Não sei dizer que te amo. Simplesmente não me é possível. Sou um ser falho... algo que foi quebrado, e que mesmo que seja reparado nunca será inteira. Nunca será como um dia fora.Não sei explicar toda essa verdade que se camufla em mim, e nem ao menos falar sem antes pensar e repensar nas possíbilidades de respostas. Sou estupidamente racional, quando no intimo quero mandar toda essa razão para os ares. Não sou uma enxadrista da vida, pessoas não são peças. E tão pouco desejo ser peão nas mãos de ninguém. Não quero analisar respostas e ações, sabendo que quando tudo tem que dar errado, não há estratégia que me ajude, e no entanto, cá estou eu, lutando com as palavras novamente racionais para falar de algo que deveria passar longe disso... Que não quero manchar com meus pretextos falsos e meu jeito desajeitado de falar o que sinto agora.Eu quero...Quero que minha verdade seja carícia, e não espada.Habita, desabita e corrói os sentimentos aprisionados em minha teia de razões. Quero ao menos um dia agir sem importar-me com consequências. Quero perder a razão em alguma peleja, e o controle e comportamento em alguma situação. Voltar a ser criança, onde era tão mais simples falar do quê sentia e pensava, e as únicas preocupações sumiam ao amanhecer do dia caloroso.Não quero ouvir que não sei te chamar amor, quando não entendo a que me levará esta palavra. Fico cansada do mesmo tom... não mentirei ao dizer que o eterno me atraí, o para sempre me deixa de pernas bambas.Quero o intenso... o eterno é monotóno.Quero que me veja humana, nos meus piores dias e culpas, e ainda assim me queira...Sou falha, já lhe disse. Procuro uma cola boa o bastante para consertar um coração partido, mas não a encontro em nenhuma loja por aí.Não vivo de mentiras, e minhas verdades machucam demais. Há momentos que quero tudo que me foi tirado, esquecer o vento que me arrepia no frio da noite ao passar por feridas que o tempo não curou sozinho.Ou então um abraço somente, sem promessas que não possam ser cumpridas, sem a possibilidade de um novo ferimento, um novo vazio ainda maior quando for embora e me deixar só.E sobrar só minha razão e a vontade esmagada no peito de três palavras que não disse quando você se foi.Lorem Krsna
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
Não sei te dizer amor
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