fulano vai achar, que cicrano vai rir de mim, que beltrano vai dizer isso ou aquilo outro. A vida é um risco, e quem não sabe se jogar, era melhor ter dado espaço para outro espermatozóide, por que meu filho, o mundo gira, o tempo passa. Se movimente ou vai ficar para trás!
Se arrisque, lute por aquilo que deseja, se esforçe por seus sonhos e objetivos. Divirta-se quando for a hora, corra atrás. Brinque, cante, ria, chore e viva toda a profusão de sentimentos ofertados, se não for prejudicar aos outros, aquí entre, acaba mesmo sendo da sua conta, não?
Outras coisa do filme, é quando Twoie fala que se as pessoas se afastarem de você por tentar ser o que é, é por que não são seus amigos. se forem, ficarão ao seu lado . E é isso, aqueles que me conhecem e ainda assim estão comigo são meus amigos. Com toda a minha loucura e minhas crises. Com o que eu sou, pois me amar por minhas qualidades deve ser fácil, difícil é me amar por meus defeitos, o negócio aí pega mesmo!
Então viva sua vida de verdade, não pela metade. Não vale a pena esperar que um outro de você acabe fazendo todo o trabalho, pois esse outro deve partir do que você é. Está aí dentro, e quer viver.
Como diria uma valorosa colega e amiga: "Vai com tudo, se joga!"

Lorem Krsna

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Dias tortos


"Ando sentindo falta do que antes não sentia. Mas tem certas horas que não sei como falar. Sabe quando tudo parece tão errado e sem motivo?
Hoje me bateu mesmo aquele tédio e tristeza, e eu vou navegando nessa substância sem vida que se chama o nada. Vou me jogando nesta coisa sem nome que está me queimando por dentro.
Me sinto sem medo de nada, só daquilo que existe em mim.
Só daquilo que não encontro mais aquí dentro."


Lorem Krsna

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Grupo Celtic Woman



Celtic Woman é um grupo musical feminino formado originalmente por quatro vocalistas irlandesas e uma violinista. As quatro vocalistas são Chloë Agnew, Lisa Kelly, Méav e Orla Fallon e a violinista Máiréad Nesbitt.
O grupo tem um estilo bem peculiar em relação aos que conhecia, e tem um repertório que inclui canções tradicionais celtas, canções clássicas e modernas. Tudo com um charme e talento que ninguém pode negar.
Entrei em contato com o grupo através de um leitor do blog que me apresentou um vídeo do grupo com a canção You Raise me Up.  Me apaixonei pelo estilo musical que passa certa tranqüilidade e algo de místico herdado da cultura celta.

Além disso, o violino de Máiréad é simplesmente incrível e dá ao estilo do grupo algo de diferente de tudo que já havia ouvido.
 O grupo já lançou 5 álbuns :“Celtic Woman”, “Celtic Woman:A Christmas Celebration” ,  “Celtic Woman: A New Journey”  ” Celtic woman – The Greatest Journey: Essential Collection” e “Celtic Woman – Songs From The Heart”. (Fonte: Link )
No decorrer da história do grupo houveram algumas saídas e atualmente o grupo se encontra com algumas mudanças na formação.
A primeira a sair foi Méav que foi substituída pela cantora Lynn Hilary, depois foi a saída de Orla Fallon que foi substituída por Alex Sharpe, que por sua vez deixou o grupo em 2010 para se dedicar a família e a carreira solo. Em novembro de 2010, Lynn Hilary também deixou o grupo e houve a  entrada de Lisa Lambe em seu lugar, e o grupo continuou definitivamente como quarteto.
Todas as mudanças declaradas tiveram como justificativa principal a dedicação a família.

Então, quem curte estilos diferentes, canções clássica, o mundo dos celtas, mas principalmente boa música, recomendo que dê uma ouvida no grupo. Difícil é não se encantar
E para quem quer mais informações deixo um link com a biografia completa do grupo e o vídeo que me apresentou o grupo.

Até mais povo!

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Passos indiscretos


Tenho andado meio à toa, sei saber muito o que pensar, como agir.
Venho mudando sim, sempre meio absorta em mim.
E há tanto estou sozinha, que desconfio que uma parte minha nem se importa mais.
Só fico olhando tudo, estando em tudo, sem estar em lugar nenhum.
Por que eu sei aquí dentro, que por mais que tenha amigos, uma família, e uma vida inteira,
Não sou mesmo o alguém mais importante para qualquer um dos que estão ao meu lado.
E para se sincera, nem sei se isso me importa tanto mais.
E no fundo eu quero que importe.
Tenho andando tão distraída, que temo não estar vendo ao certo o que ocorre ao meu redor.
Tão voltada só para o que acontece aquí dentro.
Tenho andando tão perdida, que nem sei se um dia tentei realmente me achar.
Despersa, só quero despertar.
E meus passos indecisos nestas ruas não me levam mesmo a nenhum lugar.
São indiscretos, inconsequentes...
Passos de quem anda sem rumo.
Onde estarei logo adiante?
Onde estarei... Se quem eu quero hoje ao meu lado não consegue me encontrar?

