sábado, 30 de julho de 2011

Entre a Serpente e a Estrela - Performance Gaita e Violão

 

Zé Ramalho é um músico excelente, isso não é novidade. Bom, esses dois boas pintas aí do vídeo são dois jovens músicos que resolveram fazer uma performance de uma de suas canções mais belas, "entre a serpente e a estrela", com violão e gaita em mãos transportaram a emoção que esta música trás para nós.
Ah, e só para constar: os boas pintas são meus irmãos. Hehe

terça-feira, 26 de julho de 2011

A Fera : Entre o espírito e a superfície





"Acha que o amor pode mudá-la? Então acreditará no que direi. É sobre  um cara, bonito por fora e feio por dentro. E há uma maldição. E o amor muda tudo. E se não fosse uma história? E se fosse verdade? Pode imaginar... esse amor?" (Kyle, A fera)

Quem nunca ouviu falar do conto da Bela e a Fera? Particularmente, um de meus contos de fadas favorito quando era criança. Imaginem então, a história deste amor capaz de mudar tudo nos tempos da atualidade?
Este é o tema do filme a Fera, o conto de fadas transferido para a modernidade.
Kyle, o garoto que se transforma na fera é um jovem que acha que a única coisa que importa na vida é a aparência, que como ele mesmo fala "é proporcional ao quanto as pessoas gostam de você." Kyle vê tudo mudar quando é amaldiçoado por uma jovem bruxa, que o transforma no reflexo exato do quê ele é interiormente. Imagine uma fera aí bem diferente da história, nada de pêlos e chifres, mas um garoto coberto de tatuagens e cicatrizes por todo o rosto, e uma árvore tatuada em seu braço, que muda conforme o tempo. Se Kyle não encontrar alguém capaz de amá-lo até que a árvore floresça, ele permanecerá transformado para sempre.
O pai de Kyle o tranca em uma casa para que ninguém o veja, e o coloca aos cuidados de Zola, uma empregada e Will, um tutor cego.
Todas as pessoas que ele achava que gostavam dele o abandonam, e o traem.
Aos poucos o garoto muda, passando a importar-se com as pessoas, e apaixona-se por Lind, que era sua colega antes de ser amaldiçoado. O amor por Lind o muda, uma garota peculiar, que assim como a Bela dos contos valoriza mais o interior do quê a aparência.
Com um toque de humor, e em uma receita dos filmes jovens que ganharam o público, esta nova versão se tornou bem interessante (claro, ainda prefiro a original, rs). Mas não bem sobre isso que eu queria falar. Na verdade, desde que assiti ao filme fiquei intrigada, matutando com algumas coisas.
Sempre acreditei que você se torna um reflexo que pensa, e de como agi. Seus pensamentos são sua essência, o que chamam de espírito. A aparência é importante, seria hipócrisia de minha parte dizer o contrário, mas não é para o modo como os outros vêem você, mas como você se vê e se sente bem consigo mesmo.
Um rosto bonito por si só pode impressionar, mas não engana o que você trás dentro de si. Como uma bela estátua, que serve para enfeitar e só. É preciso mais do quê isso.
Suas idéias, aquilo que você faz para o outros definem o que você é de verdade, e embora alguns possam discordar, vejo que apesar da indústria muitas vezes pregar o contrário, mais e mais pessoas enxergam desta forma.
No filme o jovem Kyle possuia tudo o que achava que precisava: popularidade, dinheiro e beleza.
Mas era cercado por falsos amigos, um pai que não lhe dava a mínima e superficialidade para tentar preencher um vazio que não admitia que existia. Só quando perdeu tudo, pôde enxergar quem era de verdade, e tentar mudar isso. Encontrou amigos verdadeiros, que gostavam dele além da aparência e se tornou assim o homem que era capaz de ser.
A beleza simplesmente se vai, ideias, uma personalidade, o bem que você faz aos outros, estes permanecem por muito mais tempo. Um amor a base de aparências é como uma palavra escrita na areia, basta um simples vento e apaga-se. Quando você ama o que a pessoa é de verdade, com seus defeitos e virtudes, você constroe algo além do superficial.
Ver além do que parece óbvio, do que todos enxergam dentro dos demais. Não apenas por aparência, não por poder de qualquer tipo, mas pela essência, pois lá esta a verdadeira beleza (ao ausência dela) de todos nós.

