sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Se o vento tivesse uma cara (Pés descalços)



Imagem: Se o vento tivesse uma cara by Lorem Krsna
Se o vento tivesse uma cara (Pés descalços)

“Ei moça
Que tem asas nos pés descalços
Voando livre para onde der vontade
Esse teu cabelo que não assusta ao vento
Teus cachos falam tanto de ti quanto teu horror por sapatos
Ei moça, se o vento tivesse rosto teria a tua cara sabia?
Tu é brisa moça. 
Também tufão.
Livre de tudo moça. 
Sem fronteira, sem agarro. 
Sem medo e sem sapatos.
Essa cara de sono, sorriso de preguiça difícil de ver.
Cara de vento.
Sorria moça
Deixe a tristeza de lado
Do jeito que sempre deixa teus sapatos”

R.M.S


Ganhei esse poema hoje de uma grande pessoa. Feito em especial por meu hábito de sempre andar descalça, minha cabeça na lua e aparentemente o meu “sorriso de preguiça” de quem anda dormindo pouco. J
P.S: fiz a imagem :D

sábado, 26 de setembro de 2015

Ponte


Eu atravessei a ponte, fui para outro lado, ou ainda estou indo. Foi meio aos tropeços, sabendo que era uma viagem de um caminho só. As cordas de suporte para evitar uma possível queda já eram, as cortaram há quase dois anos atrás. Quando chegar ao outro lado, ainda posso olhar para trás, dar uma olhada meio saudosista para o lado de lá, mas não tem como voltar. 
É uma ponte meio bamba, tem umas tábuas podres. Prefiro nem olhar para baixo, melhor ir andando em frente. Não posso nem fechar os olhos, seria disperdício da paisagem. Ninguém pode vir comigo, essa ponte não suporta duas pessoas. É uma viagem solo, rumo ao desconhecido. 
Como será do outro lado dessa ponte? 
Já vejo alguns contornos ao longe. Às vezes eu gosto disso, por outras odeio, mas já não tem volta.
Quando se escolhe caminhar pela ponte, eu você empaca e não sai do lugar, ou se arrisca e vai andando.
Eu preferi arriscar.

Lorem Krsna

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Cortaram o fio


Ei, eu sinto sua falta sabe. As coisas não andam muito fáceis não.
Preciso de um empurrão grande, às vezes quero ficar parada. As vezes não sei qual estrada eu pego.
Está tudo tão diferente.
As coisas pelas quais esperava não existem mais.
É como andar pela ponte, sem saber nunca o que está do outro lado, e sabendo que não vai poder voltar.
Eu não tenho mais para onde voltar.
Cortaram aquele fio sabe, e eu por vezes penso se era hora, se um dia seria a hora.
Não há mais fio nenhum, não deu tempo de construir outro. 
Ficar solto no vazio é tão triste. Falta equilíbrio, tenho medo de cair.

Está tudo complicado, aquelas crenças todas foram para o fundo de um rio. Aquela alegria toda, não sei para onde ela foi nessa bagunça.
Aquela vontade toda, por vezes tenho que lembrar dela. 

Acho mesmo que estou meio perdida. Eu preciso daquele empurrão, daquela ligação que nunca vai vir. Nunca mais.
Eu preciso daquela parte que foi embora, vivo com a síndrome do membro fantasma. 
Aquela coragem toda foi para o ralo, escorreu toda.
Aquele atrevimento, nem sentido me faz mais.
Eu odeio minha resignação, e algo dentro de mim nunca aflora. 
Eu me tranquei dentro de mim, e apenas falo pela eu impostora. 
Ninguém mais sabe como estou pelos meus alôs.

