segunda-feira, 21 de abril de 2014

...




Você vai chorar, vai sorrir, vai chorar de sorrir, sorrir para não chorar... e o mundo vai continuar girando...
Então apenas entre na roda amor, ficar de fora não é opção. 
Ficar de longe é triste demais. 
Chore, sorria, mas não pare, continue andando, continue evoluindo, continue girando, porque quando parar de vez, tem que ter valido a pena cada coisa. 
Levante com ajuda ou se erga sozinha, sorria para alguém, ou então por si mesmo. 
Chore por sua alma, ou pela tristeza do mundo. 
Faça valer, faça sentir, cada dor, cada alegria. 
Faça sentido em cada um que passa na sua vida, os que vão, os que ficam, e os que se vão mas ficam... Só não pare amor, isso nunca! 
Pense andando, chore andando, sorria andando. 
Só não fique para trás. 
Existir sem ter vivido, é triste demais. 

Lorem Krsna

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Pais e seus esboços

By Lorem Krsna



É difícil ser pai e se tornar responsável por outra pessoa além de si mesmo. Os seres humanos são por natureza egoístas, ser pai é uma quebra desse ciclo e estabelecer um principio que parece simples, mas não é de nenhuma forma: pensar em alguém antes de pensar em si. 
Eu acredito que seja como entregarem para você uma tela em branco e pinceis e tinta. O que você pintar de início, pode sim definir o caminho que o desenho irá tomar, sua forma final, mesmo que a continuação do mesmo seja tirado de suas mãos. Isso explica por que o esboço errado, mesmo com tantas tentativas de conserto ao longo da vida, por vezes acabam deixando marcas permanentes em um quadro. É muita responsabilidade, não é algo que se tente fazer levianamente.
Há pessoas, eu noto as vezes, que nasceram para ser pais. Simples assim. Mesmo sem perceber, eles fazem tudo certo, mesmo com os pequenos desvios. Digo isso pois, mesmo com exceções a regra (que tem muitas), por vezes podemos ver o reflexo dos pais no que os filhos se tornaram - a obra completa que iniciou no esboço suave. Assim como existem pais que se põem no principio que filhos são brinquedos, robôs, ou então um "mini-eu", em que podem extrapolar todas as frustrações vividas, de coisas que não conseguiram ser, tentando compor toda uma obra de acordo com a sua corrigindo imperfeições. Um recado: a obra-completa não fica a seu cabo. O pintor de tudo isso, no fim de tudo, é a vida. Cada pessoa, é um quadro diferente, que encontram artistas diferentes. Filhos não são bonecos que são  dados para atingir uma perfeição, ou mesmo um produto de uma vida frustrada. Se você pensa dessa forma, espero de verdade que seus filhos encontrem bons artistas na vida. Você, lamento dizer, não sabe pintar. De outra forma, pais maravilhosos, fazem bons esboços, e a obra termina uma falha: isso não se pode prever. E por isso, ser pai é o "trabalho" mais incerto que existe. Você simplesmente entrega sua vida, mas do que cuida de uma. Você  tem que expor suas falhas, e você tem que tentar ser o melhor, pois querendo ou não, você se torna uma referência, por vezes daquilo que seu filho deveria ser, e em muitos casos, daquilo que ele nunca vai se tornar. Como eu disse, você não é e nunca será o artista absoluto dessa obra chamada "filho".
