quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Young

Sonhar é bom.
Realizar é melhor.
O lado ruim de nós, jovens,
É que sonhamos mais do que realizamos;
Imaginamos mais do que objetivamos.
Nos apaixonamos por quase tudo,
E amamos quase nada. 
(Lorem Krsna)

terça-feira, 29 de novembro de 2011

A vida é um voo

 
Ouvi há algum tempo uma metáfora bem interessante sobre a vida no seriado Dr. House, em que ela a compara com um avião em pleno voo. Você não gosta da vida, você pula do avião. Você morre.
A vida é mesmo um avião, cheio de turbulências, com destino indefinido, pois nunca se sabe o que vai acontecer ao certo. Você só sabe que está lá, preso nela, com mais milhões de pessoas diferentes, com ideias diferentes sobre aonde tudo isso vai parar. Você pode conviver ou não com estas pessoas, pode gostar delas, odiá-las, ser indiferente, mas isto não muda o fato de que elas estão lá, no mesmo lugar que você. Compartilhando de dores semelhante, e um mesmo escuro de um destino misterioso.
A vida não é fácil, mente quem diz o contrário. E para piorar tudo, as pessoas são complicadas demais, inconstantes demais...
Deve ser isso, somos todos passageiros de voo cheio de escalas, mas que até hoje ninguém sabe aonde começou, ou o que nos espera no fim disso tudo.


Lorem Krsna
 
 

Sai de cima do muro!


"O excesso de tijolos, me fez emudecer ao 
sentir a sombra do muro bater no meu rosto..."
Camila Custódio

"Ficar em cima do muro de uma certa forma é bom, 
pois de lá sempre podemos ver os dois lados"
Felipe Bilharva da Silva

Todos falam em tomar uma atitude. Que é preciso se posicionar, escolher um lado. Não ficar em cima do muro.
Sempre detestei a imparcialidade, aquelas pessoas que não decidem nunca seu lado, que não arriscam. Mas hoje eu seu bem o quanto é difícil fazer uma escolha, por que às vezes na vida chega aquele momento, aquele instante da escolha decisiva. Aquele minuto onde o tempo para e você tem que escolher o que dizer, de que lado ficar. Você não pode silenciar. E dos dois lados existem pessoas que você gosta. E você sabe que alguém tem que se machucar por conta desta decisão. Não é nada fácil quando você sai de fora da tela e entra na história... Mas você tem que decidir, para depois contar o saldo de feridos, e vê se o que você era não acabou caído. Existem lados certos nesta história?
Mas ainda assim prefiro arriscar entre o erro e acerto. E sabendo que um dia (talvez não longe) poderei mesmo me arrepender. Mas se for para chorar por uma decisão, que seja por aquela tomada, e não pela chance que perdi por simplesmente nunca ter tentado.

Lorem Krsna

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Quando tudo acaba


Quando tudo termina é mais fácil dizer que não foi bom. Fica mais fácil apontar culpados imaginários, ou dizer que nunca teria dado certo.
É difícil seguir as placas, quando nossa vontade nos manda ignorar as setas e seguir o caminho que for, longe de tudo quando esse tudo já acabou. 
Por que dentro de nós nunca acaba. 
As cicatrizes são então somente feridas disfarçadas, que mesmo fechadas ainda continuam a doer. São as lembranças que nos machucam. Daquilo que foi, e mais ainda do quê não foi e do que poderia ter sido.
E no fim de tudo, você acaba no fim da noite tão só quanto nunca, por que um dia você esteve acompanhada. Só sentimos falta daquilo que um dia tivemos (ou acreditávamos que tinhamos). Só sentimos falta daquilo que um dia, mesmo que por um mero momento, foi bom e prazeroso.
Quando tudo acaba, a festa finda,  a banda some, a música cessa, tudo se vai e fica só aquele vazio. Daquele tipo que vem depois da algazarra. Aquilo silêncio melancólico que tem em todos os finais.

LoremKrsna





quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Ter e estar


Estar com alguém é complicado. Compartilhar uma vida, não é o mesmo que possuir a outra pessoa, ser dono do seu querer. Não temos pessoas, estamos com elas.
Quando compartilhamos nosssas vidas quase sempre enxergamos no outro aquilo que desejamos enxergar, o que nem sempre condiz com a realidade. Admiramos a pessoas, por vezes a colocamos em pedestais altos demais, e quando a ilusão finda, tudo cai, e se parte: todos se machucam. Todos.
Temo tudo isso. Não quero um dia acordar e descobrir que sou só uma ilusão, o sonho falho de alguém. Quero mais. Quero alguém que me veja como eu sou de verdade, e posso me aceitar ainda assim.
Não quero alguém que viva por mim, mas que esteja comigo e faça assim parte de minha vida e eu da dela. 

