“Você não pode ensinar a criança a cuidar de si mesma, a não ser que a
deixe tentar por si. Ela cometerá erros e a partir desses erros brotará
sua sabedoria.” (Henry Ward Beecher)
Quando eu era criança, meus pais sempre falavam não no que eu seria, mas no que eu poderia ser. Eu não ganhava, eu merecia. Aprendi com eles a respeitar as pessoas, a filtrar conselhos. A ter paciência, mas a nunca baixar a cabeça, pois ninguém é melhor que ninguém, não importa em qual sentido extenso da palavra. Não importa o quanto esteja golpeada, sempre posso dar a volta por cima.
Ensinaram-me a falar na hora certa, e a me calar, pois o silêncio às vezes é o melhor conselheiro e a melhor resposta (e sei que nem sempre sigo isso, minha impetuosidade se sobrepõe a racionalidade). Ensinaram-me a viver entre reis ou a plebe sem perder minha essência e esquecer quem sou, de onde vim, e para onde vou. E que sempre – Sempre!- haverá alguém que tentará me fazer desviar-me do que quero, e que dependerá de mim, e apenas de mim, saber me defender neste momento a partir da certeza de saber quem sou e de quem busco ser.
Meus pais me ensinaram a diferença entre ter caráter e ter reputação, e a filtrar a críticas, me defender dos golpes, não importa de onde viessem. Para que nunca deixassem ninguém dizer-me que não poderia fazer algo, que não seria capaz, mesmo eles mesmos. E eu cresci tendo plena consciência de minhas capacidades, principalmente de surpreender.
Fui criança como deveria ser. Brinquei muito, arranhei meu joelho, cai, briguei na escola. Quebrei a cara, fiz amigos, inimigos. Amei, me decepcionei, e vou aprendendo...
Aqui estou eu, pai, mãe, fruto de tudo aquilo que me ensinaram, e da capacidade que me deram de aprender com a vida e no mundo. Sei que nem sempre sigo aquilo que deveria, e aí me serve outro ensinamento: O de levantar depois de errar. Afinal, o erro caminha ao lado da humanidade que carrego em mim, e que há em todos nós. Vocês não tentaram me fazer perfeita, tentaram me fazer descobri que eu sou, e a partir daí encontrar um caminho. E dou Graças a Deus por isso. Perfeição é ilusão. Ilusão causa dor.
Acredito que não estou nem na metade do caminho, e que ainda há muito para todos nós, mas sei que graças a vocês, estou encontrando meu caminho. Faculdade, amigos, decepções, aprendizados. Vou vivendo. Não refazendo os passos que um dia fizeram, mas a base do que me foi passado, criando minhas pegadas. Nem sempre agradeço por isso, pelas pessoas maravilhosas que tive o prazer de ter como guias, não me passando uma ideia ilusória de uma perfeição que não existe, mas que me mostraram os declives e aclives do caminho, e que ninguém acima de mim tem a capacidade de buscar minha maneira de ser feliz!
" A morte é fácil. O amor que é difícil..." (inquietos)
Inquietos é um filme que trata de dois temas universais e que nunca saem de moda: morte e amor.
O personagem principal, Enoch (Henry Hopper, filho de Dennis Hopper (1936- 2010) a quem o filme é dedicado), é um rapaz que perdeu a fé na vida depois de uma tragédia, e que tem como hobby assistir a funerais de estranhos. E é em um destes funerais que ele conhece Annabel (Mia Wasikowska, a “Alice” de Tim Burton) uma garota que é paciente terminal de câncer, com profundo amor pela natureza e mantenedora de uma fé admirável.
Ela gosta de Darwin, de pássaros e da natureza.
Ele vai a funerais de estranhos e conversa com um fantasma kamikazi.
E inicia uma amizade, que depois migra para o amor. Mas Annabel está doente, e irá morrer em três meses, e este é o tempo que eles têm para tentar fazer algo que valha a pena em suas vidas.
Enoch então resolve ajudá-la a fazer com que seu pouco tempo que resta seja divertido e valioso, procurando ao mesmo tempo nela a sua fé perdida e a certeza de que vida ainda vale a pena.
