segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Muralha

"É das pedras que jogam em mim, que construo minha muralha"
Lorem Krsna

domingo, 29 de agosto de 2010

Encontros e desencontros

Algumas vezes na vida, se torna preciso parar para pensar no que è realmente importante para você. Se aquilo que hoje você possui è realmente o que deseja, e se a vida que você leva è aquela que te traz a felicidade.
De repente, a vida ta passando sem que você nada tenha feito para realizar seus sonhos, sem que você ao menos lute por aquilo que deseja, e aqueles que são importantes para você.
Quantas vezes você perdeu a oportunidade de dizer a alguém o quanto ela è importante para você, e quando olhou para o lado já era tarde, pois ela já não estava mais com você.... O momento passara, e nada foi dito.
 E nesses encontros e desencontros, você percebe que mesmo rodeado de pessoas você se sente só, pois nenhuma delas te faz feliz. Percebe, então que a vida è curta demais para a tornamos tão pequena, cheia de frivolidades, ignorando os seus sonhos por medo de fracassar.
Afinal, ficar no meio da estrada, reclamando do caminho, não o fará menos tortuoso, nem seu fardo menos pesado. Chorar pelas tormentas passadas não mudará o que aconteceu, e as lágrimas poderão te esconder o caminho novo que se abre aos teus pés. Viver de amanhãs também não fará as coisas mais fáceis. Tem que viver o hoje,pois esse è o melhor momento para buscar um sentido para a sua existência ,ou lutar pelo o que anseia o seu coração.
Essa e à hora para mudar, para ser feliz. Não è a toa que o chamamos de presente. 
Lorem Krsna.

Chegou...


Chegou no mesmo passo do anoitecer
Onde morro e renasço na alvorada
sou aquilo que amo,ou sou nada.
Em um mundo onde tem que se sobreviver
meu castelo de vidro se quebrou
mas a muralha continua no mesmo lugar.