Lorem Krsna




Algumas observações sobre o filme:
  1. O pai de Bela, o louco inventor matusquela da versão disney na versão moderna é um homem viciado em drogas que coloca a filha em perigo ao matar um traficante cujo irmão jura sua filha de morte por vingança. Kyle oferece sua casa para protegê-la.
  2. Nada de cavalos. A fera moderna tem uma moto super veloz.
  3. Diferente da Bela, Lind não fala com pássaros (graças a Deus esta tem amigos!), mas é louca por jujubas e música, alimenta os pobres e tem como sonho visitar Machu Pichu.
  4. O casal principal pelo jeito adoram uma rede social.
  5. Nada de um castelo encantado, quem ajuda Kyle é uma simpática empregada jamaicana e um tutor cego. Kyle pede a bruxa  que consiga trazer para o país os filhos de Zola e recuperar a visão de Will, o que só acontecerá quando ele tiver êxito em seu intento e quebrar o feitiço. 


quinta-feira, 21 de julho de 2011

Vacilos e vivências



" Andando vivendo verdades inventadas, matando paixões e curtindo pessoas. Ando por aí caindo em minhas próprias ciladas, bebendo meus próprios vacilos... aprendendo a ser gente. Aprendendo a ser o que sou, quem sou. Caindo, me decepcionando. Fugindo." Lorem Krsna
"Alguns mistérios me confundem, algumas pessoas me confundem. Palavras que tantas vezes vem a me ganhar, seguem-e de atitudes que me perdem. Agora estou passando a desconfiar de alguém que antes me parecia verdadeira: eu mesma."Lorem Krsna
 

Quem tem medo do tarado do quarto sete?


Eu adoro histórias de terror. Certa vez um colega me disse que eu era outra pessoa quando contava-as. Fazia sons, mudava de expressão, tranformava tudo ao redor e quem ouvia sentia-se dentro do conto.
Era um dom peculiar, útil apenas para assustar, nada que me desse um diploma.
Certa vez, em uma viagem de terceiro ano à Viçosa do Ceará, eu e mais quatro meninas ficamos em um quarto e tinhamos que dividir duas camas. Ninguém queria dormir em redes, e eu detesto dormir em lugar apertado. Já era ruim saber que iriam me ouvir falar dormindo, e ter que ficar atenta para ninguém passar pasta de dente em meu rosto.
Então tive a ideia. Todo mundo estava meio assustada. Éramos o último quarto do corredor, e o único que tinha um banheiro do lado de fora, tendo que ser dividido com o vizinho. Ao qual alcunhamos de tarado do quarto sete. Imagine um ser vindo dos psicóticos das histórias de terror do cinema em casa. Era igual. E para piorar ficava espiando quando a gente saia do banheiro.
E a louca de minha colega falara seu apelido alto demais sem saber que ele estava atrás de nós ao voltarmos de um show de barzinho perto da igreja do céu, ela com uma lata e meia de cerveja na cabeça acordou quase todo mundo da pousada.
O sujeito nos olhou da escuridão, e seus olhos pareciam vermelhos (antes que perguntem, eu não tinha bebido, pareciam mesmo!) E na alta madrugada barulhos estranhos provinham de seu quarto.
Ou seja: Todo mundo em pânico!
Me aproveitei disso, contei histórias de terror, falei das possibilidades que vinham com um maluco ao lado e o que poderiam ser o barulho.
Duas fugiram para longe de mim, em redes. As outras se espremeram em uma cama, ninguém queria ficar perto de mim.
Sem possibilidade da pasta de dente e fiquei com uma cama só pra mim. Quem tem um dom inútil hein? Hein?
Só não escapei do falatório, nada é perfeito. As meninas falaram que minha ladainha começou quase pela manhã, mas nunca soube o que falei. Mistério!