Enoch
“- Quando eles morreram naquele acidente, eu fiquei três meses em coma. Acho que morri também por alguns momentos…”, Enoch
Vamos lá, você pode perguntar: Por que ele gosta de ir a funerais de estranhos? Bom, eu também me perguntei a mesma coisa e no decorrer da história vamos entendendo. Tudo começou por conta de uma tragédia, um acidente automobilístico em que os pais de Enoch morreram. Ele vinha no banco de trás, e ficou em coma por três meses. Quando acordou tudo havia mudado, e ele não havia conseguido ir ao funeral dos pais. Para Enoch, era como se ele não houvesse conseguido se despedir. Então ele passa a ir a funerais de outros, por não ter conseguido ir ao dos pais. É como se ao ir a funerais de pessoas que ele não conhece, negasse a realidade de sua própria tragédia.
Mas o que ele busca nestes funerais só o deixa mais desesperado. O que ele perdeu não há volta. E por isso ele sente raiva e dor. Raiva dos pais por terem o deixado, raiva da tia por culpá-la mesmo que indiretamente pela morte deles. Dor por pensar que do outro lado não há nada. Enoch é um ser quebrado pela vida, marcado pela perda e pela verdade de que a morte dói mais para quem fica.
"Temos tão pouco tempo para dizer as coisas que queremos. Temos tão pouco tempo para qualquer coisa."
Ele busca uma resposta e uma cura, mas ele não encontra isso nos funerais, mas em Annabel, ela serve como uma espécie de redenção, pois por mais que ele saiba que em breve irá perdê-la, ele busca fazer dos momentos em que estão juntos uma oportunidade de se despedir como deveria. De dizer que a ama, de fazê-la feliz, aquilo que ele não pode fazer com sua família. E bem que no começo você fica imaginando: ele não se aproximou da menina só para isso? Bem, afinal, ele te mesmo uma obsessão pela morte. Seja como for, no fim, nós acabamos percebendo o quanto ele a ama de verdade.
No decorrer da história ambos vão se descobrindo, como dois desajustados, vão buscando seu verdadeiro lugar no mundo e seu papel na vida um do outro.
Qual é a da Annabel?
“- Meus testes não foram muito bons. Tenho três meses…” Annabel “- Você pode fazer muita coisas em três meses”, Enoch
Annabel é mesmo uma garota diferente. Ela tenta estar aberta para a ideia de que vai morrer em breve, e por isso procura tratar do assunto com naturalidade, que às vezes beira a estranheza. Ela está no passo da aceitação. Vemos bem isso em cenas como em que ela e Enoch escolhem o que irão servir em seu funeral.
"Se o fim é algo inevitável, a memória é uma forma de eternidade!"
Mas é mais do que isso. Annabel, na história, e o pássaro canoro de que tanto fala. O pássaro que pensa que irá morrer sempre que o sol se põe, e por isso, ao acordar pela manhã e se ver vivo, canta belas canções de alegria. Com Enoch, como ela mesmo falou, pôde contar belas canções todos os dias.
Annabel, de certo modo, é o oposto de Enoch, com um profundo amor pela vida e a aceitação de que a morte é algo inevitável, e por isso é tão importante você viver intensamente.
Hiroshi (Ryo Kase)
Hiroshi é o fantasma de um kamikazi que também é um melhor amigo de Enoch. Ele funciona mais como a própria consciência de Enoch, e protagoniza algumas das cenas mais emocionantes do filme. Principalmente quando ele lê a carta que havia feito para sua amada, e que nunca entregou.
"Enquanto escrevo essa carta, a brisa do oceano fica gelada na minha pele. Esse mesmo oceano logo será meu cemitério. Dizem-me que morrerei como um herói, que a segurança e a honra de meu país será a recompensa de meu sacrifício. Rezo que estejam certos. Meu único arrependimento na vida é nunca ter lhe dito como me sinto. Queria estar em casa. Queria estar segurando sua mão. Queria estar lhe dizendo que eu amei você, e apenas você, desde que nasci. Mas não estou. Agora entendo que a morte é fácil. O amor que é difícil. Quando meu avião mergulhar, não verei o rosto dos inimigos. Ao invés disso, verei seus olhos, como que rochas negras congeladas com a água da chuva. Dizem que precisamos gritar “banzai” ao atingir nosso alvo. Ao invés disso, sussurrarei seu nome. E na morte, como na vida, continuarei seu para sempre."