Autora: Lorem Krsna

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

O chamado do lobo


Não sabia ao certo há quantas já estava o dia. O céu estava fechado por uma densa camada de nuvens escuras e relâmpagos iluminavam frequentemente a inóspita paisagem.
A estrada era margeada por um floresta de pinheiros verdejantes, mas os faróis só me permitiam enxergar pouco a frente do caminho asfaltado que parecia não ter fim.
Preocupava-me algo, talvez o fato de dirigir sem habilitação ou mesmo idade apropriada. Havia um incômoda lacuna, mas sabia que tinha que chegar a qualquer custo a uma cidade antes que desabasse a tempestade iminente. A caminhonete preta de ano desconhecido não era tão rápida, mas ainda assim o vento entrava pelas janelas abertas aliviando o desconforto do tempo abafado.
Liguei o rádio do carro, sintonizado em uma rádio qualquer. Quando ergui os olhos do rádio, a luz dos faróis incidiu na figura e estremeci de susto: um lobo cinzento me fitava com grandes olhos azuis no meio do caminho.
Desviei do animal e o carro rodou chocando-se com uma árvore da margem. 
Sai do carro surpreendentemente ilesa, com as gotas grossas me ensopando instantaneamente. 
O lobo encarava-me no mesmo lugar, ele não havia recuado  um único centímetro, mesmo diante do quase impacto que havia ocorrido.
Ele me fitou de uma maneira estranha e virou-se adentrando na floresta do outro lado, não sem antes olhar-me mais uma vez. Eu sabia que ele queria que o seguisse. 
E aquilo estranhamente não me pareceu anormal.
O fiz.
Durante nossa caminhada, o lobo por diversas vezes virava-se para ter certeza de que o seguia. Chovia já torrencialmente fora da floresta, mas dentro as árvores diminuem o fluxo das gotas que caiam. 
Quando o lobo cinzento adentrou em uma caverna, mais uma depressão no meio das rochas do que qualquer coisa,  eu pude ouvir. Claramente.
Era um som de violino vindo de dentro da depressão.
Logo ao enxergar a entrada, vi a grande matilha.
Havia pelo menos dez lobos por toda a parte, sentados enquanto fitavam a chuva e a entrada, mas nem sequer me olharam quando passei em meio a eles.
Vi o fogo que crepitava no meio das pedras,  pude distinguir uma silhueta em pé de frente a ele. Era o violinista. Não pude ver-lhe a face, mas notei o sinal que fez para que me sentasse perto do fogo. Minhas roupas estavam ensopadas e notei que tremia. Sentei-me grata e ele prosseguiu com a canção sem nada dizer.
O lobo cinzento que havia me guiado se postou ao meu lado e passei a mão em seu pêlo fofo e quente. Ele sentou-se perto, me esquentando enquanto os olhos azuis brilhavam de maneira enigmática diante do fogo. 
Ouvíamos a música que parecia retumbar nas paredes. E que depois de um tempo cessou repentinamente. O violinista abaixou o instrumento e senti que me prescrutavam da escuridão. O corpo quente e felpudo ao meu lado ficou tenso e ergue-se.
Havia algo familiar ali, naquele homem, mas não pude distinguir e isso me desagradava.
“Acautele-se.”  Ele falou de repente, com uma voz familiar e rouca. A frase era estranha, absurda para mim. 
“Acautele-se.”  Ele repetiu e então ouvi os rosnados atrás de mim. Virei-me em  tempo de ver a matilha avançar pela caverna, com suas presas afiadas e caninos expostos na minha direção.
O lobo cinzento se postou de maneira protetora à minha frente, também rosnando, protegendo-me dos demais. O homem continuava parado, apenas assistindo.
“Cuidado ao andar com lobos.”  Falou de maneira agourenta.
Os rosnados estavam  perto e altos, ensurdecedores e eu sequer conseguia dar um passo para fugir.
“É melhor você ir agora.”
Assustei-me, não era mais o homem que falava, mas meu lobo cinzento. Ele estava em posição de ataque enquanto um outro lobo branco avançava rapidamente e pulava pronto para agarrar em minha jugular.
“Acorde!” 
O lobo cinzento gritou.
No momento em que os animais se chocaram, acordei no chão.
Havia caído da cama durante o sono.
Levei a mão ao pescoço automaticamente e procurei pelos rosnados ao redor. 
Não consegui mais dormir naquela noite. 

Não era a primeira vez que sonhava com lobos, mas mesmo assim aquilo me abalou. Tudo havia se passado em menos de quinze minutos desde a hora que havia me deitado. Pareceram horas. 

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Quando...

Deserto da Vida

Tatue-me


Me tatue em tua mente,
com tinta de cor e emoção.
Faz-me assim, permanente.
No  teu pensamento e coração.
Faz-me areia do teu deserto,
ou o vento que nunca te deixa dormir.
Faz-me, incômodo, errado ou certo.
Mas ache uma maneira de não esquecer de mim.
Faz-me a canção que não para de lembrar,
ou o filme que quer sempre assistir.
Para que mesmo sem querer, de tanto cantar,
vai ficar assim, lembrando sem fim.
Faz-me presente, na minha ausência.
Ao invocar meu nome nos cadernos antigos
E naquele vidro seco de essências,
do perfume que comprei contigo.
Faz-me parte de teu baú de lembranças,
para que possa sempre me ter guardada.
Transforme-me na tempestade, na bonança.
No que eu estiver fadada.
Faz-me presa e libertadora.
Faz-me, o que quiser, o que for.
Só não me faça uma foto esquecida,
de um velho e findado amor!


Lorem Krsna

Mudei


"Vivia me perdendo dentro de mim, procurando respostas
para as coisas que tanto me invadiam.
As coisas que hoje vejo que não precisam de explicação.
Me isolei de tudo que poderia aparecer
e me causar dor.
Até ver que a dor estava no isolamento...
Corri de tudo e todos que pudessem me ferir,
até o dia que que vi que fugindo de meus medos
não os faziam sumir.
Eles estvam entranhados em mim!
Pensei tantas besteiras,
que me arrependo de NÃO ter feito...
Gostei de pessoas,
e não as deixei ficar por perto.
Disse tanto adeus quando quis dizer "fique!"
Virei tantas páginas que devia rasgar.
E vejo hoje que essas devem ser as besteiras que fiz
e sem precisar pensar.
Mudei,
mudei muito,
o que não se significa
que ainda não vou mudar mais.
E que vou deixar de fazer besteiras.
Mas ao menos vou cometer novos erros
ao invês dos antigos."


