Ler sempre foi um hábito para mim, desde quando ganhei meu primeiro livro aos oito anos e entre uma palavra vacilada e outra entendi a história.
Durante minha infância e adolescência me tornei uma devoradora de livros e até (que ousadia!) inventei de bancar a escritora também...
E foram tantas situações engraçadas por que já passei para conseguir um livro... É como um vício absurdo, as vezes me pegava sem dormir ou comer para terminar aquele ultimo capitulo que não chegava nunca. Já ri, e chorei lendo histórias. Me revoltei com personagens e perdi o sono preocupada com eles.
E então, uma certa feita absurda li um livro de 300 páginas em uma noite e minha mãe descobriu. Veio então a proibição dolorosa, eu estava (parece piada!) proibida de ler qualquer livro durante um mês, salvo os de caráter acadêmico.
Lógico que eu não obedeci.
E é claro que ela descobriu (não é fácil esconder uma coleção de José de Alencar, principalmente quando se é louca para terminar logo de lê-los ).
Então ela tomou uma atitude drástica: Proibiu a bibliotecaria de me fornecer livros da biblioteca.
A bibliotecaria a obedeceu, ela não me entregou nenhum livro da biblioteca durante um mês.
Mas minha mãe não havia dito nada sobre os livros da casa dela. (rsrs)
E foi assim que D. Marisa, bibliotecaria e minha "chapa" acabou em uma reviravolta se tornando minha fornecedora "do mercado negro literário", e já que ler é um vício para mim, não é que posso dizer que ela foi minha traficante? (rs, Deus queira que ela não leia isso!).
Mãe, se a senhora ler esta postagem (não leia!), sinto muito... Não, espera. Não sinto não. E a senhora me conhece e sabe que não... (rs).
É gente, mas eu acho que ela sempre soube que eu a enganei... Coisas de mãe.
Bom, essa foi uma situação. Ainda houveram tantas...
Já ouvi muito essa nas livrarias: "E aquí é biblioteca?"
Bem, eu nem sempre tinha dinheiro para comprar livros.
Esta bem, eu NUNCA tinha dinheiro para comprar livros. E nem tenho ainda, meu primeiro salário quando me formar vai a metade para a minha biblioteca pessoal (doações, trocas, rolos e presentes de aniversário, além de um ou outro que encontrei por aí.)
É gente, certa vez um grande amigo me disse que não entendia como com tanta ruflees e música no mundo alguém poderia ainda procurar algum vício para se sentir nas nuvens. E há os livros. Não faz mal (E que nenhum gaiato faça a pergunta: E se uma estante cheia deles lhe cair na cabeça? Aí a culpa não é dos livros, mas do seu azar. Vai se benzer criatura!), ao contrário, conheço pessoas que se dizem salvas pela leitura. Ler é uma hábito que abre sua mente, claro que com tanta porcaria por aí você deve filtrar o que pode lhe acrescentar. Nada de acreditar em tudo o que lê. Você não deve nem acreditar em tudo o que vê, imagine ler...
E hoje em dia, com o alto poder dado pela internet qualquer um pode escrever qualquer coisa e espalhar pelo mundo. Então cuidado, tanto com o que lê como com o que escreve. Na internet se escreve à caneta, não à lápis.
Então é isso pessoal, quem quiser fazer doações para meu acervo pessoal (rsrs), estamos aceitando.
E quem tem uma história engraçada sobre algo que lhe aconteceu ou há um conhecido que assim como eu, tem este vício delicioso pode mandar!
Vamos rir juntos de sua desgraça (rsrs).
Valeu!
Lorem Krsna
Lembrei de duas pessoas:
ResponderExcluiruma - a minha primeira esposa.
duas - Matilda (do filme).
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Adorei ler. Texto gostoso.