Lorem Krsna

Defeitos

" Meus defeitos são concretos demais para que minhas virtudes sejam imaginadas!" ( Lorem Krsna)

terça-feira, 22 de novembro de 2011

O leito

 
Claro escuro claro escuro
CLARO

Meus olhos arderam com a claridade. A boca seca. Um batuque no crânio ritmado. Tinha a sensação de que meu cérebro iria explodir em milhões de pedaços.
Por que estava de ressaca? Não lembrava de ter bebido nada...
Tentei me mover e cada parte de meu corpo se revoltou como tivesse dormido em uma cama de pregos que enfiavam em cada músculo meu. Não era ressaca. Descobri no instante em que pude notar minhas mãos.
Estavam queimadas. E talvez mais diversas partes do meu corpo que não podia ver.
Vi o copo d’água em uma mesinha ao lado da cama e tentei pegá-lo, mas o simples movimento de erguer a mão era doloroso. Em algum momento de meu raciocínio confuso pode notar que estava em um leito. Tentei olhar ao redor, e a dor me fez gemer. Havia lençóis servindo de cortina, e gemidos por toda parte. E passos. E gritos. 
Ergui meu tronco com dificuldade para sentar e alcancei o copo. Bebi com urgência e a água desceu rasgando meu esôfago, como se fosse fogo liquido. Os gritos aumentavam, como se alguém houvesse aumentado o volume de um filme de guerra horrível, mas era ali, e bem real.
Levantei-me com esforço da cama, caindo por duas vezes antes de alcançar uma bengala ao lado da mesinha. Tinha que descobrir o que estava acontecendo.  Descobri o porquê daquela sensação horrível. Eu tinha que procurar alguém ali.
Puxei a cortina com uma mão e ao mesmo tempo em que gritei com a dor na mão enfaixada vi as pessoas ensangüentadas em macas em um corredor macabro. Parecia o resultado de um desastre, de uma guerra! Crianças, mulheres, homens. Mortos, morrendo, gritando, pedindo ajuda. Sem esperança alguma, sem ajuda alguma.
Havia alguém ali que eu precisava encontrar, era quase como um sussurro em meu ouvido me guiando por entre os leitos e macas, até alcançar o lugar exato e puxar a cortina.
Havia alguém na cama. A voz arrastada tossiu um se aproxime e caminhei devagar, arrastando meus passos.
Era um jovem. Estava vestido em uma farda ensangüentada. Um grande buraco em seu abdômen indicava sua morte em eminência.
Sua mão se ergueu com dificuldade e alcançou meu braço me levando até ele com toda a força que lhe restava. Cai sobre a cama, ele apertava meu braço com uma força incomum, como se assim pudesse se agarrar há alguma tábua que o salvasse.
Outro puxão e seu rosto estava a centímetro do meu. Pálido, os lábios sujos de pó e sangue, os olhos brilhavam como se enxergasse algo urgente. Olhos terrivelmente familiares.
Ele respirava com dificuldade. Eu quase não respirava.
Ergueu um pouco o rosto e senti a boca fria e a respiração pesada em meu ouvido.
“Prometa que vai dizer tudo para ele. Faça valer à pena.”
A voz era débil. Ergui o rosto e o encarei.
“Prometa” Repetiu com dificuldade. Um filete de sangue sai do canto de sua boca.
“Prometo” Falei
Ele sorriu e puxou algo do pescoço com força. Um cordão. Colocou na palma de minha mãe e a fechou. Senti o frio do metal e o encarei novamente. Ele ainda sorria.
“Vou cumprir minha promessa. Cumpra a sua.” Falou com esforço. Coloquei as mãos em seu ferimento tentando estancar o sangue, mas não adiantava. Ele puxou minha mão e fez um sinal negativo. Os lábios formularam a palavra que não saiu “deixe”. O peito subiu uma ultima fez. Estava morto.
Um grito escapou de mim e acordei no susto com o alarme tocando.
É sempre no sono esta guerra.
Lorem Krsna

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Demian e o rompimento da casca