"O monstrinho de baixo da minha cama
não sumiu quando acendi a luz,
mas sim quando iluminei meus pensamentos!"
Lorem Krsna

Te Quero


Quero o mais do mesmo, 
do antes do agora. 
Quero me desfazer no passado,
me inebriar no presente, 
quero a doce contradição das coisas.
Quero sentir-me ser sentida. 
Quero o calor, 
quero o frio, 
quero a emoção,
e a frieza.
Te quero por inteiro,
mas também a metade que me couber.
Quero me partir em mil pedaços, 
para enfim juntar-me. 
Me perder para me encontrar. 
Quero a voz e o silêncio 
das mesmas coisas em que me perco.
Quero o choro e o riso, 
contanto que tragam o alivio que busco. 
Quero a liberdade, 
e quero me aprisionar em teus gestos.
Me vejo derrapando na lâmina da espada, 
sem saber para que lado pender.
E vejo minhas asas de cera
perigosamente perto do sol.
Me vejo na paixão pelas coisas,
mas sem amá-las. 
Me vejo fugindo das dependências de sentimentos,
e ao mesmo tempo
no entanto, 
fazendo de você a droga que preciso.
Quero tudo o que me for reservado,
e mais o tanto que escondem de mim. 
Quero aquilo que você me oferece
e o que eu tomo de assalto sem pudor. 
Quero teu ódio, 
ou qualquer sentimento
que te faça lembrar de mim. 
Quero também o teu amor.
Quero te ver assim, 
tão escravo de meus pretextos. 
Quero te ter assim,  
preso na minha teia de contradições, 
sem chance para fugir!. 
Lorem Krsna

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Sobre princesas, principes e sapos


 Andei muito pensando na série desenhos de princesas da Disney. Pode parecer meio infantil, bobinho as vezes, mas quando você se pega a analisar a vida de cada uma, é incrível as conclusões que você pode pegar dessas donzelas e de seus cavaleiros, cavalheiros e principes. Acabei até mesmo encontrando muitas pessoas com personalidades semelhantes próximas de mim.

Iniciando com uma das minha favoritas por ser incomum. Bela. Ela não é princesa, mas sim filha de um inventor matusquela que vive explodindo a casa. Ela vive com a cara enfiada nos livros, e tem ambição de não permanecer na cidade do interior onde vive. Onde, temos que admitir, o povo tem a mania comum de viver falando da vida dos outros (cantando para ser mais exata). Tem horror ao bonitão machista que quer casar com ela, E É RODEADA POR UM POVO CHEIO DE PRECONCEITOS. É fechada,e teimosa. Além disso o seu gesto de altruismo não é tão fora de propósito como em outros contos. Ela fica presa no lugar do pai, como creio que alguns fariam também em seu lugar (ao menos creio nisso né!). E tem a fera, o principe da história. Outro que me agrada por ser incomum! Ele não é perfeitinho. Sua personalidade é falha, preconceituoso e também grosso e mal-educado. E nem anos e anos enfeitiçado o fizeram mudar. Além da aparência, lógico. As discussões iniciais entre ele e Bela são as tiradas mais divertidas da história, e sua tenacidade em relação a ele é impressionante. Ele se pega com alguém com a lingua mais afiada que a sua, e descobre que o medo não vai fazer com que ela faça o que ele quer. E quando ela passa a muda-lo, algo que nem um feitiço conseguiu fazer, nos faz pensar em nossos conceitos sobre o poder que os sentimentos tem sobre as pessoas. Mas a parte final para mim é a que demonstra mais a personalidade de Bela. Quando ele se transforma em um belo principe, ela fica arredia, e só se aproxima ao fitar seus olhos e o vê. Pois o que a encantou foi a personalidade da fera, e não sua aparência. Essa história, da aldeia de pessoas superficiais aos moradores do castelo encantado mostra verdades sobre as pessoas que nos rodeiam. Já vi pessoas sendo mudadas pelos sentimentos, e sem se ligar a conceitos pre-concebidos.Já vi pessoas que não aceitam perder, e também outras que tem a capacidade de mudar todos ao seu redor. Já vi colegas que se fecham em seu mundo, e outros que colocam uma "máscara de fera" para assustar e impedir que se aproximem  demais e acabem descobrindo os verdadeiros principes e princesas que há neles.Certo, nunca vi xícaras falando e dirigindo máquinas mas tudo bem, deu pra entender.