Lorem Krsna

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Percy Jackson e os Olimpianos - o mundo louco da mitologia



Li a série Percy Jackson e os Olimpianos do autor Rick Riordan no ano passado, e foi uma das melhores séries que já li. São cinco livros: O ladrão de raios, Mar de monstros, A maldição do Titã, A batalha do labirinto e O Último Olimpiano.
Não sei dizer qual o melhor. Está bem. Gosto mais do último, mas isso não é o importante, o mais legal é a maneira como Riordan transportou para o moderno os clássicos da mitologia. Imagine se fosse verdade, sobre os Deuses do olimpo e seus filhos com humanos? Agora imagine tudo isso se passando ainda hoje em dia, onde ao nosso redor somos cercados por monstros e heróis, disfarçados por baixo de uma névoa que camufla tudo de todos os mortais (ok, nem TODOS os mortais).
Dá para ver bem como é a história. Eu já curtia mitologia há muito tempo, sexto ou sétimo ano, quando li todos os livros de mitologia grega da biblioteca da escola em aposta com uma colega (éramos muito competitivas), e eu passei a gostar muito das histórias.
Mas enfim, além do tema empolgante, nada como uma história contada em primeira pessoa por um personagem altamente sarcástico (o que me fez dar muita risada), com aventuras de tirar o fôlego, personagens marcantes e (apesar da parada dos deuses) tão reais e ainda aquelas tiradas super hilárias.
Se você curte romance, histórias sobre traições e casamentos na família (eu sei, eca) também recomendo. Aliás, acho que a mitologia grega conta mesmo a história do berço da humanidade, afinal quem nunca ouviu falar das escapadinhas de Zeus, de como Afrodite traiu Hefesto com Ares e da traição nasceu Eros, o deus do amor.
Pois é, mitologia grega, muita ação, prédios explodindo em Nova York, monstros disfarçados por todo o lado e heróis maneiros. Um personagem principal adolescente, filho de Poseidon, com poderes incríveis, sarcástico e com amigos loucos.
No primeiro livro Percy tem doze anos, e termina o último com dezesseis.
Cinco livros que valem a pena ler, e até reler.
Ah, e fizeram um filme do ladrão de raios, que até que ficou maneiro, mas não tão bom quanto o livro, claro. Então, quem quiser conferir, aconselho que leia o livro de qualquer forma, vai sentir a diferença (cara, por que colocaram a Anabeth morena no filme?! As loiras não podem ser inteligentes? Preconceito rapaz!).
E mais uma coisa super legal, Rick Riordan fez a série em homenagem ao filho dele, que possui dislexia, déficit de atenção e hiperatividade. Na história os semideuses possuem a síndrome do déficit de atenção, e dislexia por que suas mentes são preparadas para o grego antigo, e hiperatividade para se manterem alerta no campo de batalha.
Vale à pena conferir!