"Nada posso lhe oferecer que não exista em você mesmo.
Não posso abrir-lhe outro mundo além daquele que há em
sua própria alma. Nada posso lhe dar, a não ser a oportunidade,
o impulso, a chave. Eu o ajudarei a tornar visível
o seu próprio mundo, e isso é tudo."
Hermann Hesse

Demian é um livro do escritor alemão Hermann Hesse, que possui um significado especial para minha vida. Para começar, para mim ele não é apenas um livro, mas uma obra de arte que retrata com maestria a alma humana em suas maiores buscas e frustrações.
E a alma que representa tudo isso se encontra no jovem Sinclair, o retrato do homem em busca do desconhecido e do próprio eu. Ele tem como mentor o jovem e sábio Demian, um ser humano que desde menino possui uma sabedoria incomum, um conhecimento a mais sobre os mistérios que habitam dentro de cada um de nós.
Em cada linha nos deparamos com Sinclair a desbravar os mistérios, e ao longo da história ele tem que se destruir e se reconstruir para tentar encontrar-se; Deixa cair por terra velhos conceitos, como a criança que ao sair de casa pela primeira vez enxerga o mundo.

"Um dia ou outro, todos
têm de dar o passo que os separa de seus pais,
de seus mestres. Cada um de nós precisa provar 
da aridez da solidão, embora a maioria
dos homens mal a possa suportar e, tão
logo a saboreiam, voltam a rastejar."


E este conceito de destruir/reconstruir representa o ponto central da história: para nascermos temos que destruir um mundo. Seriamos então como o pássaro que na ânsia de viver tem que romper a casca, o mundo onde até então habitava, para poder encontrar o mundo maior e então nascer.

 
"Quem quiser nascer tem que destruir 
um mundo; destruir no sentido de romper
desvincular-se do meio excessivamente  cômodo
e seguro da infância  para a consequente dolorosa
busca da própria razão do existir: ser é ousar ser." 

Para "nascer" por vezes temos que destruir todas as verdades que até então acreditávamos, os ideais que possuíamos e que representam o mundo ao nosso redor, a nossa casca, que ao mesmo tempo que nos protege nos isola e nos impede de ver além. Sinclair, com ajuda de Demian, consegue romper a sua casca e sentir pela primeira vez o prazer e também a dor do nascimento, deste rompimento com seu velho mundo. Em boa parte da história ele se perde e se mostra confuso diante do desconhecido, como um menino recém-nascido, jogado em um mundo estranho. Quando enfim ele descobre que há um sentido na sua vida ele passa a viver plenamente e verdadeiramente.

"Ao lidar com malucos, 
a melhor coisa que podemos
fazer é fingir que somos sãos."
Hermann Hesse

O que mais existem no mundo são pessoas presas em suas cascas, temendo o próprio nascimento e a destruição necessário de seu mundo até então conhecido para crescer e nascer. Temendo a dor deste nascimento e do assustador desconhecido. Hermann Hesse retratou este confronto humano de maneira brilhante!

"O acaso não existe. Quando alguém encontra algo de que verdadeiramente necessita, não é o acaso que tal proporciona, mas a própria pessoa; seu próprio desejo e sua própria necessidade o conduzem a isso."

Lorem Krsna  


30 de junho de 2021, e voltei aqui para acrescentar isso, depois de mais uma releitura.

Eu li Demian pela primeira vez quando tinha 11 anos. Depois com 16, novamente com 22 e recentemente com 27. Raramente eu releio um livro, por mais que ame. Acho a vida curta demais para isso e quero descobrir algo novo. Demian é minha exceção, porque a cada leitura parece algo novo: eu sempre ganho algo que deixei passar. 
Ou talvez esse seja um daqueles livros que você precisa alcançar certa idade  para se colocar no personagem e, assim como ele, se adentrar uma jornada para se descobrir. O fato é: a cada leitura de Demian ao longo dos anos, eu descobri algo sobre mim mesma que não sabia, e acho que por isso ele é meu livro favorito.
Talvez por ser meu livro favorito, eu tenha tanta dificuldade de escrever uma resenha sobre ele. Como falar de um livro que me moldou tanto? O qual eu retorno sempre quando minha vida da uma revirada completa e eu preciso lembrar o quanto é doloroso 'sair da casca' para nascer? Como um pássaro que destrói o próprio mundo para conseguir nascer, como Sinclair que agoniza até conseguir abrir suas asas, mesmo depois de tanto tempo eu tenho que me voltar as palavras de Hermann Hesse quando fico com medo de grandes mudanças. 
Então, com essa resenha extremamente pessoal e nada informativa, eu tento expressar a minha recomendação gritante de: leiam esse livro. 






sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Formiguinhas Z: ideologias e a luta de classes

Em sua canção ideologia Cazuza diz que é necessário ter uma para viver, ou seja, ideologia seria um  objetivo, um ideal. 
Porém, segundo Karl Marx sobre a luta das classes, ideologia seria uma ideia ilusória criada pela classe dominante para manipular a classe dominada. Estava pensando nisso quando lembrei de um filme infantil que adoro, e que já assisti vária vezes em família, Formiguinhas Z.
Quando você lê os conceitos de Karl Marx sobre as classes sociais você acaba percebendo que quem produziu esta animação sem dúvida deve ser um admirador da luta das classes, pois ele representa em tudo estas ideias.
Vamos ver.
A classe operária seriam as formigas como Asteka e Z, que seriam dominadas pela guarda dos soldados e realeza, obedecendo a classe dominante em prol de uma ideologia por eles estabelecidas : a união do formigueiro. 
A construção do túnel. e os cartazes espalhados por todo o local de trabalho também poder mostrar esta opinião com clareza através de frases como "nada dignifica mais que o trabalho".
Mas na realidade, durante todo o filme as operárias são exploradas, e acabam construindo um túnel por ordem superiores que na verdade serviria para matar todas. Ainda assim, a maioria das fomigas acredita veemente que este túnel irá ser melhor para todos. Elas não enxergam a própria realidade, cegas apenas em obedecer e fazer aquilo que dizem que elas nasceram para fazer: Trabalhar. Estes seriam o proletariado.
Porém Z percebeu esta situação e a exploração a que estavam sendo impostas. E decidiu que podia sim mudar de condição. Ele rompeu a ideologia ilusória e foi capaz de enxergar além daquilo que lhe era imposto. Motivado pela conscientização de classe ele se uniu aos de igual condição para tentar mudar esta situação, enfrentando a classe dominante.
Para Karl este confonto representa a luta das classes, que segundo ele até hoje é a história da sociedade.
No confronto entre as operárias (Proletariado) e os soldados (classe dominante) o formigueiro foi destruido e se iniciou uma nova ordem. 
Segundo Marx, quando o proletariado enfrentasse a burguesia, destruiria a burguesia e depois se destruiria criando uma sociedade sem classes, um dos principios do comunismo.
Mas tudo isso só aconteceria quando a classe dominada rompesse o véu da ideologia imposta pela classe dominante que os cegava e enxergassem assim sua condição com clareza. Exatamente o que aconteceu com Z, e depois com os demais operários, porém estes não conseguiam romper sozinhos com a dominação a eles infringida, e necessitaram ser guiados por uma formiga.
Z não possuia nenhum sangue real, nenhum direito de nome, mas conseguiu ascender sozinho para herói da história, apenas em base de suas ideias.
Eis a história da luta das classes. Eis a história das formiguinhas Z.
Ah, e quem não assitiu, assista o filme, esta é somente uma das ideias que ele representa. Além de ser super divertido.
 Lorem Krsna






"(...) Digam o que disserem, o mal do século é a solidão"

"Tenho fases, como a lua.
Fases de andar escondida,
Fases de vir para a rua.
Perdição da minha vida!
Perdição da vida minha!
Tenho fases de ser tua,
Tenho outras de ser sozinha."

Cecília Meireles

Já dizia o grande mestre Renato Russo: o mal do século é a solidão. Talvez seja o individualismo que se tornou tão vigente nas pessoas, o fato que têm muitos por aí que se crêem tão auto-suficientes que acreditam não precisar de ninguém. Ou mesmo o hábito da desconfiança, pois hoje em dia dois olhos não parecem ser suficientes para ver quando alguém próximo irá se mostrar seu pior inimigo. Infelizmente começo a pensar que as pessoas realmente estão aprendendo a serem sozinhas, algumas mesmo quando estão acompanhadas.
Vejo-os andando por aí, tão imersos em seus próprios problemas “meu mundo”, “minha vida”, “meu... minha... meu”. Até o vocabulário se tornou egoísta e solitário, pois o pronome mais usado ainda é o possessivo, talvez só perdendo para o “eu”.
Eu mesmo, para não me deixar de fora, sou a amostra viva de um ser solitário. Talvez eu tenha vindo com uma falha para conviver por muito tempo com as pessoas sem sentir aquela vontade indomável de ficar só, comigo.
E por hora, incrivelmente, ainda me sinto feliz assim. Talvez seja mesmo um daqueles seres mutantes provindos de uma evolução de novos humanos solitários que desembarcam hoje em dia em escala estrondosa no mundo.

