sábado, 24 de dezembro de 2011

Doce ou intragável



“Se meus demônios me abandonarem, temo que meus anjos desapareçam também” Rilke

Não sou uma pessoa fácil. Nem mesmo definível. Alguns me consideram doce. Já me chamaram de anjo. Outros me vêm como uma teimosa, intratável, com resposta pra tudo. Incapaz de demonstrar aquilo que sente a quem for.
Se me pergunta quem sou destas, posso dizer que todos podem estar certos. 
Ou errados. 
Por que ser só uma coisa? Não sou uma pessoa boa, não todo o tempo. Mas também não sou totalmente ruim. Tenho meus anjos e meus demônios pessoais, meu inferno e meu paraíso, e necessito de ambos para ser quem eu sou. É assim que me equilibro no fio da navalha.
Faço coisas que as pessoas não acreditam que sou capaz. Que sou eu. Mas sou eu sim. Sou tão capaz de morder quanto de assoprar. De me importar quanto de ignorar. De te amar, quanto de odiar.
Posso ser um poço sem fundo, ou transparente.
Posso ser perigo ou calmaria. Não gosto de nada mais ou menos. Posso te amar por uma vida inteira sem que você tenha ideia, ou fazê-lo saber disso no exato instante. Dependo do dia, de minha estação.
Posso ser tudo isso, ou nada disso. Doce ou intragável. Depende de quem vai engolir ou cuspir.
Lorem Krsna

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