A segunda história que acho incomum é Aladin. Aliás nem sei por quê está no ramo das Princesas se o principal é um homem! Mas tudo bem, vamos analisar Jasmim. Princesa rica, presa em seu mundinho, e que tem a mania de falar com um tigre(aquilo é um tigre né??). Foge de casa para não ser obrigada a se casar, já que tem a mania de espantar pretendentes que nem moscas da manga (conheço uma certa pessoa que também foge de casamento como o diabo da cruz!). Ao se deparar "com o lado de fora" vê que as coisas são bem diferentes do que pensou, aí vem aquilo de que aquele que não aprende com  o mundo é uma criança. Ela é confundida com uma ladra e encontra Aladin que a ajuda, achando que ela realmente é uma delinquente como ele. Alandin é um anti-herói inicialmente. Ele não é principe, e tudo o que quer é sobreviver com Abu. Mas sempre se depara com situações que o fazem ajudar o próximo, embora ele sempre pense muito antes de fazê-lo. Nada de heroismos descabidos, já que em boa parte da história ele só quer se dar bem e ser rico.Quem não haje assim uma hora ou outra? Quando descobre que Jasmim é uma princesa ele passa a história tentando ser um principe para casar com ela. Mente por medo. Bem, no final tudo dar certo, e eles ficam juntos, sendo sinceros, e sem que Aladin seja um principe. Mas eles passam por maus bocados antes de enfim aprenderem. Essa história é cheia de mentiras em prol de "boas causas", mas no fim só a verdade faz com que as coisas se ajeitem. No decorrer da trama o casal vai amadurecendo, e isso é bom. Já vi isso na realidade, e muitos amores não sobrevivem a esse processo de mentiras e perdão. E as vezes só fica a magoa. Mas é bom uma segunda chance para os sentimentos.Esse dois personagems erram muito, por isso me pareceram tão mais humanos. Até tapetes, macacos,tigres, araras (ou papagaios? Ainda não descobri isso!)  e gênios doidões parecem humanos em suas personalidades e sentimentos.Como na Bela, os personagens secundáros também nos passam lições. Além de também não confiar em um cara estranho lhe falando para entrar em uma caverna estranha atrás de um objeto mais estranho ainda!

Branca-de-neve é a personagem mais tonta que já vi. A Madrasta usa ela como escrava e capacho, sendo que o castelo é dela, e ainda assim ela obedece e no lugar de se rebelar fica que nem uma idiota limpando calçada e falando com pombos, sobre sonhos e amores. Qual é...? Só quando se vê na cara da morte resolve "dar com o sebo-nas-canelas", e ainda assim por que o caçador a afugenta, ou então ela ficaria lá o olhando como a tonta que era.É a típica Amelia, que adora sofrer calada dando uma de coitada. O Principe também é um idiota que a unica coisa que faz na história é cantar e beijar. Os unicos espertos são os anões, esses sim valem a pena. O Zangado, por exemplo, é o unico que parece enxergar a realidade dos fatos. Eu conheço muitos amigos com personalidades parecidas com a dos anões, e tenho pessoas proximas de mim assim. A besteira final da Branca-de-neve é comer a droga da maçã. Hoje em dia acho que ninguém seria bobo de confiar em um velhinha dando maçã dos desejos. Ao menos espero. Não sei nem se esse final feliz estava certo, mas tinha que ser. Só que sempre imaginei como seria a relação dos dois quando casados, e ri muito com isso. 

