As células do nosso corpo são programadas. Você pode dizer que
todos nós nascemos com “prazo de validade”, que data o quanto estas células
podem se dividir, até não poderem mais. Elas são programadas para morrerem. Nós
somos programados para morrermos a um tempo exato, que pode ser daqui a oitenta
anos, ou menos.
Mas a vida não é programada. Tenho pensado nisso. Você
nasce, vive e morre, mas qualquer coisa pode acontecer no percurso. Você pode
estar programado para morrer em, sei lá, 100 anos? E então leva um tiro por que
alguém gostou do seu sapato. Ou se envolveu em uma briga de trânsito, contraiu
um vírus, ficou no caminho de um motorista bêbado... A vida não segue uma linha
reta. Por anos, e por muitos outros que virão, homens tentarão explicar o
sentido de tudo isso, da influência dos fatores ambientais, tentar prolongar a
expectativa de vida. Mas continuaremos reféns do acaso, do “e se”, das
incertezas.
O que eu sei, é a vida vai seguir seu rumo. Você vai rir e chorar, amar e odiar. Ou não.
Pode fazer faculdade, ou começar a trabalhar cedo. Pode casar aos 17, ou passar
a vida solteira. A vida não é linear, programada e igual para todos. Não haverão
intervalos regulares para sentir só quando a “banda tocar”. Nossos sentimentos
nos pegam na calada da noite sem razão, sem por que nem pra quê. Nada é certo e
exato.
E esse é o motivo de tudo ser tão surpreendente, do motivo
de me perguntar ainda por que o choro de tristeza e alegria agem do mesmo modo,
por que podemos passar a vida fazendo a coisa equivocada, ou a coisa certa e no
fim, nenhum sairá vivo dessa.
Mas então haverá o percurso. E é isso percurso que decidi se
tudo valeu ou não a pena.
Lorem Krsna
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