Lorem Krsna

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Aí o amor...



"Eu vi como era um mundo sem  amor,
e era totalmente solitário.
Eu não quero essa solidão para mim " 
Sakura (Filme a carta selada)
Sim, eu assisto Sakura Card Captor(kkkkkk) Mas não vem ao caso aquí.














O mundo sem o amor é uma droga, uma porcaria mesmo.
Bem, perguntaram-me por que falo tanto de amor, se nem ao menos tenho um namorado (ainda). Bom, tenho duas respostas para isso:
Primeiro, você não é capaz de aprender com os erros dos outros? Então por que não aprender a amar vendo o amor a sua volta? Se bem, que falar de amor, não chega nem perto de decrever a sensação de sentí-lo, e isso chega ao ponto número dois: Há várias formas de amar, além do sentimento entre um casal. Tenho amigos, e minha família. Amo o que faço, e assim , tendo fazer bem.
Quando você tem pessoas importantes na sua vida, você acaba querendo a felicidade delas acima até mesmo da sua, e acredito eu, que isso é uma forma de amar. Embora não tenha um relacionamento (sou uma pessoa especialmente complicada de lidar), eu observo relacionamentos, vejo as coisas boas e as ruins neles. É como cortar o próprio cabelo, você corta bem os dos outros mas não o seu.
A vida sem amor é sem graça, solitária e sem sentido. Eu gosto da minha vida, logo deve haver amor nela de alguma forma.
Quando ao namorado... Quando menos se espera, aparece alguém que se curte.
Normal.
simples assim.
Lorem Krsna

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Chega!


Arrependo-me mais das coisas do que não fiz do quê dos errros cometidos por ações impensadas. Parece que minha vida todo é cheia de faltas tolas e omissões inúteis.
Deixei tanta coisa passar, por pensar e pensar em consequências.
Se pudesse voltar no tempo...
Mas não posso.
Só posso seguir a minha vida tentando consertar meus erros. Tentando pensar um pouco mais em mim hoje, mesmo que me chamem de egoísta. Vou lutar por minha felicidade, tentando andar no caminho que tracei para mim, pois hoje sei sou muito mais do que esperam que eu venha a ser. 
 
 
Lorem Krsna

Perecível.



Eu sempre quis ter uma coisa sólida em minha vida. Algo que não fosse tão mutável, inconstante.
Quando olho para trás hoje, percebo que boa parte do que fui não passou de uma escrita na areia, pouco escrevi em pedra.
Tantas coisas voaram.
Pessoas partiram.
Ideias mudaram.
Sentimentos findaram.
Ou simplesmente se transformaram sem restar nada do que fui, do que foi e do que seria.
Tudo, tudo perecível.
Nada perene.
Como então, me apegar a algo, se a todo instante tudo muda? Como me apegar a alguém, se não há nada mais mutável do que a promessa  de um humano, os pensamentos que habitam dentro de cada um?
Como confiar, me diga, em algo que em um momento aí está, e no outro some?

Queria eu, por um instante, ter a confiança de me jogar novamente no risco de ter e perder... Ao menos para gritar aos quatro-ventos que um dia, nem que por um segundo, possui a certeza de ter algo - grande! - não eterno, mas tão intenso que não importasse a efemêridade.
Mas algo mudou dentro de mim.
Não me reconheço mais nas velhas fotografias, nas cartas trancadas ou no espenho do banheiro.
Não me reconheço mais no que antes eu sentia.
Todos se foram, de um modo ou de outro, e eu, em algum momento destas despedidas sem fim, acabei me perdendo de mim.

Lorem Krsna


sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Filme De volta para o presente.- Quem quer ser mesmo igual a todo mundo?