Lorem Krsna



domingo, 13 de setembro de 2015

"kosmopolítēs"



Cosmopolita tem origem da palavra "kosmopolítēs", que significa 'cidadão do mundo'. Sem lugar certo, espalhado usualmente pelas cidades e capitais do mundo, adaptando-se rapidamente ao modo de vida por onde passa, para então alçar voo outra vez.
Você vai reduzindo seus bens para caber em duas malas no máximo.
Quando alguém pergunta de onde você é, você hesita por segundos, como se não soubesse ao certo  mais.
Você reconhece pessoas pelo modo como falam.
Nem sempre as pessoas reconhecem mais o seu modo de falar.
Das pessoas que você se importa mais, poucas realmente moram perto de você no momento.
Mas nenhuma delas te tira esse desejo de pegar a estrada toda vez.
Você parte, mas também é partido, por que muitos dos seus amigos são também como você.
Você teve uma boa razão para sair de casa pela primeira vez, mas quando retorna, não encontra mais uma boa razão para ficar de vez.

Lorem Krsna

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Destiny - Animation Short


Café


Nesses dias resolvi reduzir meu consumo de café. Sendo um dos meus poucos vícios, não é uma coisa tão fácil. Re-li um antigo trabalho que fiz sobre as vantagens e desvantagens da cafeína, procurei pesquisas sobre a influência no manchamento dentário. Minha ansiedade me fez decidir, de 5 a seis xícaras por dia, duas ou três. Tarefa mais complicada do que se parece. Mas foi graças a essa nova meta que tive aquela epifania. 
Gosto daquele café forte, sem açúcar. Gosto do sabor na língua, puro. Mas o que realmente amo no café, é o cheiro. Aquele cheiro que trás a realização prévia, da imagem e lembrança do sabor, antes de experimentá-lo realmente. Sou viciada no cheiro do café. E não é por que ele me deixa alerta, ativa. O que me atrai no café, como um canto da sereia, são as lembranças desse cheiro. Se eu fechar os olhos, volto para casa, para meus sete ou oito anos, para manhãs de chuva e aquele aroma no ar. Volto para as discussões ao redor da mesa do café, e de vir em casa lanchar no intervalo da escola. E para as tardes, de chegar da praia, e ter o café e o bolo na mesa, e todo mundo enrolado na sala para assistir a velha sessão da tarde. 
O café para mim, é minha máquina do tempo. É minha passagem para casa, não importando em que lugar do mundo me encontre. No camping, em um hostel em alguma ilha por ai, em uma lanchonete beira-de-estrada. O café me trás essa ilusão de lar, por segundos.
Pois é, péssimo pensamento para se ter quando estou tentando reduzir o consumo.

Lorem Krsna

Corto Dreamworks - First Flight


domingo, 9 de agosto de 2015

Um pedaço de cada um

Melbourne, 2014
Faz um pouco mais de um ano. Eu estava em um hostel em Byron Bay, dividindo quarto com mais 4 pessoas. Uma delas era uma senhora indiana. Quando conversamos, ela falou que estava viajando para escrever um livro, e que já tinha estado em muitos lugares. E que havia deixado um pedaço de si em toda parte que fora. Eu lembro das exatas palavras, e que ela perguntara se eu já me sentia diferente da pessoa que era antes de sentir o gosto do mundo.
"Não é apenas a cultura. Não mesmo. É esses pedaços que a gente deixa pelo caminho, e esses pedaços que pegamos das pessoas."
No fim, somos todos uma colcha de retalhos. Feitos de pedaços que faltam, e pedaços que pegamos de outros. 

Lorem Krsna

sábado, 8 de agosto de 2015

O último livro


Hoje eu estava limpando meus livros.
E pensei em meus aniversários.
Vou explicar o porquê.