Enfim, inquietos é de fato um filme peculiar, e emocionante no tom certo. Que nos faz pensar na morte, na perda, no amor e principalmente na aceitação sobre o morrer e o perder. O próprio Gus Van Sant, diretor de inquietos o define de modo perfeito:
“ – É um filme sobre a morte, não depressivo, com muitos silêncios”
Recomendado!
Direção: Gus Van Sant Elenco: Henry Hopper, Mia Wasikowska, Ryo Kase, Schuyler Fisk, Lusia Strus, Jane Adams Citações do filme inquietos
O ambiente circense conta a história de Jacob Jankowski, apresentando-o no presente, aos 93 anos vivendo em uma casa de repouso cheio de lembranças de um passado de aventuras.
No passado, aos 23 anos, quando perdeu a família, largou a faculdade de medicina veterinária nas provas finais e pulou em um trem em movimento, acabando por acidente indo trabalhar no circo dos irmãos Benzini, o maior espetáculo da terra. E foi no circo que ele descobriu o amor, por Marlena, a jovem artista que tem seu coração, e por Rosie, a elefanta que compram pensando em salvar o circo da falência. E então ele tem que lidar com sentimentos novos e conflitantes. Dividido entre a admiração e o ódio pelo marido de Marlena, August, que ora encanta, ora se torna cruel e intratável. Odiando o ambicioso Tio Al, dono do circo e sem escrúpulos.
Com uma trama misteriosa, encantadora e viva, a história nos é apresentada de maneira que é possível ouvir até mesmo a música na grande lona. Odiamos e amamos juntos com os personagens, e entramos nas lembranças de Jacob.
Algo interessante também é sobre as inspirações que a autora buscou para construir a trama e Rosie, com animais reais que viveram e marcaram a história do circo. Como os maus tratos infringidos a Rosie por August, nas cenas mais fortes da história, e seu desfecho nessa relação entre domador e animal.
Quem ama circos, e animais, assim como eu, irão se encantar com essa história de amor, com um final na medida certa.
Não gosto de metades, de pedaços. Quero inteiro, não quero partes.
Quero o que é meu, de meu direito.
Quero o meu tudo, meu absoluto.
O que parte, vem tão quebrado.
De pedaços, me reconstruo no todo.
Mas não é a mesma coisa.
Não suporto metades, daquilo que deveria ser completo.
Não suporto pedaços, do que deveria me ser no todo.
Não me dê por parte.
Não quero meio termo, nem metade de tua atenção.
Não quero ser uma parte da tua vida.
Quer ser nela inteira.
Quero-te por completo.
Eu então nada desse pouco que me ofereces!
"O amor só vive pelo sofrimento e cessa com a
felicidade;
porque o amor feliz é a perfeição dos mais belos sonhos, e tudo que é
perfeito, ou aperfeiçoado, toca o seu fim."
Camilo Castelo Branco
As pessoas as vezes se perguntam o por quê dos amores que se pareciam eternos findarem. Por que relações aparentemente perfeitas decaem no caos. Enfim, por que os relacionamentos aparentemente lindos, simplesmente terminam repentinamente.
A primeira coisa: nunca é repentino. Sempre há algo, uma rachadura, mesmo pequena, mascarada que faz tudo ruir.
Gosto de comparar certos relacionamentos como
castelos de areia. Bastam uma onda no momento errado e será como se eles
nunca houvessem existido. Mesmo que se construa o mais lindo monumento, não
se pode ignorar sua origem e do que é feito. É a matéria do que é feito
que lhe condena, não importa a capa glamourosa. A base de um relacionamento, se mal formada, o destrói ao mínimo vento ou onda dos problemas. E acredite, muitas pessoas constroem castelos de areia e esperam que durem a vida inteira, mas eles não suportam nem a primeira onda, e se a suportam, ficam tão rachados, frágeis, que basta um vento para que sumam. Eram lindos? Sim.