Obra do seriado One tree Hill que define bem algumas ideias do filme


Estava assistindo um filme esta semana deixado em meu PC por meu irmão nas férias. Este filme tinha assistindo há muito tempo, quando ainda éramos crianças.
Mas sério, nunca havia muito parado para pensar nele do modo como o encarei agora. É uma história bem maluca, que inicia na época da guerra fria, quando um homem constrói um super abrigo embaixo da própria casa temendo uma guerra nuclear. Então um avião caí sobre sua casa, e pensando ter se iniciado a guerra, esconde-se no abrigo juntamente com a mulher grávida e lá permanecem por mais de trinta anos, esperando a suposta radiação da suposta bombar amenizar.
Seu filho então nasce e cresce dentro do abrigo, sem qualquer contato com outras pessoas senão os pais, ou com o mundo lá fora. No abrigo ele é educado, aprendendo sobre o mundo , mas sem realmente vê-lo. Até chegar o dia em que se torna necessário sua saída em busca de mantimentos, e ele descobre um mundo realmente diferente do que imaginava, por ser uma sociedade mudada em relação daquelas de seus pais viveram e lhe passaram.
Ele se torna um peixe fora d'água.
Bem, o filme é realmente muito hilário em alguns pontos, mas também me fez pensar em coisas que já aconteceram comigo, e sei que com muitos outros, e que inclusíve, já rendeu um poema no blog.
Afinal, quem nunca se sentiu, nem que por um instante, totalmente fora de sintonia com os demais, como se o lugar em que estivesse não fosse o seu, e as pessoas ao seu redor fossem de uma época diferente da sua?
É isso aí, acho que muitos já tiveram seu momento de peixe fora d'água. Muitos já se perguntaram o que estavam fazendo no meio de pessoas que parecem não estar nem na mesma dimensão em que você está.
Conversas diferentes, pensamentos diferentes, atitudes diferentes.
E ainda, mais estranho, tanta gente tentando ser igual aos demais. Se vestem com roupas da moda, o tênis da galera, a música das paradas, sem nem ao menos gostar realmente de tudo aquilo que consome. Não vejo sentido em fazer aquilo que não me agrada apenas para ser aceita, para não me sentir diferente.
Não quero me forçar a andar em uma linha que não é minha, me impor uma "normalidade", se meu ser normal não é assim. A vida é muito curta para andar fazendo aquilo que não quero, só para agradar os outros, me sentir como os demais, se sou tão feliz sendo apenas eu mesma. Com meu jeito de falar, minhas roupas, meus gostos, e principalmente, meus ideais, ideias e pensamentos. Minha opinião própria, e minha vontade de lutar por ela.
Mesmo que assim, me sinta tão fora de lugar, fora de época. Acho melhor do quê me sentir fora de mim.
Outra coisa do filme que gostei, foi um certo ponto crítico, sobre como certos valores mudam, como a vida foi banalizada em tão pouco tempo. Para muitas pessoas a vida dos demais não vale nada. A violência, a humanidade ficando tão desumana, sem cárater e alienada está se tornando tão corriqueira que para muitos esta realidade é normal.
E não é. Não pode ser.
A vida vale mais do quê isso. As pessoas valem mais do quê isso.
Mesmo que o presente pareça por vezes tão absurdo, devemos tentar melhorar o mundo, nem que seja tentando mudar primeiro a nós e aos que nos rodeiam. Mesmo que não nos encaixemos, xingar o mundo e ficar parado sem fazer nada não faz ninguém melhor que ninguém.
Atitude é uma palavra que define aqueles que já praticaram feitos memóráveis.


Então gente, é isso. Recomendo o filme, é bem antigo, de 1999 (mas o Brendan Fraser era muito lindo!! Aquele jeito de inocente...A quem interessar saber, claro.), mas é bem interessante, para quem quer pensar e se divertir com as trapalhadas de um cara fora de sintonia com o mundo, mas ainda assim tentando mudá-lo sem se corromper ou mudar sua essência.
Um filme para aqueles que se atrapalham com tanta loucura, com tanta gente tentando ser clone de outros sem moldar sua própria personalidade, sem defender suas ideias e opinião.
Todos agora. De volta para o presente.