Eu fui um esboço de meus pais, mesmo que esteja me tornando uma obra tão diferente, assim como meus irmãos são de mim e deles, todos nós temos traços deles, detalhes que no fim compõem um todo. Eu tive sorte: meus pais foram bons artistas. Eles guiaram a família como pintores natos, ou mesmo como maestros regendo uma orquestra. Suavemente, por vezes, sutilmente. Não criaram robôs ou pequenas sombras. Eu não tive sempre tudo o que eu queria, e assim aprendi um principio importante de inicio: meios de correr atrás. A vida me deu limões, meus pais me deram o principio de como cuidar de limoeiros. Hoje eu tenho limonada a vontade. Parece bobo, mas é verdade. Isso que eu tenho de mais importante que nossos pais deram a meus irmãos e a mim: opções e visão. Nós fomos amados, instruídos. Nós ouvimos o "não" e o "você consegue". Eu não fui empurrada, eu não fui puxada. Eu fui muito habilmente conduzida até conseguir andar sozinha. Bem, tem funcionado. Meus irmãos hoje são obras muito lindas, e já fazem seus esboços, e espero que sejam tão bom artistas quanto nossos pais foram. A vida vai tratar de completar com tinta cada espaço, como vem completando a mim.
Por último, o tão fabuloso no trabalho de ser pai, é que no final, você entrega aquilo que você cuidou para a vida. Acredito que seja semelhante ao sentimento de pegar seu esboço, fazer uma aviãozinho e jogar pela janela...Deve ser isso. Mas na verdade, a realidade é que você entrega o principio da sua obra para ser preenchida, escolher suas próprias cores e tons. É admitir e confiar, mesmo sabendo que o mundo pode ser um devorador de filhos cruel, eis uma simples realidade: seu bebê vai ter que ir embora, apenas deixe a porta aberta para ele buscar abrigo e conselhos quando precisar. Pais não pintam para si mesmos, eles fazem obras para a vida, para serem apreciados pelos outros. E mais do que isso, eles constroem artistas, que farão suas próprias obras.   
Eu não sei que tipo de artista me tornarei, ou mesmo os tons exatos de quem sou, mas eu fui presenteada por meus pai com cores maravilhosas: o amor, a bondade, a firmeza e a confiança. Eu cresci vendo o amor supremo de minha mãe pela família. Como uma pequena raposa arisca e amorosa, que seria capaz de ariscar tudo pelos filhotes, para protegê-los, atraindo qualquer tiro de caça para si. Eu cresci sobre os olhos bondosos do meu pai, e com ele tento aprender coisas como tolerância e clareza. Eu tive sorte, nunca deixo de repetir. Mesmo minhas falhas, meus tons obscuros, nada veio deles. Eu fui construída com amor sem amarras e sem ser sufocada. Agora, eu estou fluindo. Eu sou o aviãozinho jogado pela janela com muito trabalho, e estou em saindo muito bem, obrigada.
Espero de verdade, que quando for preciso, eu seja tão boa artista quanto meus pais foram.  