Mas a beleza de um relacionamento não está em como as pessoas de fora o vêem, mas em como ele está por dentro, a matéria de que são feitos, sua força, sua base.
Construir um castelo de areia e condenar-se em uma relação puramente superficial, um frágil amor, que não suportará problemas, e por mais que acreditemos que possa durar vidas por seu glamour ao sol, ele não pode esconder de que é feito no fim.
E eles dizem que somos carne e osso. Pó e estrada que corre na tarde que cai.
Dizem que somos o falar, o dizer. Somos mais: o pensar e o sentir...
Somos o querer e o fazer.
Não o ter, mas o buscar.
Somos de carne, somos de pó. Somos de poesia e música.
Somos o rebolado, e o caminhar sofrido. Os que caminham a esmo, os que pulam o muro.
Eles dizem que somos...
Nós achamos que somos...
Nós somos o ser, o acreditar e o pensar dentro desse mundo. Que vai além dos muros da cidade, vale o tanto e o mais do que a membrana de cada célula. Além da atmosfera e de tudo o que há no universo.
Somos aquilo que somos, e o que nem imaginamos ser.
Sou fã dos garotos de Liverpool. De sua música, e principalmente da maneira como puderam revolucionar sua época, dividindo o mundo da música em duas etapas: antes e depois dos beatles.
Entre os anos de 1962 a 1970, os beatles mudaram a visão do rock roll de sua época, influenciaram a juventude como nunca ninguém havia feito. E ainda hoje, são um sucesso de vendas.
Há alguns anos, li o livro o jovem Lennon, do autor Jordi Sierra i Fabra, e consegui entender e conhecer parte da história sobre a formação desse grupo que marcou a história da música. As dificuldade, a vida pacata em Liverpool e a possibilidade do sucesso tão sonhado. E é engraçado pensar, que inicialmente, eles seriam um grupo tão improvável.
Mas deu certo.
As vezes as pessoas simplesmente desistem do que almejam. Isso é uma prova que desanimar por conta de obstáculos é tolo e covarde.
É preciso correr atrás, pois ninguém vai realizar seus objetivos por você. Sempre haverão críticas, problemas, quedas e medo. Sempre haverá desanimo. Mas o importante é que se você acredita que pode, você consegue.
E então talvez você faça algo grande, como se tornar um jovem que revolucionou a seu modo o mundo, seja com a música, com uma ação que mude tudo. Talvez haja entre nós, jovens agora, prêmios nobel, grandes cientistas, pensadores, artistas. Pessoas grandes a seu modo. Com potencial para serem tudo, mudarem tudo. Serem lembrados por sua época e depois.
Nunca antes os jovens estiveram mais aptos a mudar a história e sociedade. Se eles o fizeram em uma sociedade em que os jovens eram tão mais desacreditados, por que não nós?
Quando penso nisso, e em outros milhares que conseguiram acrescentar algo ao mundo a seu jeito, penso que realmente temos poder para tudo, para sermos tudo. Para fazermos a diferença.
Os beatles mudaram a visão da sociedade onde viviam.
E você? O que está fazendo?
Lorem Krsna
" Fizeram a gente acreditar que amor mesmo, amor pra valer,
só acontece uma vez, geralmente antes dos 30 anos. Não contaram pra nós
que amor não é acionado, nem chega com hora marcada. Fizeram a gente
acreditar que cada um de nós é a metade de uma laranja, e que a vida só
ganha sentido quando encontramos a outra metade. Não contaram que já
nascemos inteiros, que ninguém em nossa vida merece carregar nas costas a
responsabilidade de completar o que nos falta: a gente cresce através
da gente mesmo. Se estivermos em boa companhia, é só mais agradável.