Lorem Krsna

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

O mistério dos celtas


Nestas férias passados comecei a ter certo interesse e procurar estudar um pouco sobre a cultura celta.
Primeiro não, não faço faculdade de história. Como disse, foi um interesse adquirido. E mais interessante foi o porquê de começar a estudar sobre isso. Justamente um texto que coloquei no blog já há algum tempo, sobre um sonho um tanto recorrente e que incomodava-me muito. Um leitor então me procurou e relacionou este sonho com a história céltica e também algumas ideias e seus próprios sonhos.
Fiquei intrigada e procurei algo sobre o assunto. No fim das contas não sei mesmo se tem algo a ver com meu sonho, mas gostei bastante do que li sobre esta cultura quase completamente esquecida e o amor e devoção que eles tinham com a natureza e a espiritualidade. E também o respeito as mulheres e a iguadade que existia entre os dois sexos para esta cultura, e que até hoje tentamos conquistar na nossa.
Eles eram extremamente guerreiros nas batalhas, relatos de outros povos contam ainda que durante as pelejas eles lutavam com o corpo descoberto sem qualquer proteção física , e ainda assim pareciam estar protegidos por algo ainda mais poderosos e desconhecido. Acreditavam fortemente no poder da mãe natureza, e nas reecarnações, pois cada ser progredia a cada reencarnação até alcançar o poder maior. Essa crença era tão forte, que alguns relatos contam que eles emprestavam coisas valiosas para serem pagas apenas em outras vidas.
Seus rituais eram peculiares e totalmente voltados para o espírito e a terra, sendo que alguns foram mal vistos pelo cristianismo que os considerou heresia a paganidade, fazendo com que tentassem destruir esta cultura a qualquer custo, o que foi uma grande perda para a humanidade em minha opinião, pois alguns aprendizados sobre a cultura celta e o modo como eles viviam em harmonia com a natureza fariam das pessoas de hoje bem melhores, e talvez a destruição ambiental não tivesse chegado no ponto que chegou.
Há muitos mistérios sobre os celtas. Contam que eles aprenderam a controlar sua espiritualidade e mente, a possuiam dons dados pela terra. Muitos monumentos por eles construidos são tão belos e diferentes, que até hoje o modo como foram construidos se resguarda em mistério. E ainda o porquê de sua construção.
É uma pena que tanto sobre eles nunca poderá ser resgatado, apesar de em alguns lugares europeus ainda reste um pouco de influência cultural.
E no mundo, lendas como as Amazonas, que acabei descobrindo que não na verdade elas existiram. Uma comuinidade de mulheres vivendo sobre suas próprias leis, o que parte da cultura celta sobre o grande poder feminino, que alcaçavam altos cargos, como de sarcedotisas e lideres...
Bom, isso é assunto para muitas postagens. Logo logo mando mais coisas sobre esta cultura fascinante.
Lorem Krsna

Aguardem e deixo vocês com um vídeo de grupo de mulheres que tocam maravilhosamente, Celtic Woman  (Assunto também para postagem logo mais).




E para quem se interessa por esse e mais outros mistérios da humanidade, um link especial
http://www.misteriosantigos.com/

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Na Alta madrugada, um poema

Tenho atitudes inconsequentes, amores dementes e sonhos recorrentes.
Por vezes acho que ninguém me entende,
ou propositalmente não me faço entender.
acredito que o que sinto, todo mundo sente.
só não enxerga ou não quer ver.
Meus namoros são ciladas,
minha voz desafinada
E minhas respostas armadas.
E quanto mais quero saber, mas sei que não sei mesmo de nada!
Ando farta de paixões instantâneas, perdas errôneas e dessa droga de insônia!
Estou cheia de escolhas erradas, palavras guardadas...
O que me resta é rir da tristeza como se fosse piada.
E no fim, não é nada!
Só um poema de uma louca na alta madrugada.