Eu sempre tive certo azar para aniversários. Em quase todos eles minha mãe tinha que viajar. Quando eu fiquei mais velha, entendi que ela precisava sempre ir para consultas, e que isso era importante demais para desmarcar. 
Com um tempo, deixei de me importar com isso. 
Ainda assim, minha mãe nunca esquecia um aniversário meu. Ela sempre me ligava. E ela sempre me trazia um livro. As vezes até mais de um. Com um tempo, isso tornou-se nosso ritual. Sempre que ela viajava, se ela via um livro que achava que eu ia gostar, ela me trazia. Minha mãe nunca errou sobre nenhum, e eu guardei todos eles como um tesouro. Fazia anotações, sublinhava as partes para contar para ela depois. Ainda tenho todos, e por vezes me divirto lendo as coisas que escrevia no fim das páginas. Que escrevia para contar para ela depois, ou apenas por que queria mesmo.
Ela nunca fazia nenhuma dedicatória. Todo mundo que me dava um livro, sempre escrevia algo  na página da frente. Ela nunca escrevia nada. Pegava a caneta as vezes, ficava olhando, mas nunca sabia o que escrever. Minha mãe escrevia bem, era perfeccionista demais. Tinha que ser perfeito. Escrever só um "aproveite" era ofensivo. 
Eu achava isso divertido, então parei de pedir.
Eu tenho todos os livros que minha mãe me deu. Até o último deles. Lembro do dia que ela chegou com ele em casa. Eu o tinha visto quando passava na livraria, ela estava comigo, e me viu namorando o livro pelo vidro por um bom tempo. Uma semana depois ela chegou com ele em casa.
Ela era esse tipo de pessoa. Íamos para o shopping no fim de semana, ela fazia questão de me acompanhar, e ficava sentada enquanto eu passava horas na livraria, lendo os livros sem comprar nenhum. Por vezes ela levava minha irmã e eu, e mandava nós escolhermos algum livro. 
Mas esse dia, com esse livro foi especial. De vez em quando eu o abro com cuidado, e ele ainda tem o mesmo cheiro de novo. Se fechar os olhos, eu consigo lembrar dele ainda no plástico, sobre a mesa. Da cara da minha mãe, encabulada, como se aquilo não fosse realmente algo incrível. Como se ela não tivesse ido lá só para comprá-lo. Ela sempre fazia essa cara de "não seja tão emotiva sobre isso, que tolice." 

No meu último aniversário, foi quando caiu minha ficha de que aquele seria mesmo o último livro. Ela não ia chegar mais em casa com uma sacola, dizendo que havia visto esse livro e lembrado de mim, e como o vendedor havia dito que era bom. 

E por isso meu aniversário ultimamente me deixa triste. Por vezes eu penso que seria melhor esquecer sobre ele. Acho que ainda, no fundo, estou esperando minha mãe chegar com meu livro. No fundo mesmo sempre vou estar esperando.


Lorem Krsna

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Inteiro

Imagem:Adrian Dadich



Não gosto de metades, de pedaços. Quero inteiro, não quero partes.
Quero o que é meu, de meu direito.
Quero o meu tudo, meu absoluto.
O que parte, vem tão quebrado.
De pedaços, me reconstruo no todo.
Mas não é a mesma coisa.
Não suporto metades, daquilo que deveria ser completo.
Não suporto pedaços, do que deveria me ser no todo.

Lorem Krsna

Poema completo: http://loremkrsna.blogspot.com.br/2012/05/por-inteiro-ou-nada.html

sexta-feira, 19 de junho de 2015

terça-feira, 16 de junho de 2015

Lacrosse


Ausência

Imagem: Russ Mills

"Há uma mal chamada ausência. E quando ele me toma me encho de saudades. Ele fica assim, nas bordas deste buraco que se cria no meio peito, e que dá passagem ao vento uivante nas calçadas.
Ele me toma na alta madrugada, como um frio no qual nenhum cobertor faz efeito. É desassossego na alma, um ritmo diferente no peito, uma ferida aberta demais, que esconde-se na face de uma cicatriz exposta. Está em meu rosto, em minha voz, no que ouço, leio ou vejo. Está em tudo o que toco, mas não posso vê-lo."
__Lorem Krsna

http://loremkrsna.blogspot.com.br/2010/11/ha-um-mal-chamado-ausencia.html




Oferta

"Não posso nem pensar ao certo no que faço? Ora! Acabo mesmo pensando e pensando... e me arrependendo das besteiras que não fiz... E quem vai julgar?
Eu sei que racionalizo a vida amor... e isso é tão irracional.
Tenho em mim lágrimas guardadas, e beijos roubados para te presentear.Tenho guardado na caixa em minha mente as mais belas frases a oferecer-te.
Mas não oferto-te nada."