Fizeram a gente acreditar numa fórmula chamada "dois em um": duas
pessoas pensando igual, agindo igual, que era isso que funcionava. Não
nos contaram que isso tem nome: anulação. Que só sendo indivíduos com
personalidade própria é que poderemos ter uma relação saudável. Fizeram a
gente acreditar que casamento é obrigatório e que desejos fora de hora
devem ser reprimidos. Fizeram a gente acreditar que os bonitos e magros
são mais amados, que os que transam pouco são confiáveis, e que sempre
haverá um chinelo velho para um pé torto. Só não disseram que existe
muito mais cabeça torta do que pé torto. Fizeram a gente acreditar que
só há uma fórmula de ser feliz, a mesma para todos, e os que escapam
dela estão condenados à marginalidade. Não nos contaram que estas
fórmulas dão errado, frustram as pessoas, são alienantes, e que podemos
tentar outras alternativas. Ah, também não contaram que ninguém vai
contar isso tudo pra gente. Cada um vai ter que descobrir sozinho. E aí,
quando você estiver muito apaixonado por você mesmo, vai poder ser
muito feliz e se apaixonar por alguém."
"A ordem é o prazer da razão, mas a desordem é a
delícia da imaginação."
André Malraux -
Escritor e político francês
Quando
busco enxergar dentro de mim, imagino minha mente como um grande e velho
galpão, entulhado de caixas. Todas empilhadas até o teto, são minhas
razões, minhas verdades, pensamentos e o que sinto, todos colocados
nessas torres de papelão. Quem enxergar de fora, tudo o que verá será
nada mais do uma grande bagunça, mas para quem vê de dentro, entenderá a
ordem, e o completo sentido da forma como estão organizados. Para
aqueles que realmente souberem "enxergar", haverá coerência e até mesmo a
mais perfeita exatidão.
De vez em quando, uma criança
desordeira passa e insiste em retirar uma dessas caixas. Aquelas, da
parte mais baixa e alcançável da pilha, e então minhas verdades, minhas
razões...tudo desmorona e torna-se caos! E na tentativa de
reeorganiza-las, acabo descobrindo no processo que muitas dessas razões,
verdades e sentimentos estão perdidos e inúteis.
Esse galpão de vez em quando parece-me tão cheio, que nunguém poderia
se encontrar lá dentro, nem mesmo eu. Em outras ocasiões, ao revês de
tudo, está estranhamente vazio...silencioso. Mas na verdade, sempre
estão surgindo novas coisas a serem guardadas, algumas que quis tanto
perdê-las, joga-las fora e não pude.
E tudo o que surge
para aparentemente perturbar a ordem desse galpão, acaba se mostrando
necessário: O garotinho desordeiro que planta o caos para colher a minha
nova visão, a nova reorganização das coisas. E mesmo que doa e seja
trabalhosa, ela será sempre preciosa. As vezes a uníca maneira de se
conseguir algo, é perder outra coisa de igual valor para você...
Também
é preciso que alguns sentimentos se "espatifem" no chão para
libertar-se desse aglomerado de razões sufocantes.
Também agradeço
àquele que jogou certa vez uma pedra na janela, e embora tenha causado
dor e bagunça, no fim acabou trazendo para o lugar a esperado luz de que
necessitava para que se pudesse enxergar lá dentro.
Esse "velho
galpão" é necessário há todos, e é preciso saber utilizar "seu
espaço", e saber a hora de diferenciar ordem e o caos.
E saber
igualmete a hora de renovar o conteudo dessas "caixas de papelão", para
que não se guardem por vezes coisas inutéis que servem para plantar a
confusão e acabar com a coerência.
E que se veja a necessidade de abrir
a janelas para a luz de fora! E as vezes , permitir que alguém "enxergue
" o que temos lá dentro para oferecer.
Não vou abaixar minha cabeça. Só se a arrancarem fora! Lorem Krsna
Por que se entristecer com as críticas destrutivas? Por que ouvir sempre e sempre o que as pessoas falam de ruim de nós?
O que eu venho aprendendo com a vida, é que por mais que você faça, as pessoas sempre irão falar, lhe condenar. Então, se for fazer algo, faça por que é certo, mude por você. Não viva em função das pessoas, do que elas lhe dizem, do que ele as lhe condenam. Você sabe seu limite, sua superação e sua vida. Você sabe o que é melhor pra ela, e é seu trabalho fazer isso. Fazer suas escolhas, e errar também, pois faz parte. Ninguém é 100% correto. Todo mundo tem seu teto de vidro, e ainda assim adora soltar pedras nos dos outros.
