segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

NAU

Nau

Desatam-se os laços dessa cadeia de intrigas,
Que perseguem, tão acompanhados e tão sós;
Perdem-se no que outrora encontraram-se,
Somem-se os laços,criam-se os nós.

As paixões são amores mentirosos,
que de táo intensos se passam por verdades,
ao ponto de querer o outro só pra sí,
de ter o caminho e se perder na cidade.

Não passamos de naus afundados
que enferrujam no fundo do mar,
corroidos pelos proprios enganos
um cemitério de navios a enferrujar.

Navios onde outrora festejaram amores,
e que só sobraram lembranças.
Furos no casco causados por mentiras...
mas para velejar querem esperança.

E o vento que enfunou as velas
não forma mais que tempestades,
A nau que descança a espera de nova paixão
que a trará de volta aos mares!

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