Lorem Krsna



A atleta atrapalhada

Eu sempre gostei de esportes, os esportes é que nunca gostaram de mim.
Até que eu tentei. Primeiro veio o futebol. E até que eu não era ruim não. Quer dizer, em correr atrás da bola eu era péssima! Sempre caia e derrubava alguns junto. Por isso me colocaram no gol, e eu me achei alí. E também era a estrategista de campo e capitã. Uma goleira-técnica-capitã. Nosso time chegou até a ganhar algumas medalhas e chegar as finais, mas tive que cair fora no último jogo. Estava mal. Avisei ao povo que ia tentar fugir pela janela para a partida, mas minha mãe é esperta e me pegou no ato. Faltei. O time perdeu. Fim de carreira conturbado e uns três anos para alguma pessoas do time deixarem de me odiar e desistirem de tentar me pegar na saída.
Tentei vôlei. Morava na praia, era perfeito! Na primeira partida, Deus sabe como bati a mão na minha própria cabeça ao tentar dar um saque. No segundo saque que dei quase desmaiei uma menina. Desisti antes que mandasse alguém ou a mim mesma pra uma UTI.
Natação ainda hoje tento, mas bom mesmo é se eu SOUBESSE NADAR.
Corrida, cansei de chegar em último sozinha, então fiz um discurso apaixonado sobre a competitividade exarcerbada a que os professores nos influênciavam e convenci todo mundo a ir andando e atravessar a linha de chegada de mãos dadas. Minha professora nunca mais me colocou em uma corrida depois disso. Foi melhor do quê qualquer atestado ou quedas vergonhosas.
Handball foi uma linda esperança. Primeiro jogo: perdemos de 10X2. No segundo perdemos de 20X0 e desistimos imediatamente, por isso e por eu quase ter quebrado meus dedos (bola dura!) e cabeça de uma menina na arquibancada. Meu professor concluiu que era mais seguro me deixar longe da quadra e passou a pedir relatórios para as minhas notas. "Não é possível  que a caneta escorregue e mate alguém." Ele concluiu.
Ninguém sabe.
Meu irmão me salvou de minha inaptidão ao me ensinar um jogo (ele é um perna-de-pau) além do jogo da velha, dama e dominó. E este jogo foi o único que me realizou: xadrez.
Encontrei algo que gosto, chamam de esporte e em que ninguém vai correr com medo de mim. E em que sou boa.
E ainda por cima seguro. Só minha irmã discorda, ela diz (não ouçam a louca!) que um dia desses em uma de nossa partidas de horas em silêncio, nos encarando com expressões psicóticas, eu e meu irmão mataremos ela:
De tédio!

Lorem Krsna

terça-feira, 12 de julho de 2011

Quebra-cabeça louco da vida

Vocês já tiveram a impressão que não se encaixavam em lugar nenhum? Que nenhuma pessoa que estivesse ao seu lado entendia o modo como você pensa, o que fala ou o que sente?
Hoje, mais do quê nunca sinto-me assim. Parece que nada do que penso, falo, nada do que faço faz sentido em comparação ao modo dos demais. Parece que sou indecifrável, uma esfinge perigosa, fazendo-me sentir-me solitária, deslocada, pertecente a um lugar desconhecido, a pessoas que não estas, a sentimentos estranhos.
Será que falo outra lingua?
Não sou apta a lidar com tudo isso. Não tenho sentimentos por nenhum lugar, e quando tenho por pessoas, sou terrívelmente limitada a falar, a aceitar.
Fizeram um quebra-cabeça na vida, e parece que sou a única peça que veio com defeito de fabricação, uma peça extraviada e no momento sem qualquer utilidade específica. Quero muito encontrar o lugar a que pertenço, pessoas a que não necessite de um dicionário ainda não encontrado para possuir uma conversa compreensível. Um lugar em que não seja a estranha forasteira, desastrada e limitada.
Encontrar finalmente meu local de encaixe neste quebra-cabeça que foge de minha compreensão.

Lorem Krsna

Menina má.

A hora de ser sincera

Há coisas que prefiro mesmo não saber.
Tem pessoas que não faço questão nenhuma de conhecer.
Não provei, mas não gosto.
Nunca fui lá, e nem estou a fim.
Não estou triste droga! Estou pensando!
Conservo o direito a meu silêncio.
Falei por que achei que devia.
Me arrependi por que sou humana.
Cara feia pra mim não é fome, é raiva mesmo.
Não foi piada não, ri porque me deu vontade mesmo.
Se eu fosse anjo, estava no altar e não na rua.
Tropecei porque as coisas estavam no caminho.
Se não me aceita como sou, caia fora.
Teimoso é quem teima muito comigo.
Me importei porque achei que devia.
Se não é da sua conta, é da minha, se não, não falava nada.
Gosto porque gosto. Se quiser explicação demais namora com um dicionário.
Fui embora por que estava a fim.
Não fui por que não deu vontade.
Sa quiser falar bem, fale!
Se for mal... não sendo de mim.