E mais, por que abaixar a cabeça diante de qualquer problema? Por que bancar o coitado e coitada quando o que se precisa é agir? É hora de sacudir a poeira e se erguer, acima de tudo. Você está acima de todos os blocos que jogam em seu caminho. Acima de todas as cobras venenosas que querem lhe picar, lhe ver pelas costas, esperam seu mal. Aqueles que aguardam um tropeço apenas que seja para gritar o quanto você esteve errado.
Você está acima de tudo isso. Alguns caminham sobre toda a poeira, mas aos que sabem como viver, foi lhes dado asas. Não as desperdisse. Voe acima de tudo isso!
As vezes chega um momento na vida em que você quer deixar de tantos "achismos" e ter alguma certeza de verdade na vida: certeza que que você está fazendo o certo e dando o seu melhor, e a certeza que que tudo isso valerá a pena.
A certeza de que alguém te ama, e não "acha que ama". Quando há pessoas envolvidas, achar que ama é a direção certa para um saldo de feridos.
Você quer ter certeza que nada foi em vão até agora, e não apenas achar que depois que nadar tanto vai chegar a salvo, e não morrer na praia pensando nos "ses".
Mas nem tudo é fácil assim. Não há nenhuma certeza no fim do túnel. Nenhuma garantia que as pessoas que você ama vão continuar onde estão, nem que vão te amar de volta. Nenhuma certeza de que não vai descobrir no final do jogo que poderia ter
feito uma jogada diferente: que salvaria tudo.
Nenhuma certeza de que ao final, as coisas vão acabar bem.
Eu já quis tanto! E tão pouco do muito que podia ter!
Quis ter novas ideias, sem perder ideais. Quis encostar minha cabeça no travesseiro a noite, com a plena certeza de que fiz o meu melhor. E ainda quero.
E continuei profanando minha paz, e tudo o que consegui foi a insónia e dissipar ilusões que me faziam bem. Mas eram isso, ilusões.
Sei a que eu vim afinal, escolhi meu próprio caminho, e por hora basta que acreditem em mim, como a base de pancadas aprendi a acreditar. Certa de que terei ainda minha crises de insegurança, mas que elas nunca voltaram a ser maiores do quê as minhas vontades. Estou retornando de onde estava presa e só. E agora sei o caminho de volta, mas quero ir para outras paragens.
Prefiro agora ter quedas do quê arrependimentos. Não quero mais que o medo me derrube, e nem que perguntem o porquê do meu riso ou de meu choro. Ou mesmo, por que quero tanto racionalizar emoções. Não quero que me julguem sempre que acordo cantando ou blasfemando. Não sou perfeita e nem santa. Tenho meus momentos, como qualquer um. E ainda serei a mesma, com leves mudanças e oscilações, dependendo dos olhos dos que veem. Minha imagem é um reflexo dos observadores.
O que quero, é alguém que divida comigo momentos, não importando quais, mas verdadeiros. Que ria nas horas mais inoportunas, e que descubra-me por trás de tantos pretextos. A quem confie o que sinto. Que saiba rir das minhas trapalhadas, e que me dê uma mão quando eu não suportar o peso nem do meu próprio corpo. E eu darei a minha quando for a hora. Alguém que saiba curar sem ferir, e que mesmo enxergando quem eu sou, continue ao meu lado. com meus erros e acertos, e meus enigmas conflitantes.
Quero sim a cura de minhas mágoas. Beber a vida em pequenos goles, mas intensamente. Mostrar que não vim ao mundo só para passeio, mas para descobertas.
Quero continuar errando, e aprendendo. Pecando e me redimindo. Pedindo perdão, e não permissão.
Se for preciso sangrando meus dedos nos acordes, para poder aproveitar a beleza da música no final!
Ninguém é tão complicada baby.
Basta você tentar entender.
Que aquilo que eu digo, eu falo hoje.
Só pensando em você.
Em meu melhor vestido, pés descalços e pensamento longe.
E vou falando tanta coisa sem pensar.
Só seu nome vou levando comigo.
E uma ferida bem aberta no peito.
A gente quer mesmo tentar superar baby.
Tentar perdoar e esquecer.
Mas eu gravei seu nome em um lugar perigoso.
Tentei arrancar do meu peito, costurado e quase morto.
E agora ele só sangra chamando por você.