Lorem Krsna às 01:29 da madrugada
Dia 11 de setembro de 2011



segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Ao som de Tommy Emmanuel

Não há nada que me deixe mais feliz do quê uma boa música, por isso hoje vou falar de um músico que na minha opinião pode ser classificado como o maior guitarrista da atualidade, uma daquelas pessoas que você escuta tocar e é impossível não pensar "esse cara foi abençoado". Falo de Tommy Emmanuel, um guitarrista australiano nascido 31 de maio de 1955.
Nascido em uma família musical, Tommy ganhou sua primeira guitarra aos quatro anos e  aprendeu de ouvido sem instrução formal. Com seis anos já trabalhava profissionalmente, com uma banda formada por ele e irmãos, sendo que ele é o irmão mais velho Phil eram considerados crianças-prodigio.
Tive conhecimento sobre ele há pouco tempo por intermédio de sua música footprints, mas Tommy já é aclamado na Austrália, partes da Europa e mais recentemente nos Estado Unidos, sua fama chegando há pouco nas terras tropicais Brasileiras, onde arrasta pelo mundo fás fiéis por seu estilo único que mistura blues, jazz, country e música clássica e  espanhola, em uma forma de tocar violão que se assemelha a tocar piano, utilizando todos os dedos das mãos, há um estilo que ele chama simplesmente de estilo de dedo.
Muito conhecido por utilizar a arte fingerpicking, ele é considerado por muitos como o maior do mundo neste estilo.
Quando ouço seu som, não é como se ouvisse apenas o violão, Tommy joga ritmo, baixo e bateria em uma mistura que deixa você encantado!
Inspirado pelo lendário guitarrista Chet Atkins, em 1962 Tommy ouviu o som deste artista americano  e passou horas tentando descobrir seu estilo fingerpicking e devorava cada um de seus albúns.  Escreveu então uma carta para Chet logo após perder seu pai de um ataque cardiaco em 1966, e para sua surpresa foi respondido.
Tommy aperfeiçou seu estilo e toca com a alegria e alma de uma criança, como se a música fluisse naturalmente de dentro dele, um dom natural, que fez com que Alkins anos depois se tornasse um de seus maiores fãs, além de seu mentor e realizasse trabalhos com ele. Além de Alkins, houveram parcerias com Eric Clapton, Sir George Martin e John Denver.
Além do talento natural, Tommy se dedica a música e lapidou seu talento com o passar das décadas, aperfeiçoando sua técnica.
Para se ter uma ideia de sua personalidade, ele é conhecido por tirar seu violão em aeroportos, lanchonetes ou em qualquer lugar quando lhe vem uma inspiração musical.
Quatro vezes vencedor do prêmio de maior guitarrista da Austrália, e duas vezes indicado ao grammy, ao ser interrogado por um jornalista sobre que conselho daria  para aspirantes a guitarristas jovens que buscassem alcançar um alto nível de musicalidade ele respodeu simplesmente "Você está pronto?" E enquanto o entrevistador esperava com bloco em punho para anotar as dicas preciosas Tommy deu o conselho mais importante, simples e também por vezes tão difícil: "Mãos à obra!".
Tommy Emmanuel veio ao Brasil  fazendo um espétaculo na noite de abertura do VI Festival Nacional de Violão do Piauí – Fenavipi  que ficou na história. Nunca nenhum músico havia conseguido total domínio da platéia, durante seu som, havia total silêncio, só interrompido no final por uma chuva de palmas.
Mais do quê tudo isso, é imposível você não ouvir Tommy Emmanuel tocar e não achar que a música deve ser uma linguagem perdida da qual restou a melódia, linguagem esta herdada de alguma dinvidade ou dos anjos.
Sua versatilidade é contagiante.
É fato.
Tommy Emmanuel tem o dom.

Lorem Krsna

 "Ele é sobre o guitarrista que eu já ouvi que pode chegar perto do que Lenny [Breau] fez com harmônicos, e ele tem um estilo todo seu. Acho que ele é provavelmente o maior dedo-selecionador no mundo de hoje. Ele é inventivo, destemido e tem um senso perfeito de ritmo. Ele é um showman grande, demasiado. Você não pode assistir Tommy realizar e não se sentir feliz. Eu adoro ele. Nós fizemos um álbum juntos em 1996, chamado The Day Fingerpickers Took Over The World, que eu estou muito orgulhoso. Tem algumas músicas bonitas sobre ele, e nosso jogo bem misturado. Tommy vai dar ao mundo uma grande quantidade de boa música nos próximos anos "
Chet Atkins


Minhas favoritas




Quer saber mais?

sábado, 10 de setembro de 2011

Piadas do acaso


Tudo na minha vida parece fruto puro do acaso.
As pessoas que conheci e que me marcaram.
Aquilo que fiz de mais importante.
Aquilo que perdi.
Tudo parece ter uma pitada do inexplicável senso de humor do destino. Tantas vezes com piadas que não entendo bem.
Comecei a escrever a sério por acaso, por conta de um papel de achei em uma lixeira e que me fez me inscrever em um concurso improvável. E pior. Ganhar o tal concurso.
Muitas das coisas que fiz na vida iniciaram por um empurrão torto do destino, para o bem e para o mal. Assim, já fui muito casualmente feliz, e também já fiz burradas...
Muitas pessoas que foram ou são importantes para mim, me aproximei também por acaso. Um tropeção na rua, uma página errada na web, uma música que nos fez parar para ouvir...
E acabei perdendo também.
Perdendo sono, sentimentos. Ideias.
E encontrando sonhos, razões e ideias. E sempre com algo que parecia meio casual por alí. Um empurrãozinho para que eu tomasse atitudes e construisse assim meu destino realmente.
Pòr que apesar de tudo conspirar, acredito que aquilo que você faz, suas atitudes é que constroem sua vida. O acaso te trás escolhas, mas só você tem o poder de ESCOLHER.
O que eu mais desejo dentro de mim, é que hoje, eu possa estar conviccta que estou fazendo as escolhas certas, com as opções que este acaso torto vem trazendo para mim.