Ariel é a princesa mais teimosa e cabeça-dura que já vi. Do começo ao fim ela desafia ao pai, e as normas estabelecidas. Adolescente rebelde e apaixonada, com uma personalidade forte e voluntariosa.Um pai rígido também é um ingrediente a mais para o resultado. E o fato de ela se apaixonar por alguém justo da espécie inimiga de seu povo, e principalmente de seu pai faz com a história seja uma luta tremenda de uma jovem contra a sociedade em que vive.Ariel se depara com algumas decisões erradas, como se aliar a alguém de caráter duvidoso. E o pai dela também erra, em não saber parar para ouvir a filha, e teria acontecido algo bem diferente e menos doloroso.E esse não continua sendo um dos maiores problemas dos pais? Cada um sabe a dimenção de seus problemas, e ao menosprezar os da filha, e sua capacidade de correr atrás do que ela queria a custa de tudo fez com que aquele homem tivesse muita dor de cabeça. Ele não procurou um consenso, nenhum dos dois procurou. Ao se ver presa a um feitiço e uma promessa Ariel teve que lutar para conquistar aquele que amava, e novamente com auxilio de animais falantes com personalidades humanas.O principe deve ser meio cego para não perceber o que estava acontecendo. E não reconhecer a mulher quo o salvara. Mas mesmo assim foi aos poucos se apaixonando por Ariel, não a fantasiosa que imaginava, mas a real alí em sua frente. Com uma ajuda de seus amigos, eles conseguiram vencer as dificuldades, passaram pela vilã. Mas o que de fato foi uma lição preciosa, foi o fato de pai e filha conseguirem um entendimento no instante em que um se pôs na mente do outro. Ele viu tudo pelo quê a filha passou para conseguir sua felicidade, e sacrificou seu orgulho em nome desse amor. É uma lição pra muitos pais e filhos, para que aprendam a ouvir um ao outro. O Principe Eric também foi ativo na história, e lutou pelo o que queria. Enfim. foi a típica história da jovem voluntariosa e rebelde desafiando a todos pelo o quer, e quando veem o que ela quer como um capricho, ela assim não enxerga. Talvez a luta toda de Ariel tenha sido em parte para provar para o pai que ele estava errado. E ela o fez.

Cinderela é interessante. No inicio a vi como mais uma tonta que deixa os outros mandarem nela, e pensei mesmo que ela era tão dependente da madrastra e de sua filhas como elas dela. Parecia precisar que alguém mandasse nela! E o fato de falar com ratinho falantes e passaros azuis então...sério indicio de complexo de princesa  bobinha (Aliás, deu para perceber que essa princesas tem mania de conversar com animais, as coitadas devem ou ser loucas ou solitárias, mas o mais bizarro é que eles respondem!) . E quase até o final dessa história toda ela só é mandada, reclama com os ratinhos e pronto. Os animais são mais ativos que ela para correrem atrás do que querem do que ela mesma. E o principe só aparece duas vezes, ninguém sabe quase nada dele. Bem, no fim ela consegue, e luta pelo menos por sua felicidade.
Agora, os demais filmes da série, apesar de não ter muito com a história escrita me deixaram pasma! O qua acontece depois do final feliz? Mostra tudo pelo o que Cinderela passou, como uma ex-empregada, a princesa. Os preconceitos que venceu e tudo o mais, e vemos que ela não é nada tonta afinal. Mas o terceiro filme é o mais fascinante. Mostra como teria sido se as coisas não saissem como ela queria, e a varinha caisse justo nas mãos da madrasta.A vilã faz com que a história volte atrás e impede que cinderela assuma seu real papel, fazendo com que uma  de sua filhas se passe por a real dona do sapatinho. Estrago! Cinderela mostra ainda mais sua personalidade guerreira, com ajuda de seus amigos ela luta novamente e com garra em prol de sua felicidade. E some o complexo de princesinha e ex-empregada. Mostra também a personalidade do principe, finalmente. Mesmo sob feitiço, ele reconhece Cinderela depois de um tempo como aquela que ama, e luta contra todos por ela. Fala com animais falantes, pula janelas, voa até um navio e a recupera antes que ela seja deportada e exilada. Todos os personagens aparecem como realmente são. E também há o fato de Anastácia, a filha da madrasta, que antes era invejosa e egoista vá mudando no decorrer da história e no fim seja uma das mais fortes aliadas de Cinderela. A luta titanea por um final feliz, mostra que não basta uma madrinha mágica para conseguir o que se deseja. 

