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sábado, 1 de maio de 2021

Livro Crocodilo de Javier Arancibia Contreras


 Sobre a morte e luto

"Hoje, meu filho Pedro pulou da janela do seu apartamento."

Foi assim que começou esse livro. Já ali, na primeira frase. E foi essa primeira frase que me fez continuar a ler, e que bom que esse livro veio parar nas minhas mãos!

Veja só, eu tenho certo fascínio sobre os livros que retratam o luto, que mostram aquela verdade que de vez em quando a gente esquece: a morte acontece para quem fica para trás.

Ainda mais em casos como esse; na forma como mostra a família de alguém que cometeu suicídio, aquela busca incessante pela razão, porque tem que ter uma razão, certo? Como admitir que na verdade não se conhecia tão bem aquela pessoa que você amava ao ponto que não ver o sofrimento dela? Esse livro entrega isso. A busca de um pai pelo o porquê, como uma maneira de amenizar a dor da perda, apenas para perceber que ele começava a conhecer seu filho melhor na morte do que conheceu em vida.

"A morte, assim como a vida, não tem qualquer explicação. Tudo o que está vivo é absurdo. Tudo o que morre é consequência de ter estado vivo. E só o que resta é a jornada de cada um."

quinta-feira, 15 de abril de 2021

Livro As desventuras de Arthur Less

 


O fim das coisas
Essa não é uma história de amor, e nem li achando que fosse.
É um daqueles livros que acredito que vai ter um gosto diferente na boca, dependendo da idade de quem está lendo, do que já passou na vida. Sabe aquelas perguntas que você aí, que já passou da terceira década de vida fica se fazendo? Pois é.
Eu fiquei pensativa depois, principalmente sobre a importância que se dá ao fim das coisas de uma forma errada. De como a gente deixa de aproveitar porque vai acabar, quando deveria ser o contrário. Só por isso já valeria a pena a leitura, mas o livro entrega bem mais.
E você se apaixona por Arthur, como todo mundo parece se apaixonar. Vai se descobrindo com ele, vai se vendo nele, nesse personagem tragicômico, nesse reflexo do que muita gente vai ser ver um dia, se já não se viu ou está se vendo.
Ah, mas talvez isso seja uma história de amor afinal: de se amar.
Então, eu recomendo. Talvez esse livro não seja o que você espera, mas o que você precisa.
P.S. E a felicidade? Ela não é uma bobagem.


quinta-feira, 8 de abril de 2021

Livro Os humanos

 

Sua vida tem 25 mil dias. Trate de lembrar-se de alguns deles

Esse livro não era o que eu esperava. O que foi erro meu, realmente. Eu já li outros livros de Matt Haig, deveria saber o que estava me esperando quando começasse a ler.

Eu demorei para escrever essa resenha por me sentir incapaz de expressar com exatidão o que ele fez comigo, e para ser sincera, ainda não sei se consigo. Porque esse livro foi o tipo de leitura que consegui a façanha de ler no momento exato em que precisava. Os conselhos para Gulliver (vocês vão ver) foram coisas que eu já sabia, mas que só alguém de fora poderia enxergar e dar a importância necessária para falar o óbvio que tantas vezes esquecemos. É preciso se afastar para ver a grande figura, e nada mais afastado do que um alien, não é verdade?

Deve ser incrível conseguir ver o que temos com os olhos de um turista, porque muitas vezes não valorizamos o que temos, ou vemos nossas falhas. E por isso esse livro é tão maravilhoso: ele nos mostra o quanto podemos ser ridículos, que não somos únicos, ao mesmo tempo que fala sobre a completa impossibilidade que foi nossa criação. E o quanto isso é finito ou, como diz Ari, somos "Apenas uma mijada no meio da madrugada." Porém, é isso que faz a vida ser especial, é por isso que não podemos a desperdiçar.

É nossa mortalidade que faz necessário se aproveitar cada segundo.

Somos tão insignificantes como uma impossibilidade, e um não exclui o outro.

Então, é. Leiam esse livro. Principalmente nesse momento, em que precisamos desses conselhos mais do que nunca.

P.S: Quando alguém aprende a amar em razão de um cachorro, sabemos que não é má individuo.

Link do Amazon, para quem se interessar pelo livro.