Lorem Krsna  

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

A protegida


Tudo começou por conta de um grito, um grito que cortou a noite chuvosa como um trovão sinistro.
A rua de sobrados antigos se erguia obscura ante aos passos por entre as poças de água e lama do calçamento de pedra. A tempestade fazia um manto de água que cobria tudo a qualquer vista por entre as luzes dos postes que piscavam querendo apagar-se.
O capuz da camisa não protegia da água que me ensopava até os ossos, e meu cabelo grudava em minhas costas. Os tênis guinchavam e medida que tentava aumentar o passo, temendo os tropeções diante de minha cegueira momentânea causada pela chuva forte.
E então veio o grito cobrindo o som de tudo, me fazendo tropeçar e cair na rua. Senti uma pedra rasgar imediatamente a palma de minha mão e vi paralisada o sangue escorrer e descer a rua misturado à lama e água.
Olhei para trás e vi um vulto que se aproximava devagar. Levantei-me de supetão e corri cega, o máximo que pude sentindo a perseguição.
O galpão se desenhou a minha frente e entrei nele, escorregando molhada e me levantado com esforço.
Escondi-me por entre as dezenas de caixotes que cheiravam a mofo no recinto úmido e cheio de goteiras.
Escorreguei para o chão tentando fazer o mínimo de barulho, naquelas ocasiões em que qualquer movimento parece uma orquestra infernal somente por que você quer ser silenciosa.
Tentei conter até o mínimo sopro da respiração ofegante e esperei até ver a sombra surgir adentrando no local. Segurei a mão cortada tentando conter o pavor e preparando-me para correr novamente. Tentei enxergar por entre os caixotes e nada vi. E neste momento uma mão puxou meus ombros obrigando-me a me levantar do chão. Gritei e senti puxarem o capuz do blusão para trás. No mesmo instante armei o punho e desferi um golpe às cegas, que para minha surpresa atingiu algo mole e quente, e ouvi o grito e o palavrão no instante em que a mão afrouxou e consegui escapar jogando caixotes pelo caminho.
Tentei correr para a porta, e acabei deslizando novamente, desta vez não tive tempo necessário e fui pega antes de levantar-me.
Chutei, xinguei e tentei socar novamente, mas desta vez sem qualquer sucesso, estava imobilizada.
- Me larga filho-da-mãe! - gritei raivosa.
- Shhhhh - o estranho fez ofegando pela corrida - Se acalme sua louca, não quero te fazer mal.
- Claro, e eu toco violão como Tommy Emmanuel - O tremor na voz cobria meu sarcasmo - Tenho cara de idiota?
- Quer mesmo que eu responda? - Ele suspirou e conteve um chute meu - Você dá trabalho demais. Custa me ouvir?
- Foi mal, não ouço muito pessoas que correm atrás de mim no meio da noite, me jogam no chão e ficam em cima de mim!
- Não te joguei, você caiu. E não estaria em cima de você se ficasse calma um pouco. Tem um punho de ferro sabia?
Tentei chutá-lo mais algumas vezes e não consegui, aos poucos fui me cansando
.- O que quer de mim afinal?! - Falei por entre dentes
- Quero ajudar, mas você fica dando trabalho para mim, o negócio ta ficando difícil sabia?
- E quem é você no fim das contas, além de um maluco que sai perseguindo moças no meio da noite?
- Não é óbvio? - Ele suspirou - Vou te soltar se correr te derrubo ta ouvindo?
Ele afrouxou os braços e nos sentamos. Estava pronta para correr a menor distração, o olhei desconfiada e então parei. Conhecia aquele rosto não?
Olhos escuros demais, correntinha de asas e roupas pretas surradas. E aquela cicatriz cortando o braço e subindo por ele até o pescoço, mais viva do que recordava quando criança.
- Ah, lembrou né senhorita?
Fiquei corada.
- Hum...
- Agora acorda de uma vez sua boba, e para de dar trabalho.

Acordei suada na cama.
Caramba. Tenho que parar de trabalho para meu anjo da guarda.


