terça-feira, 27 de setembro de 2016

Phoenix

Image:George Redhawk


E dessas cinzas,nasci de novo
O que não me mata me fortalece.

Não se cava do fim do poço
Dos erros sempre se tira um pouco.
E se sobe assim como desce.


Fênix, Lorem Krsna


domingo, 18 de setembro de 2016

Perdidos



Eu não sei em qual esquina fomos nos perdendo. 
Quando nossas relações começaram a ser regidas por aparências, quando o que os outros achavam de nós mesmos começou a ser um motivo para nos tornamos outras pessoas.
Quando demonstrar carinho, sentimentos se tornou uma fraqueza?
Quando nos reduzimos a seres isolados em meio a multidões?
Quando nos perdemos de nós mesmos?
Fomos perdendo aquela lealdade, aquela empatia tão importante que nos fazia tão humanos...
Fomos engolidos. Dançando conforme a música. Criando laços por aparências, escolhendo pessoas por fachadas, trancando quem fomos dentro de nós, jogando a chave fora.
E hoje, fazemos piadas das dores, quando não são nossas, e achamos que as pessoas tem que exigir respeito, como se não fosse um direito de todos nós. E um dever de todos nós.
É, nos perdemos sim em algum ponto. Tragados por uma imensidão de tanta coisa que não representa nada...
Eu lembro quando queriamos fazer alguma diferença.
Antes de nos mutilarmos daquilo que nos era tão importante.
E hoje? Somos seres perdidos, flutuando entre uns aos outros, tentando nos conectar de alguma forma. 
De qualquer forma.
Com ligações tão fracas, que por vezes não duram nada, e acabam levando ainda mais do que nos resta.
É. Nos perdemos realmente.

Lorem Krsna

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Nada nos prende.



Um dia eu saio da sua vida.
Assim mesmo, sem aviso. Vejo a porta aberta, vou saindo. Não importa a hora da madrugada, o clima, ou o filme em cartaz.
Não grito, não me desespero.
Nem choro.
Chorar é complicado pra mim. Minha emoção não transborda pelos olhos, transborda pelos dedos.
Um dia, eu apenas deixo de atender as ligações, de mandar mensagens.
Aos poucos você vai esquecendo meu rosto, meu gosto. Minha voz.
Vai ser sem explicações longas, não preciso delas.
Você não precisa delas também.
Você nem vai perceber quando as pequenas trincas, quebraram o vidro inteiro.
Quando se dê conta, só vão haver pedaços.
Eu não fico por pedaços.
Um dia você vai entender que as pequenas coisas valiam bem mais, no bem e no mal dos detalhes.
E que haviam tantos detalhes, que só de longe fariam sentido.
É preciso partir, é preciso voar, do chão não se vê o  quadro que se forma quando todas as coisas se juntam.
Um quadro belo, ou um caos.
Não nos arrastaremos juntos, quando o chão não nos cabe.
Quando nada nos acrescenta.
Não há mais nada a ser ensinado e aprendido.
Quando o peito aperta, mas do que o sorriso surge. Ai eu sei que é hora de ir.
Por nós, e mais por mim. É em mim mesma que penso, não minto sobre isso.
Melancolia e infelicidade são coisas diferentes.
Minha melancolia nunca se vai, mas não vim nessa vida para ser infeliz.
Não preciso da tristeza, não me agarro a ela.
Se puder, fujo dela.
Vou embora dela.
Você era minha tristeza.
E eu era a sua.
Por isso me vou.
E quem sabe nesse vazio que era a sua tristeza e a minha juntas, não surge um espaço para se construir.
Varra os pedaços para fora.
Abra as portas e as janelas.
Abra as asas.
Nada nos prende mais aqui.


Lorem Krsna

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