Livro O fundo é apenas o começo

                                                               

 


 O ponto mais profunda do planeta
Verdade seja dita, inicialmente esse livro me deixou confusa, já que ele é escrito pela perspectiva de alguém que aos poucos vai entrando em um surto. No entanto, eventualmente tudo faz sentido e a leitura se torna algo maravilhoso.
Sobre o tema, é muito raro encontrar um livro que trate sobre doença mental com tanto respeito e sensibilidade, por isso não me surpreendeu ao chegar ao final e descobrir que o autor tem experiência íntima com isso através do filho. Quem viveu no olho do furacão sabe como funciona.
Desde a familiaridade com a negação, a confusão, a procura de pistas que pudessem ter evitado algo irremediável. Mais que tudo, um trecho em especial ficou comigo, em que o personagem aponta como garotos mortos são postos em pedestais, mas garotos com doenças mentais são varridos para debaixo do tapete. É necessário mais visibilidade, e esse livro entrega isso.
Por fim, se você pensa em ler esse livro, eu recomendo demais que dê uma chance a ele, mesmo ficando confuso no começo, porque vale a pena. Esse livro mereceu cada prêmio que recebeu

Link da Amazon  para quem se interessar pelo livro.

terça-feira, 23 de abril de 2013

Medos




"No fim mesmo é tudo uma questão de crença: eu creio muito menos no medo do que na necessidade de se fazer as coisas. Eu entendo bem a profundidade  da estocada, mas sei que a dor, por mais ameaçadora, será aguda se eu quiser que seja. Eu tenho medos sim, todos no plural, todos. Mas acredito muito mais na necessidade de se fazer o que tem que se feito. E crença, meu amigo, é forte o bastante para curvar o que quer que seja..."

Lorem Krsna



 

sábado, 13 de abril de 2013

Leveza



13 de Abril de 2013
Juazeiro do Norte, Ceará
Cara Amiga
Precisava lhe contar algumas coisas, certos assunto que me vieram a mente a ideia de que apenas você entenderia. Você sempre foi mais sábia do que eu, mais humilde em suas ideias, e percebeu desde cedo como o ser humano tem tão pouco domínio de tudo que está planejado. Coisas que só venho percebendo há tão pouco tempo, você sabia desde criança. Então talvez você entenda todas as mudanças, e o quanto elas me transformaram em um ser humano diferente, nem melhor, nem pior, mas diferente. A verdade é que ando bem mais serena, bem mais ciente das coisas as quais devo realmente me importar, e isso é libertador. Lembra-se de meu pavio curto? Do quanto as decepções verdadeiramente acabavam comigo? Sempre me exigindo demais, e acabava colocando muito peso em cima das pessoas que gostava, colocando expectativas demais. Quando me apaixonava, o sentimento me espinhava por muito tempo, mas nunca ao ponto de eu me obrigar a abrir mão do que eu pensava. Eu nunca soube me doar, relevar certas coisas, nunca entendi a troca dentro de um relacionamento sem a ideia que pareceria fraca e dependente. Eu nunca quis ser fraca, e mesmo nas piores situações, tentei manter o controle enquanto me quebrava por dentro. Minhas trincas sempre foram internas, mas isso nunca me fez mais forte.
Talvez tudo isso tenha mudado. Hoje entendo mais coisas sobre amizade e amor, sobre saber relevar as coisas, e os males da admiração sem medidas. Eu não quero um ídolo. Quero alguém que eu possa amar, e me ame de volta, mesmo na forma mais singela. Não quero tempestades, quero brisa e garoa, que molha muito mais sem causar tantos danos. Você, no entanto, sempre soube disso. Sempre soube que se se entra no mar bravo, vem a emoção mas também o pânico, e nada é aproveitado quando se sai machucada demais.
Acho que vai entender isso, e muito mais. Talvez ainda me reconheça mesmo depois de quem me tornei, pois há coisas que nunca irão mudar de fato. Só ando mais leve mesmo, quase como se pudesse voar. E é bom sentir isso.

Aguardo notícias. Será que aquela grande amiga que já viu o melhor e o pior de mim existe ainda em alguma parte aí dentro?

Com carinho
Da sua amiga
Lorem Krsna

sábado, 30 de março de 2013

Na paz me envolvo



“Eu vivo pensando em coisas demais, que acabam se chocando em minhas paredes internas... Mas eu jogo isso na gaveta das “histórias para depois”. Hoje eu quero paz. Quero me sentar em um lugar tranquilo no fim da tarde, sem pensar em nada que me derrube, sem lembrar nada que me transporte...
Hoje eu quero só a paz das velhas coisas, a teimosia sutil do velhos versos, do ritmo lento do que me cabe, muito mais do que me sobra... Só quero afundar nessa paz, mesmo que seja passageira, meio ilusória, mas que por um tempo me faz ter ideia do que é ser plena. “


Lorem Krsna


sábado, 23 de março de 2013

Pensando palavras

Talvez eu ande deveras a pensar. Pensar em tantas palavras que se criam, recriam e que morrem... a verdade, é que cada vez que caio dentro de mim, sempre busco minhas asas, e elas são frases, palavras, por vezes que me sustentam, por vezes que derretem com o minimo calor das circunstâncias...
Mas são nelas que me apego. São minhas janelas, minhas muralhas, minhas grades e minhas chaves.
Talvez... eu ande mesmo a pensar palavras...
Lorem Krsna

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