Lorem  Krsna

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Talvez eu devesse falar...



Eu queria te dizer alguma coisa. E eu sei que devia falar. Falar talvez desta saudade que eu sinto, de cada palavra mal colocado e que me fazia bem. Falar desta dor que hoje eu senti sem explicação, o do quanto me desfiz neste ultimo ano. Um fantasma do que eu era por dentro, mas por fora eu estive sempre bem. E então? O que é mais importante? 
Talvez eu falasse tudo o que guardei, e gritasse para o mundo que um dia eu chorei sim uma perda. E que a culpa foi minha.
Falaria do violão que deixei parado, da músicas que nunca mais ouvi. E daquelas frases de auto-ajuda que não ajudam em nada a não me mostrar aquilo que eu  sabia sem querer.
Ou então eu devesse falar somente da chuva que passa, do frio que eu sinto, da faculdade, dos amigos. E a gente se sentava no barzinho, ouvindo o som do violão e te pediria para falar um pouco da sua vida atual, ou então so absorver o silêncio.
No fim das contas eu só queria você por perto, nem que fosse só por mais um dia em minha vida e nada mais.

Lorem Krsna

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Caráter ou reputação?

“Não me preocupo com que as 
pessoas acham, pensam e falam sobre mim.
Pois o que importa mesmo é o 
que sou, o que faço e o que estou tentando ser.”
Herbert Alexandre Galdino Pereira

Longe de mim deixar  minha vida passar por nada.  Eu quero mesmo é correr atrás do que desenhei para mim, e tentar ao máximo ser feliz. E hoje, não mais importa o que vão falar de mim, pois vão falar de mim de uma maneira ou de outra. Estamos todos tentando emergir de um lago profundo, e só o que não falta é gente tentando usar o outros como bóia, nem que para isso os afunde. Isso é fato. Não faltarão os que tentarão me derrubar, pelo simples prazer de ver minha queda. E nesta horas é bom saber que posso me reerguer. Que posso puxar um pára-quedas. Que posso surpreender. Uma coisa que aprendi na vida é que subestimamos as pessoas por medo de ter que admitir que são tão bons ou melhores como nós, ainda temos a tola ideia de que o sucesso de alguém anulará o nosso. E isso, é pura bobagem. Se por um instante muitos tentassem parar de rebaixar as vitorias dos outros, poderiam enfim viver as próprias de verdade. Afinal o que está acontecendo com as pessoas? Parece que se tornou algo mais interessante cuidar da vida dos demais do que da vida deles, e assim vão deixando de viver, e de pensar em si. Pois bem, pague minhas contas e poderei pensar em deixar você falar da minha vida! De outro modo, olhe para si mesmo. Tente ser feliz de outro modo que não seja tentando derrubar a felicidade dos outros. Isso é idiotice, e pior, perda de um tempo que é um luxo para todo mundo.
Eu? Estou mesmo é tentando lutar pelo que quero ser, o que quero ter, e o que vou fazer. Se falam de mim? Pode apostar. Mas deixei de mim importar no instante em que descobri que a maioria do que diziam não era verdade, dizia respeito a opiniões, e não ao caráter. No instante em que falarem algo realmente péssimo, e pior, que seja verdade, aí sim posso fazer algo.
E tudo isso por que no fim das contas minha reputação eu deixo a cabo de outros, mas meu caráter depende apenas de mim. Já dizia Jonh Wooden "Preocupe-se mais com seu caráter do que com sua reputação. Caráter é aquilo que você é, reputação é apenas o que os outros pensam que você é."

Lorem Krsna




"Reputação é o que os homens dizem de você junto à sua sepultura. Caráter é o que os anjos dizem de você diante de Deus!!" 
Autor desconhecido

sábado, 5 de novembro de 2011

E então que venha 19 anos!