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Fingir

"Ainda ciente que as coisas não somem durante o sono ou uma bebedeira. Que tudo não se justifica apenas em estar sozinha ou não, distante ou não, reagindo de outras formas estranhas. Fingindo não me importar, fingir do tanto faz. Bem, eu me importo o bastante para fingir que não..."

Lorem Krsna


Imagem: Roselin Estephanía


I was just thinking

Violin by Lorem Krsna
You are not alone, even when it seems that way. You are lost now, but you will find a way. Because you know who you are, even when you think you do not.

Botão


Não me ensinaram onde ficava o  botão para deletar todos os pensamentos. 
Nem o de reprise, para voltar e desfazer tudo, e fazer de novo até dar certo. 
Eu queria até mesmo não sentir nada, por mais que seja um desejo insano, por vezes eu sinto isso.
Por cada vez que evitei o assunto, para não deixar alguém desconfortável. 
Por cada vez que tive que pensar ao acordar nos dez motivos de porquê naquele dia iria valer a pena sair da cama, de casa, e conversar com as pessoas. 
O porquê de acordar a cada hora a noite tentando lembrar onde estou, o que estou fazendo ali. 
Ou a razão de evitar passar por alguns lugares, e acabar procurando por quem não vai estar mais lá.

Lorem Krsna

...


sexta-feira, 12 de junho de 2015

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Eu sei lidar com meus problemas


Sadness by Lorem Krsna

Quanto mais eu penso, mais eu me sinto cansada. Mais as coisas de antes me vem na cabeça. Mais eu vejo que tudo mudou, e que a ignorância de antes nunca vai voltar. E toda aquela inocência era livre da melancolia. E que o que perdi nunca sai por completo da minha cabeça. Eu penso tanto, e tudo o que concluo é um nada. E que os planos de outrora não servem mais, por isso vivo focada, 24 horas por dias, em outras coisas. As notas sobem, as possibilidades aumentam, o cronograma para cada dia dos próximos meses feitos, tudo para que não tenha tempo de pensar demais. E no entanto, nunca estou livre disso. Nem essa sensação de ter que lembrar a cada instante o que estou fazendo.
Eu cumpro todas as minhas promessas.
Eu não falo de assuntos que deixem outros desconfortáveis.

Eu sei lidar com meus problemas sozinha.
Eu quero lidar com meus problemas sozinha.

Lorem Krsna

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Sem Spoiler



"Quando se chega aos vinte, você esquece como foi ter 10 anos. Então você chega aos 40, e esquece o que foi ter vinte anos. Temos memória ruim para as besteiras que a gente fez, a quantidade de vezes que ficamos sem dormir por algo que parecia o fim do mundo e que hoje não parece nada. 
Esquecemos como fomos ridículos, mas também do tempo que fomos livres de tudo. E vem daquelas vezes que ouço uma criança falando e me pergunto se algum dia fui sincera assim, quando hoje tem coisas que não admito nem para mim mesma. Eu nem mesmo sei do que sinto ou não sinto de todas as coisas que passaram, mas eu sei que quando for daqui a 10 anos, eu vou esquecer do meu eu de vinte e poucos. Não vou acreditar que disse isso ou fiz aquilo e outro.
Não vou ter paciência para os jovens de vinte, como hoje não tenho tanto com os de dez anos.  E quando você começa a pensar nisso, é quando percebe com mais vivacidade a passagem do tempo. Depois que se alcança os vinte, e o tempo voa tão rápido que você nem vê direito.
 E eu fico aqui pensando, que a eu de meses atrás era mesmo uma pessoa tão diferente, então como vou ser daqui há alguns anos? 
Não quero spoiler não, só me perguntando mesmo."