Lorem Krsna

domingo, 10 de julho de 2011

Diante do nada


Esmaga-me a sensação do nada.Do vazio que deixou em mim.
Aprendi a viver à toa.
A estar à toa.
Como se diante desta imensa ausência tudo fosse tédio, puro e simples.
Aprendi a contar as horas que passam, a maldizer os dias que não voam.
Aprendi a sentir falta.
Castiga-me o tempo.Sufoca o nada que antes era alegria.
Tomava alegrias, hoje me embriago de tédio e tristeza.
Há tempos não falo mais bobagens, e parece que ando letárgica a vagar, como se estivesse sempre com um copo e meio de vinho na cabeça, sem lembrar o que faço, o que digo. Agindo sem pensar.
Em verdade, não falo nada.
Sou toda ausências e melindres.
Sou toda tardes solitárias que tem o teu nome, cheia de livros poeirentos e músicas que não me façam em nenhuma hipótese lembrar...
Esmaga-me a sensação do nada, dentro destas horas tortas, enquanto os segundos se arrastam longe de você.

Lorem Krsna

sábado, 9 de julho de 2011

Além deste vazio que me abate


Além deste vazio está teu nome, como uma corda que me impede o voo para longe. Eu salto em esquiva, mas tua presença me persegue, tua imagem me prende e em vão tento fugir.
Temo este salto no escuro. Temo querer tanto tua presença que estas feridas já cicatrizadas se abram outra vez. Teu nome se tornou um estigma quase visível em minha pele de tanto perserguir-me em pensamento.
E além deste vazio que não se abate, há uma parte tua, que em uma parte minha quer acabar por preencher-me por inteira.

Lorem Krsna

Mistura de estilos


Minha lista de reprodução atual

Andei dando uma olhada na minha lista de reprodução musical nestas férias. Fiquei feliz ao notar como ando escutando estilos musicais a que era tão indiferente até um ano atrás, por exemplo. Sempre gostei de Rock alternativo, e indie Rock, mas Folk e Folk-rock, por exemplo, não era muito comum escutar até este ano.
Ainda não escuto muito forró, só o chamado pé-de-serra, Falamansa, por exemplo, e Gonzaga. Pagode e Samba também posso classificar como novidades em minha vida. O MPB ainda marca a sua presença, igualmente a clássica. Muita coisa dos anos 80, 70 e 50. Rock Clássico. Algumas coisas atuais, de 90 para cá. As nacionais ainda são maioria, mas com pouca diferença. Entre as internacionais, inglesas, americanas, muita música italiana e vejam só, japonesas!
Ando escutando bandas brasileiras não muito conhecidas por estes lados, mas boas, com certeza.
Metal, e quanto ao Heave metal ainda me restrinjo, mas estou mais aberta.
Enfim, juntando tudo, fica quase impossível saber que se trata de a lista de uma pessoas só, a menos que ela tenha múltipla personalidade. (rsrs)
Mas quem gosta de tudo certinho, igualzinho sempre afinal?
Lorem Krsna

quarta-feira, 6 de julho de 2011

De antigamente

Eu curto música de antigamente. Anos 50, 70 e 80, especialmente anos 50. Não que não goste das obras de hoje em dia, na verdade tem muita música boa para quem sabe procurar, mas possuo uma paixão especial pelas canções antigas. Na verdade, acho que sou meio de antigamente mesmo. Para ter uma idéia, meus filmes favoritos foram lançados quando eu nem ao menos era projeto de gente ainda, e meus livros de cabeceira nem se fala, adoro um bom sebo! Acha-se tantos livros de edições antigas fascinantes. Histórias que você olha bem, e nota que as pessoas não mudaram tanto assim.
Há os que acham-me um tanto estranha por isso, pois de tanto conviver com este mundo preto - e - branco, as vezes me pego a falar e agir de um modo há muito enterrado no passado. Até meu romantismo é um tanto fora de moda. (rsrs)
É engraçado, de vez em quando minha mãe pega-me a ouvir uma canção e em meio a risos faz alguma crítica ao gosto um tanto antiquado. "Se modernize minha filha!"
Houve uma passagem engraçada em especial. Antes de me mudar, estava só em casa certa vez, e coloquei um CD (Só em falar coloquei um CD muita gente ri) de música italiana, Dio cometi amo, sabore de sale... Dá para imaginar. Estava em um momento e tanto! Deitei no sofá, um copo de coca e fiquei lá, a ouvir e (vergonhosamente) "tentar" cantar mesmo.
Minha mãe chegou em casa.
- Alguém morreu e não fiquei sabendo?
Tirei e coloquei Aerosmith!
Mas é assim, sou eclética, quanto a estilos e épocas, mas acredito que uma parte minha ficou presa ao passado. O que é bom e ruim, pois ora me pego neste mundo antigo, e outra em certo "modernismo" que parece ser de outra pessoa. Meu pai que o diga, até hoje ele vira a cara pra certos planos meus de construir uma família com produção independente. rsrs



