terça-feira, 25 de agosto de 2009

Mahar

 
O que veio até mim foram ventos de novas paragens,
que trouxeram sussurros perdidos
que há muito deixei de ouvir.
Até mim,vieram falsas palavras,
que antes acreditei que fossem verdades,
até descobrir que sou muito mais
do que uma luz que bruxuleava na escuridão da noite
E que poderia ser apagada com um sopro.
Sim, posso renovar minhas crenças
sem perder meus ideais.
Até mesmo as esquecidas folhas que apodrecem,
estrumam o chão de belas flores que vão florescer.
Até os ditos loucos tem algo de importante a dizer,
mesmo que poucos aprendam a ouvir o seu silêncio,
que é o que grita mais alto.
E esse vento que sopra a areia em meus olhos,
me diz coisas que já cansei de ouvir.
A lança que empunhei talvez já caia em ferrugem.
O meu grito de batalha já rouco
talvez não chegue aos ouvidos de quem chamo.
Talvez eu esteja mesmo presa em um cemitério de ideias,
que morreram ainda no ventre de quem as criou.
Mas estou de pé.
Ainda recebo este vento em minha face não resignada.
Ainda espero que nasçam as flores
estrumadas de minha folhas mortas,
para que meus ideais por quais luto
possam florescer pela manhã que vai nascer.
Lorem Krsna

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