Aurora/Rosa, é uma que passa boa parte da história dormindo. Bom, não é a toa que a história é Bela Adormecida. E ainda há o típico principe que salva a donzela indefesa. E os mal-entendidos também não são poucos. Novamente animais que conversam com a princesa (esses não respondem), e há três madrinha engraçadas, que para mim foram as melhores da história toda, apesar de um tanto atrapalhadas. Bom, a lição é: não há mal em ser hipócrita as vezes, para um bem maior.Se houvessem convidado a bruxa, não havia tido toda essa confusão. O que mostra que uma mulher com o orgulho ferido é um perigo (AVISO PARA OS HOMENS). Bom, o fato da princesa ser perfeitinha demais também deve ter causado inveja. Será que ela não tinha nem caspa, sei lá? No final tudo deu certo, e o principe beijoqueiro acordou a amada, o mal -entendido foi desfeito também, os reis que adoram impôr casamentos forçados aos filhos se deram bem também, já que os dois já estavam apaixonados mesmo. A unica dúvida: Azul ou rosa?!

Umas história que não aparece muito como as princesas da Disney ( mas que para mim o é), é Anastácia! Além de ser baseada em fatos reais (o que nem todo mundo sabe), com uma pitada de fantasia (pitada bem grande), ela mostra com clareza os erros humanos.Demitri não é principe, mas o menino que ajudava na cozinha, e depois um espertalhão caloteiro. Anastácia, uma princesa desmemoriada que conversa com um cachorro fofinho. Ela é uma princesa diferente, e o fato de ter sido criada em um orfanato fez-la ter uma personalidade bem interessante. Novamente mentiras os fizeram afastar-se, mas a verdade chegou a tempo de os ajudar. E os sentimentos também os mudaram. Confesso também que acho aquele morceguinho do Rasputin muito fofo.E fico feliz que ele tenha se ajeitado no fim. O cenário da história também era tão real, que mexia com quem assistia. Uma das histórias mais incriveis, e o fato de ter um pé na realidade nos faz pensar se não há tantas histórias por aí que mereceriam se transformar em um conto. Quem quiser pesquisar sobre a realidade dessa história, dê uma olhada que vale bem a pena. O final também não foi piegas, nada de felizes para sempre. Foi mais "aproveitem bem". E me fez pensar no quê eu sacrificaria em nome de um amor.

Por fim, lendo os livros e depois as histórias retratadas nos filmes da Disney sobre essas princesas, você vê muitas diferenças em algumas. Como o final trágico de Ariel na história original. E o fato de no livro ela não ser tão movida pelo amor, mas pela vontade de ter uma alma imortal. E a bondade excessiva de Bela no livro, fora muitas outras diferenças, principalmente na Fera. E a Cinderela também ser mais bobinha na história. Ou em aladin, Jasmim não aparecer tanto quanto no filme. E por aí vai. Vale a pena ler a história antes de assistir o filme, você a enxerga com uma mente mais aberta e crítica. Gostei muito de alguns finais dos filmes, mais do quê das histórias originais, e de outros nem tanto.Mas nos filmes eles conseguem expor a personalidade de cada personagem de um modo interessante, além de fazer com que os personagems secundários sejam peças-chave para o desfecho. 
Também vi muitos desses personages fantasticos no meu dia-a-dia, e outras tantas histórias que se bobear dariam otímos contos-de-fada da realidade. E o mais incrível, é que ela não terminam no felizes para sempre, mas prosseguem depois da ultima página, com suas desventuras e desafios.Com princesas e principes humanos, com suas falhas e caráter. E isso é fantástico!   

Lorem Krsna de Morais Sousa

Um dia cheio: coisas que aprendi ao tirar meus óculos cor-de-rosa.

