domingo, 24 de março de 2013

Saudade crônica





Às vezes me sinto cansada, velha, solitária e em dúvida demais.
Nada a que me apego, pode retribuir, e por isso aprendi a não esperar demais, e ainda assim, por vezes espero. Espero enquanto me sento na calçada no fim de tarde e vejo como o dia acaba em estranha e bela melancolia, com um café ou um chá a descansar na mesa, ao lado de um livro, ao som de uma música, e repleto de pensamentos tortos e saudades meio vagas...
E eu sei que por mais que a mente obrigue, nunca vai deixar de ser diferente. E até mesmo essa tristeza solitária me faz me sentir bem, como se a plenitude de um sentimento completo me deixasse presa a estranha sensação de alcançar a linha de chegada, e não ver nada a frente. Por que sou sempre eu que gosto mais, que sinto mais...E ainda assim a que termina vazia.
Nada consegue durar tempo demais em mim, pois vem com tanta intensidade que depois se apaga, mas não morre de fato. Talvez por isso sofro de saudade crônica de tudo que vivo deixando para trás. E vivo esperando o que não vem, pois já se foi há muito tempo.

Lorem Krsna 



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