terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Quando nos permitimos conhecer

Quando nos permitimos conhecer...

Sempre fui uma pessoa de difícil trato e não nego. Quando eu quero me fecho como caramujo, baú trancado a que ninguém tem acesso a chave.
E da mesma maneira que apago a luz e me torno inalcançavel, posso simplesmente me tornar um livro aberto. Tagarela, até que alguém diga chega e tenha vontade de as vezes me mandar dentro do tal baú para uma viagem de férias para o Alasca!
A verdade, é que há pessoas com quem compartilho meu riso fácil e meus momentos de desalento e fúria. Heróis e heroinas que me conhecem e ainda assim gostam de mim (hehe) , e há os que não conheço, e não tenho brecha.
Mas que posso vir a conhecer.
Uma amiga me dava sempre um visão otimista da vida e das pessoas, ela dizia que não há pessoas que não gostamos, mas sim que não conhecemos.
Queria mesmo ter todo o seu otimismo. Muitos vezes tenho que adimitir que perco a fé...
Não sei como mudar o que sou para tentar me adaptar, sem acabar perdendo a mim mesma. Sem acabar detestando aquilo que me torno.
O que sou agora?
Para alguns um baú trancado.
Para outros um livro aberto (com algumas folhas arrancadas e sem coerência). A legal e a chata. A esquisita e a incompreendida. A que quer o mundo na mão e  que tem crises de inferioridade. A atrevida e espirituosa, a apática e totalmente destraída. A desastrada e a...desastrada, isso não muda(^^). A bem-humorada, e a insuportável. A inteligente e a desentendida. A esperta e boba. A que não vê, a que vê e muitas vezes não acredita...
A que quer conhecer a todos...
e ficar só consigo mesma.
A que quer o abraço forte, e a que foge.
A teimosa e a que pede desculpas (esta demora a aparecer...).
A cheia de ideias, a que tem ideais.
A que ri até cair, e a que finge que não entendeu a piada.
A que se apaixona...
A que ama.
E odeia.
A que luta e a que tem ...medo.

Me pergunto como uma pessoa só pode ser tão diferente, se tornando...duas?
Qual delas eu sou?
Como me permitir conhecer, se a mim falta a resposta?
Enquanto isso sigo com minha alegrias e meus dramas.
Minhas crises e minhas certezas.
Tentando ser eu, mesma que não entenda como esse "eu" se comporta, mas sabendo que posso ser tão feliz como quanto me permitir.

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