Aprendi que controlar a raiva ainda é a melhor forma de evitar problemas.
Aprendi que muitas pessoas atribuem a palavra experiência aos seus erros.
Aprendi que sempre temos novos erros a cometer, e por isso é perda de tempo cometer erros antigos.
Aprendi que há pessoas que vivem, e outras que simplesmente existem.
Aprendi que fazemos o bem ao próximo por pura satisfação pessoal, e que assim o benefício ao outro seria um bônus.
Aprendi que se você passa a vida esperando, a unica coisa que ganha são cabelos brancos.
Aprendi que o mundo ainda é o melhor mestre, e que aquele que não é educado por ele será sempre uma criança.
Aprendi que há uma probabilidade bem maior de "a bruxa estar solta" do quê surgir o principe encantado.
Aprendi também que as vezes os sapos são mais simpáticos do que os possíveis principes.
Aprendi que ser chamada de "boazinha" não é legal.
Aprendi que as pessoas são maravilhosas, até que as conheçamos.
Aprendi que aqueles com quem posso contar são os que me conhecem e ainda assim são meus amigos.
Aprendi que até um chute no traseiro te impulsiona para frente.
Aprendi que é melhor ser mal-educada e falar com a boca cheia, do quê falar com a cabeça vazia.
Aprendi que é mais fácil gostar das pessoas, do quê esquecer de alguém de quem já gostamos.
Aprendi que as vezes é melhor calar-se e parecer uma idiota do quê falar e acabar confirmando.
Aprendi que o inferno deve estar cheio de pessoas interessantes que passaram por aquí.
Aprendi que as vezes uma má ação de um inimigo causa menos estrago do quê as boas intenções de um amigo.
Aprendi que com a idade só surgem mais perguntas ao invês de respostas.
Aprendi que quando uma mente se expande para uma ideia nunca volta ao seu tamanho normal.
Aprendi que tenacidade é só uma forma bonita de me chamarem de teimosa.
Aprendi que virtude precisa de freios.
Aprendi que é melhor ter medo do escuro do quê da luz.
Aprendi que a coragem sem medo faz de você um imbecil, com uma probabilidade remota de se chegar a maior idade.
Aprendi que o tempo é o melhor remédio para as feridas, e que lamentar-se antes do ocorrido é sofrer duas vezes.
Aprendi que é preciso arranjar alguém para dividir as alegrias e multiplica-las, e para compartilhar a dor para dividi-la.
Aprendi que se não tenho as melhores respostas, posso pelo menos fazer as perguntas mais espirituosas.
Aprendi que em um dia da minha vida posso crescer anos incontáveis, mas que há pessoas que simplesmente deixam a chance de amadurecer passar por puro temor de deixar de enxergar a vida com os oculos cor-de-rosa.
Aprendi que o "felizes par sempre" está nos conto-de-fadas, mas o aproveite enquanto durar está no manual de sobrevivência de todo mundo. Por isso é perda de tempo ficar tão preso em conceitos, preso a princesinha que sofre calada, boba e sem graça. Ou o principe perfeitinho, que parece não ter medo de nada.Não há graça nenhuma em ninguém que não erra em nada!
Não há nada demais na donzela salvar o guerreiro de vez em quando.
Ou no princípe se cansar da donzela sem graça  e se apaixonar pela bruxa má e tentá-la fazer mudar de personalidade.
É, admito que muitos não gostariam desse final, mas seria bem mais parecido com a realidade das coisas, e faria a princesa deixar de ser tão tonta!
E não adianta culpar só a "bruxa" quando as coisas saem do controle... Tem gente que não precisa de ninguém para estragar a felicidade. Só ela mesma.
Enfim, aprendi a achar também a culpada em frente ao meu espelho, e não só apontar para causas externas...e nem por isso posso ficar parada feito um cordeirinho manso me culpando a espera do lobo-mau do conformismo.
Eu sou a unica que posso assumir meus erros, e tratar de mudar as coisas. Ou me adaptar, dependendo da ocasião.
Pois isso sim faz parte da real arte de viver a minha vida.
E olha que aprendi isso em um unico dia.Foi só fazer a coisa mais simples, e que quase ninguém faz :
ABRIR OS OLHOS!  

Vasculhe

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