Lorem Krsna

Tudo não me basta, e nada me cabe



“Refugiei-me na doideira porque a razão não me bastava.” Clarice Lispector

Eu sou estranha. Acostumei-me com isso, e até que com o tempo estou aprendendo a conviver comigo mesmo, os outros aprenderem a conviver comigo é outra história...
Como Clarice Lispector já disse, a razão não me bastou. Na verdade a razão deixou-me farta. Isso, fiquei farta de tanta razão sem sentido algum, e agora me refugiei em certa loucura chamada de emoção, emoção passional, instintiva e despreocupada. E quem há de julgar-me afinal? Ah, sim, muitos!

A verdade é que acovardei-me na apatia, quando não suportava pessoas pela metade, amar mais ou menos, sentir mais ou menos. Eu desejava tudo por inteiro, mas partia-me em pedaços demais tentando conter aquilo que no final não se pode controlar, e nem mais quero. Deixei tudo passar, pessoas, situações e sentimentos. Passaram-se chances de buscar uma felicidade não ilusória, por conta destes extremos que me abatem. Ora a tola racional, contida e estranha. Ora a passional alucinada, intempestiva, emotiva, que explode diante das emoções, teimosa , inconstante e...Estranha.

Tudo não me basta, e nada me cabe, se a mim desconheço, mas acostumei-me a mim mesma, e sei que disto não pioro. A loucura finda, é a razão que não se basta, o que me resta é buscar um meio-termo. Sem covardias.
Como disse, sou estranha. De uma maneira ou de outra.

Lorem Krsna
 
  "E se me achar esquisita, respeite também, até eu fui obrigada a me respeitar".Clarice Lispector

domingo, 3 de julho de 2011

Como não amar Shakespeare


"O próprio sol não vê até que o céu clareei." William Shakespeare

Era a primeira vez que havia lido Shakespeare, e ainda assim, era apenas a passagem de um soneto que passou a representar muito para a minha vida desde então.
"O próprio sol não vê até que o céu clareei", quando estamos presos a emoções que nos modificam, como o ódio e o amor, a razão é turvada e não podemos ver nada além do objeto de nosso sentimento e o que ele faz a nós.
Muitos anos se passaram desde a primeira vez que li este trecho, mas ele abriu minha mente para um mundo novo. Para o mundo de Shakespeare. Um mundo de tragédias e comédias. E vieram sonetos, e vieram peças... Sonho de uma noite de verão, Romeu e Julieta, Hamlet (Meu favorito!), o mercador de Veneza, a megera domada e muito mais. Peças que ainda hoje representam muito para mim, por Shakespeare tratou de personalidades que ainda encontramos por aí, nos caminhos da vida, nas esquinas...
Ele tratou de assuntos com um humor trágico, por vezes até sarcástico e um talento que o faz um mestre sem fronteiras. Como não amar Shakespeare?
O humor, a paixão incontrolável, sarcasmo, amor, tragédia... tudo o que acaba por definir a vida humana, este ser tão propenso a emoções, vulnerável a sentimentos e a erros. A dúvidas... ser ou não ser.
Como não amar Shakespeare, se ele nos joga na cara justo aquilo que nos defini?
Shakespeare, sem dúvida. é um dos maiores autores que souberam tão bem passar para personagens o ser humano, da mais triunfal qualidade ao mais desprezível defeito. Este ser tão volátil, inconstante em seu âmago e ainda assim tão surpreendentemente fascinante!

Por Lorem Krsna

"Estas alegrias violentas têm fins violentos
Falecendo no triunfo, como fogo e pólvora
Que num beijo se consomem"

Romeu e Julieta, ATO II, Cena VI

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