Lorem Krsna



Leia também Quem é meu anjo da guarda

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Eu acredito em anjos

"Ela acreditava em anjos e, 
porque acreditava, eles existiam."Clarice Lispector








Ando recordando de umas coisas de quando era criança. Umas lembranças há tanto esquecidas, que vem a tona de um modo peculiar, como um filme antigo, em que só se pode ver algumas cenas.
Tentei, na verdade, alcançar o primeiro fato de que lembro, o mais antigo que me vem a mente. Vejo-me em um espelho grande do quarto de  meus pais, brincando com o reflexo. Uma menina magicela e pálida, com um cabelo meio bagunçado. E estranho, eu era meio loira...
E então me lembrei dele. Um menino quase de minha idade, de olhos escuros e pele bem branca. Os cabelos cacheados e meio revoltos e um sorriso doce e paciente. Eu devia ter uns quatro anos, e ele não era nenhum de meus irmãos.
E que lembre, nenhum vizinho ou amiguinho da rua.
Era o que se poderia chamar de meu anjo da guarda, ou o que chamam também de amigo invísível. Não sei se sempre fui meio louca, mas na verdade havia mesmo esquecido este fato até poucos dias. Eu tinha um amigo invisível. Não é brincadeira.
Sempre acreditei em anjos, por isso prefiro pensar que este menino era meu anjo da guarda. Deixei de vê-lo ainda quando era menina, não pegava bem falar sozinha eu acho. Era uma menina solitária, meus irmãos eram mais velhos, por isso por um tempo ficava meio de lado, a café com leite nas brincadeiras. E então existia ele. Tentei mesmo lembrar o nome, mas não sei mais.
Meu anjo não apareceu mais para mim, embora talvez esteja presente sempre.
Por isso, quando lembrei desde fato, fui reler alguns sonhos que tive e os escrevi, e noto em muitos dele a presença de alguém misterioso, um cara que sempre acaba me ajudando. Pele pálida, cabelos pretos, uma associação sempre à um par de asas, seja em um cordão ou vestimentas.
E não foi somente uma ou duas vezes que ele apareceu. Semana passada mesmo tive um sonho com ele, talvez tenha ficado impressionada devido a lembrança, não sei.
Como disse, prefiro pensar que seja meu anjo da guarda, que de vez em quando dar o ar de sua presença através de um sonho para dizer que ando dando trabalho demais para ele.
Só sei que ele me trás uma certa paz, e ouso dizer uma melancolia... Como se sempre tentasse me mostrar coisas que negligenciei em esquecer.
Pode parecer meio estranho, até louco para quem não acredita. Mas eu acredito em anjos. Não somente os seres espirituais, mas creio como anjos as pessoas que passam pela vida para ajudar o outro, para se doar.
Seja este anjo da guardo um ser espiritual, ou quem sabe uma projeção de pensamentos meus que estão cá dentro inconscientemente, não posso dizer.
Mas sei que existem outros anjos também em minha vida, anjos que me abençoam diariamente com sua presença, ou que encontro por aí, pelas ruas. Anjos de carne,osso, viscéras e defeitos encantadores.
Anjos que muitas vezes fazem também o papel de me proteger, mesmo que seja de mim mesma.
Agradeço a meus anjos, a todos eles. Sejam os que esqueci, os que não vejo mais, ou que vejo, mas não os falo como são importantes em minha vida, e como me salvam diariamente.


Lorem Krsna



sábado, 3 de setembro de 2011

É preciso liberdade

Ilustração: fonte


Queria eu não ser tão racional...
Uma vez ou outra queria seguir uma emoção louca qualquer, uma atitude numa batida rápída de coração, sem tempo para pensar em tantas consequências... sem arrependimentos por algo que não fiz.
Certa vez sonhei que acordava em um mundo onde tudo estava ao contrário, e tudo o que eu pensava saltava de minha mente para a realidade, e tudo reinava em caos, pois tinha que medir cada pensamento meu, como se alguém houvesse invadido meu único santuário.
Minha mente é o único lugar em que posso me recolher em paz, apesar das batalhas que por vezes nela reina. É onde posso ser eu mesmo, com meus anjos e demônios conjurados de meu inferno pessoal.
Lá não há meio-termos ou talvez, posso fazer tudo... ser tudo. O que há de melhor em mim, ou o pior... tão má quanto posso ser.
Eu acordei do sonho aliviada...
Mas...
As vezes, de vez em quando sinto falta de ter alguém para dividir este mundo louco que trago em mim. Ser totalmente eu, sem essa mania de ponderações e racionalizações da emoção que carrego em mim. Queria uma conversa franca... sem medo. Mas do quê nunca queria-a neste instante...
Alguém que não me julgasse previamente... não usasse o que digo contra mim.
Eu sei que sou um ser terrivelmente desconfiado, mas não disse que não era minha culpa. Quero muito mudar, e estou tentando. Mas cada vez que tento abrir uma brecha, se abre uma velha ferida... se criam novas feridas e não consigo mais. Cheguei a obvia conclusão de que sou totalmente intolerante a dor, e quem vai julgar isto?
Minha mente é uma viagem e (loucura!) estou tentando arranjar uma passagem, um bilhete para estação para quem queira embarcar em um tuor temporário com algumas restrições (não vamos exagerar também...), e o risco de o trem acabar dando uma pane por conta do esforço de um passageiro. Não me responsabilizo por o que vai saltar desta bagunça para a realidade, o que vai sair do único lugar em que não me sinto gradeada... Onde sou livre, e onde agora me aprisionei.