Lorem Krsna.
P.S: Para meu pai, o melhor artista que conheço, meus irmãos, que estão aprendendo esse ofício, e minha mãe, que nasceu para pintar, que ela esteja bem onde quer que esteja agora.
E para todos os pais e mães por aí: boa sorte, vão precisar.

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Sete meses, pensar, mudar.



"Cogito Ergo Sum."  Uma vez meu irmão me perguntou como um ser que não pensa, poderia acreditar na própria existência. Era uma discussão  sobre legados, sobre influenciar o outro a pensar de maneira que uma mente, uma vez aberta para o mundo na sua visão mais verdadeira e critica, ela nunca retornaria a reclusão e a cegueira. E claro que Descartes foi metido no meio. Mas isso é apenas a introdução de tudo o que vem acontecendo ultimamente. 
Eu ando tendo muito tempo para pensar, coisa que estava evitando, ao menos eu agora vejo o quanto estava evitando. Por que pensar me levaria não a cogitar sobre minha existência - isso eu já fiz e refiz e não cheguei a nenhuma conclusão. - mas a notar minhas mudanças. E só então realizei o quanto mudanças são assustadoras. E ainda assim, aqui estou eu, longe de casa - do outro lado do mundo, literalmente- , mudando o todo momento. Eu ando mesmo em contato com mudanças, internas e externas a todo instante, e isso por vezes me fascina, por vezes me assusta. O processo de se recriar é assustador, e Deus sabe como por vezes é complicado demais. Assim como Deus sabe que eu esperava já isso, mas não assim. Foi como procurar uma brisa, talvez uma tempestade, e me veio um furacão. Eu voei para longe, mal sabendo uma lingua local, e muito menos sobre o que me esperava. E ganhei muito mais do que cogitei. Era para ser um intercâmbio, um ano e meio, ampliar conhecimentos, conhecer novos lugares. E  aqui estou eu, conhecendo muito mais sobre mim mesma. Sobre mudanças, sobre perdas e ganhos. E no fim, quando se vê, isso resume a vida: mudar, perder, ganhar. E claro, se adaptar. Eu ando aprendendo sobre solidão, como apreciá-la. Como por vezes tem coisas que você grita, tem coisas que você cala e supera. Eu ando aprendendo, em contraponto, o quanto você precisa das pessoas. 
E principalmente, eu venho aprendendo, que não sou fraca. Há vários significados para isso "não sou fraca". Eu aguento o tranco, eu suporto muito mais peso do que eu pensei. Eu passei algumas etapas, eu já deixei algumas coisas para trás.  
Transformação. Não falo sobre questionamentos, ou sobre os grandes "Ses" na minha vida. E nem de meus arrependimentos , um ou outro ainda doem o bastante para que em certos dias eu duvide de mim mesma, que a vida  se mostre não como mãe, mas como madrasta. Por vezes, eu me sinto ferida por muitas coisas, e eu sei que tantas outras levam tempo. Talvez uma vida inteira. Nem toda mudança trás, as vezes ela leva. Leva tempo, leva sonhos, planos, e leva pessoas que a gente ama, seja para longe em continentes, seja para longe em sentimentos, ou seja para a morte - eis a grande ferida, o golpe pior. E ela trás. Novas chances, um novo dia, um objetivo para se superar, para conhecer, para SE conhecer. Muitas vezes para se entender, mesmo percebendo que isso te faz solitário. E apreciar a solidão, te faz entender mais ainda sobre muitos aspectos que você ignorava: como a importância do silêncio e da voz, de um abraço e de manter distância. De uma ligação, de um "eu te amo", e do real sentido de perguntar um "você está bem?" e receber a verdade para isso. 
Todas essas pequenas coisas, que são grandes. Apenas leves pinceladas, e quando se nota, toda a obra mudou quase sem ser percebida pelos demais. 
Pensar, leva a existir. E muitas vezes a mudar. 
Foram mesmo apenas sete meses? 
Lorem Krsna

domingo, 13 de abril de 2014

Among People

By Lorem Krsna


"Where are the people?" resumed the little prince at last. "It's a little lonely in the desert..."
"It is lonely when you're among people, too," said the snake.

The Little Prince, Chapter XVII

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Já perdi minha graça faz tempo.