"Apenas as nossas dúvidas aumentam com a idade, e não as certezas."
Laszlo Szabo

E mais um ano se passou para mim, e aqui vai mais uma postagem de aniversário (tentando não ser tão deprimente como da ultima vez, lógico).
Bem, muita coisa mudou em minha vida, e deixa te dizer: no que eu mesmo pensava da vida.
Mas calma, sem exaltações. Não é como se eu tivesse sofrido uma metamorfose. Estou longe de ser uma borboleta ainda. No essencial mesmo não mudei. Continuo batalhando na vida. Sempre.
O que mudou tanto assim? Uma palavrinha: FACULDADE.
É isso mesmo, sabe o que dizem? Que tudo o que você não fez na vida vai fazer quando entrar na faculdade. Há uma ponta de verdade nisso. Não que eu tenha feito muitas loucuras (ao menos não ainda, nunca se sabe), falo mais em relação ao meu pensamento sobre o mundo. Novas ideias, nova visão e objetivos.
E novas pessoas, amigos e inimigos (que não poderiam faltar). É impossível você não acabar mudando, afinal, já dizia o filósofo Heráclito: um homem não toma banho duas vezes nas águas de um mesmo rio.
As águas não são as mesmas.
O homem não é o mesmo.
É, não é brincadeira. Abraham Lincoln estava certo quando disse que no final das contas não são os anos da vida que contam. É a vida nos seus anos.
Isto é valido, pois o mais importante foi o que aprendi neste único ano. Sabe aqueles momentos em que a vida te dá uma pôrrada para que ocorra a epifânia? Foi preciso muitas quedas para que eu aprendesse a caminhar direito. O mundo não é um lugar fácil, muito menos as pessoas nele, e houveram momentos em que tive que escolher entre a omissão e uma atitude. Houveram escolhas, que talvez nunca saiba realmente que foram as certas. Viver é caminhar no escuro, isto é fato. E bati muito com a cara no muro antes de encontrar minha porta.
Encontrei alguns amigos, daqueles que não pensei que existissem. Que não escutam somente o que você diz, mas aquilo que você não diz.
E houveram muitos momentos ruins, talvez um deles sendo um dos piores que me lembro nisso tudo, mas prometi não fazer um texto deprimente neste ano, então basta saber que ele foi superado.
Continuo solteira. Neste quesito ainda sou a mesma azarada de sempre. E as trapalhadas também persistem: ainda tropeço no mesmo degrau da escada quase todos os dias, e dou de cara com algumas portas de vidro, mas aprendi a não me importar tanto mais com isso.
Apaixonei-me pelo curso que escolhi a toa, e hoje já construo visões mais positivas sobre meu futuro. Não sou mais tão perdida em relação a isto, o que é muito bom.
E acho que isto define um ano: um novo blog, uma nova decepção amorosa, uma nova paixão não resolvida, novos livros, um curso na faculdade, uma família aumentada, amigos, alegrias, tristezas e uma trilha sonora nisto tudo.
Estou mais velha. Nem sempre cai a ficha, e não enxergo sempre as mudanças que começam a gritar no espelho. E também nem sempre consigo me enxergar por dentro, não sei se a pessoa que fui há um ano imaginaria que se tornaria assim, duvido muito. Nem sei se as marcas que imagino possuir são visíveis em mim, acho que somente eu mesma possa percebê-las.
Mas é sempre assim na vida. O tempo não perdoa e passa. E você cai e se levanta. E tenta, e procura o máximo ser feliz com as armas que a vida te dar, e mais as que você luta para conseguir. Você chora, ri, blasfema e aprende a pedir perdão e perdoar.
É o que as pessoas definem como experiência, os seus próprios erros. Isto torna a vida mais interessante, saber que você joga a sorte na roleta e não sabe o que vai dar, mas tenta fazer o seu melhor com o que der.
E foi isso que tentei fazer. Um ano bom então, em suma. Uma idade interessante também: 19
Não se espera nada nela. Nem um rito de passagem fantástico. Uma idade que vem e vai, e que mal se conta.
Uma idade que pode surpreender.

Lorem Krsna

E para quem não viu a de 18 anos...

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Aquela música dentro de mim

As vezes eu fico perdida no nada, naquele breve instante em que tudo para, e então simplesmente passa. E me vem aquele som perdido, de toda parte, em todo ato, de dentro de mim. Um som triste que não sei quando, ouvi, nem por que esta sempre aquí dentro. Mas está. Quando estou triste, ou preocupada. Quando sei que estou fazendo uma coisa errada. Ele aparece mesmo do nada, e tudo se intensifica. É como se de repente toda minha vida se resumise  a este som. Eu sou uma música. eu sou o som. E então ele cessa... E eu me torno o silêncio e mais nada.

Lorem Krsna

Vasculhe

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