sexta-feira, 10 de setembro de 2010

o Fogo e o gelo


A frieza que em mim emana
confundiu-se com tua pura chama,
e fez dança tão diferente.
Na tua boca, o meu drama.
Que queima, sussurra e inflama.
Que diz o que quer, loucamente.

Não há nada, queimo-me e sofro.
Me acho, me perco de novo.
Provoco o teu arrepio.
Vamos do céu, ao mais fundo poço.
Somos o duro gelo, o volátil fogo.
Tu és o calor, eu o frio.

Na nossa dança, só há perigo,
e mesmo assim, contra tudo te sigo,
valso em tua voz, em tua mão.
E quando este calor acabar comigo,
ainda assim, consigo,
murmurar pura emoção.

E o fogo que toma tudo,
luta contra o amor mudo,
daquele que tenta detê-lo.
E os maiores inimigos do mundo,
amam-se e destroem-se em baque surdo
o Fogo morre, e derrete o gelo. 

Lorem K

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