As pessoas superestimam demais a "primeira vez" de todas as coisas.
São as últimas vezes que me tiram o sono.
Aquelas que você nunca sabe que foi a última vez, até que uma próxima não vem. Como ver uma silhueta sumindo na esquina, e ela não voltar mais. Ou aquela ultima ligação que você nem sabia que era a última.
O que você faria se soubesse que seria a última palavra a ser dita?
Não é a introdução que me incomoda, mas a conclusão, o ponto final abrupto, sem volta e sem remédio. Você nunca  sabe quando o fim vai ser fim mesmo. De repente a cortina fecha, o espetáculo acaba, e você nem vê o público indo embora. Você não disse sua frase de efeito, você não falou o que pensou que fosse óbvio. Você não sabia que a "saideira" era a saideira mesmo, ou que não teria um último cafezinho na esquina discutindo bobagens.
O xeque-mate vem sem você perceber. Quando vê, o jogo acabou, e ele para você nem havia começado.
Eu lembro bem da nossa última ligação, e a gente se despediu sem saber que era a última ligação, que não teria uma próxima vez. Eu vejo bem agora que isso acontece o tempo todo na vida.
Você pode ver bem quando algo começa, onde se inicia o primeiro parágrafo das coisas, mas o último, ah o último pode ser 200 páginas depois, 20, ou até do outro lado da folha. Ele vem com o fim de ciclo, de uma temporada, ou um acidente, um sujeito que bebeu demais,um assalto na esquina, ou simplesmente um coração que para de uma hora para outra.
Assim, você se vê obrigado a aprender a conjugar verbos no passado todo o tempo, a usar as expressões como "último", "final", "em conclusão". E nem sempre a gente consegue falar o "adeus", o "eu te amo" ou coisas assim, dessa forma. Eles ficam nas entrelinhas detestáveis do fim que você não sabia que era fim, da conclusão sem coerência que você pensou que apenas corpo do texto. Eles ficam no "vou te ligar próxima semana", que não vem, ou "fica bem." 
Chegou um tempo , que eu até achei graça nessas conclusões desconjuntadas. Mas sinceramente, eu já perdi minha graça faz tempo.

Lorem Krsna (Trecho de Da tua retina.)


P.S : Estou terminando de fazer os últimos capítulos. Já dá para se ter uma ideia pelos trechos que não é a estória mais feliz do mundo (apesar da pitada de humor negro), mas com certeza foi a que mais tive orgulho de escrever.

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Colisões - Reação em Cadeia.


The secret of Happiness





Fiz esse texto como um trabalho há alguns dias, e recebi como recompensa um recado no canto da página do meu professor que me deixou super feliz. Eu realmente senti vontade de compartilha-lo, não apenas por ter sido meu melhor "essay", mas por que ao escrevê-lo pude notar que eu sei um monte de coisas sobre como alcançar a felicidade, mas poucas ponho em prática.
É hora de mudar.


Topic: Happiness is sought by most people in their lives. What factors lead to happiness? 



Since the first days people have been trying to find the secret of happiness.  Many have made theories and written books, created many steps and stereotypes. However, in my view, happiness is a state of mind we can achieve with apparently three simple actions: being optimistic, motivated and enjoying life in company with other people.
One person who sees just the difficult side of  life cannot be happy. The reason is because this person will always be unsatisfied. On the other hand, if you can look at a bad experience, it can sometimes give you an opportunity to “open your eyes” to the best things in your life. One example is when people who always complain but do not undertake to do anything positive to rectify the situation. It is impossible to be happy being a pessimist or inactive. 
The second step is motivation. When you want to do something, you need to choose the best way. Always finish things you start and don’t abandoned your goals because they have become more difficult  than you imagined.  It reflects  everything in your life: your career, health, studies and relationships.  Some people have dreams but they don’t have motivation  to realize them. You can’t reach  happiness  with a list of dreams and “ifs”: if I had done, if I had  said that... It isn’t the way. You need to know what you want, and then start to work toward that. And this includes simple things,such as walking half an hour per day, finishing a book and achieving  your best in your job.
Finally, nobody can live alone. Everybody needs company. The sooner you learn this, the better for you.  Probably the real disease of the century is loneliness. People become more and more independent and think it is possible to be happy alone, without someone to share their moments. Can be a friend, a relative or a romantic love. Maybe a pet! The fact is -  happiness is a collective feeling.  It is more achievable if you have someone who can share part your life and experiences. In the same way, when you have a bad moment, if you have someone to talk to, dealing with a situation may become easier than dealing with it alone.

In short, happiness is not a simple present, but a consequence. You need to work at your feelings and actions day by day. It is essential to believe in your goals and to realise that sometimes bad things happen to good people.  At all times you need to be an optimist. Then, you need motivation to achieve your goals. And you need each other, because loneliness and happiness are enemies. These are simple  steps everyone knows, but not all practice them.

  Lorem Krsna
Brisbane, Australia, 2014

Vasculhe

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