Lorem Krsna

Você quem sabe...

Duas frases que detesto : "Você quem sabe." E "Tem certeza né?"
Não é nem "Tem certeza" , é "Teeem certeza?"
E aquele rosto de dúvida, que por mais que eu estivesse certa minutos antes acabo ficando na dúvida também. Detesto! É a pior frase usado em um inconstante que tudo o que sabe é que nada sabe.
E a primeira, "Você quem sabe" é o mesmo que dizer "Se lasque e a culpa não vai ser minha". Dito e feito. Vai lá, joga tudo em cima do outro e a culpa vai ser só dele. Além de ser um jeitinho especial  de fazer você não fazer algo.
A palavra tem poder minha gente, é que nem o pensamento. Basta uma frase mal colocada, as vezes até mesmo intencionalmente, para que tudo comece a dar irremediavelmente errado. Palavra pode ser semente plantada na mente, que vai crescendo e tomando conta do pensamento e da razão.
A solução é jogar tudo para o alto de vez em quando.
Tem certeza?
Não, mas dane-se.
Você quem sabe.
Sim, lógico que sou eu que sei. Valeu o apoio por sua parte, passarei adiante.

E que seja o que Deus quiser.

Lorem Krsna

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

A música em mim

A música sempre esteve em minha vida, não por que eu sempre soubesse tocar algum instrumento, na verdade, ainda hoje tenho muito o que aprender no violão.
A música sempre esteve na minha vida, por que boa parte das pessoas importantes para mim sempre tiveram algum envolvimento com ela. Hoje posso ver com clareza isso. Meu melhor amigo, meus irmãos, e também o único garoto que já mexeu de verdade comigo. Todos eles estavam metidos até a cabeça neste mundo.
Quando penso em alguns momentos de minha vida, enxergo que os mais marcantes tem mesmo uma trilha musical, aquela canção que lembrou aquele instante.
Embora muitas vezes o preço de algumas lembranças sejam as dores que estas lembranças trazem, e que não são poucas.
E a música sempre lá. Talvez eu não tenha o dom de tocar como um gênio, ou como minha irmã fala, tocar com a alma, mas a música tem um lugar guardado dentro de mim muito maior do que posso dimencionar.
Um lugar que preenche ausências, e que me faz ter um sentido e sonhos em meio há tantos momentos onde o silêncio me atormenta.
Amo a música. Acredito que ela seja não somente a ponte entre as pessoas em minha vida, mas que seja também a ponte que nos aproxima de algo mágico, de algo divino. É algo que parte de dentro de um recanto da alma, não sendo só habilidade, mas puro sentimento, seja qualquer sentimento.
É a linguagem misteriosa de algo celeste, o que depois do silêncio, se aproxima a falar aquilo que não se exprime.

 Como diria Friedrich Nietzsche:
"Sem a música, a vida seria um erro."

Lorem Krsna

Mitologia das asas

Eu estava caindo. Só lembro disso. Caindo mais baixo do quê nunca antes imaginei poder chegar, ou então estava tão alto, que a distância que percorria para o chão parecia se igualar a um buraco que me levaria ao centro fumegante da terra.
Não tentava escapar, como deveria ser previsto. Não estava em desespero algum, apenas via o ar zunindo na minha frente, e rodopiava em espiral louca. Podia ver lapsos da luz do sol, e de repente estava tudo em câmera lenta. Abri meus olhos e vi as coisas brancas se espatifando ao meu redor.
Penas.
E um cheiro conhecido. Como cera derretida ou algo afin. Abri os braços e sorri para o mar que vinha na minha direção (na verdade eu ia na dele), e não ligava para a certeza de que cada osso de meu corpo  se partiria quando batesse na água.
Queria a água. Fazia um calor infernal, subindo por minha pele, como se meu corpo ameaçasse entrar em combustão. As penas também estavam chamuscadas.
E eu apenas caia e caia, em uma lentidão agoniante.
Alcançei a água com um sorriso de liberdade e acordei.

Nunca mais leio mitologia antes de dormir.

Lorem Krsna

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