Lorem Krsna​

domingo, 17 de maio de 2015

Cada detalhe do caos



Há um infinito dentro de mim.
Um infinito de todas as coisas que me definem e não me definem, que me machucam e me fazem bem.
Há um infinito dentro de mim de todas as pessoas que se foram e as que ainda estão aqui.
Há um infinito de legados, de medos e caminhos que posso cruzar.
Há um infinito e há uma ponte que me leva para fora de mim, que tenho que cruzar todos os dias antes que todo meu infinito me engula, me consuma e eu suma.
Há um infinito em todos os meus dias, que me mantém viva e me mata gradualmente, em tudo o que sou e que posso ser. Em toda minha vontade de ir deixando tudo para trás.
Há um infinito das coisas não ditas, não mencionadas, apenas pensadas e jogadas nesse caos. Todos os diálogos feitos e não ditos, todas as coisas escutadas, que me magoam e não reclamo. Todos as coisas boas que podia ter falado e tive medo. Todos os amores que deixei passar para ficar sozinha. Todas as amizades que se transformaram em vento, que soprou para longe.
Eu sou tudo isso.
Tudo o que errei, pequei, acertei e fiz e não fiz, disse e não mencionei.
Eu sou o caminho que tomei e aquele que não o fiz.
Sou ação e sou inércia, sou ficar e também ir.
Cada decisão que tomei, até as que fiz por não decidir.
Eu sou cada detalhe de meu próprio caos.
Da bagunça do meu quarto e da minha vida, dos relacionamentos e amizades que não deram certo, das pessoas que me amam e não me suportam.
Eu sou cada pedaço, de cada canto escuro e cada canto claro do meu infinito.

Lorem Krsna

Wattpad
Inkspired

domingo, 19 de abril de 2015

Home



"Ahh home, let me go home
Home is wherever I'm with you
Ahh home, let me go ho-oh-ome
Home is where I'm alone with you"

(Edward Sharpe and the Magnetic Zeros - Home)


sexta-feira, 17 de abril de 2015

Ontem - Alexandre Nero


"Quando uma criança era uma criança
Somente uma criança
Voava balançando os braços
Sob as nuvens
Hoje tu vens com pés no chão."

domingo, 5 de abril de 2015

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Iluda

By Lorem Krsna

"No fim, o que desejamos é uma ilusão que se torne real, mas que ainda seja uma ilusão, por que a realidade...é  real demais. Uma expectativa que não quebre,  que as pessoas que amamos  vivam para sempre e segundos volumes que não estragem um enredo muito bom. Queremos isso, e pensamos que é tão pouco...esperar que os amigos sejam sempre os mesmos, e que o mundo fique para sempre separado no preto e no branco. Queremos que a mudança só venha quando estivermos prontos. Queremos exclusividade, sermos especiais, mas não sermos diferentes ou excluidos. Queremos que o mal fique do lado de fora da cerca branca e da grama verde.
Queremos que algo como "incerto" não exista e respostas, sem precisar adivinhar as perguntas. 
E eu pergunto, é pedir demais, realmente?
Paz de espírito. É, isso já seria um bom começo."

Lorem Krsna

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Paredes


By Lorem Krsna

" Deixe as coisas mais simples. Resolva os problemas mais urgentes. Não dando espaço para coisas em branco. Tanto tempo entre os móveis, que um dia acordo e sou apenas mais uma camada de poeira. E o mundo do lado de fora não me atrai nessa horas. No tempo que quero apenas ser parte das gavetas, achar minha vida em uma mala, um bilhete, um aviso perdido por aí. 
Da época que encher as paredes de cor eram suficientes. De quando arrumar gavetas era só para jogar fora a bagunça.
E saudades tem cara de quem?
Da época que eu queria ser livre, e esse era o único porém. Que eu nem sabia quem eu era, e tudo era bem mais fácil assim.
Por que hoje eu sei, que tudo que é oco, ocupa um espaço sem cor e sem graça. E não existe tinta que possa ocupar esse vazio do que já foi."

Lorem Krsna

Vasculhe

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