segunda-feira, 30 de maio de 2011

Ponte para terabítia



Jess era um garoto comum, cujo a maior pretensão era ser o garoto mais rápido da quinta série. Isto até surgir aquela garota estranha, a novata. Leslie se vestia diferente, falava diferente e agia diferente. E parecia não se importar se ou outros a vissem como uma estranha sonhadora.
E se tornou a mais rápida da quinta série, deixando todos os meninos para trás, incluindo Jess.
E não bastasse isso, ela agora era a sua vizinha, e estava louca para forçar uma amizade.
E claro que ela acabou conseguindo.
E então os dois, juntos, adentraram em um mundo mágico chamado imaginação, e amizade. Tudo poderia acontecer. Quando estavam juntos, eram fortes e capazes. Eram aventureiros, os mais rápidos.
Leslei ensinou a Jess que sonhar não era ruim. Que a imaginação era algo capaz de nos fazer fortes e confiantes. De tirar a solidão e fazer tudo mais bonito.
E eles se tornaram os reis de um mundo só deles, Terabítia. Uma terra que ficava além de uma velha ponte de corda que atravessava um riacho. Um bosque comum, que para eles se tornou um lugar secreto e repleto de aventuras inimagináveis aos demais.
Lá, eles podiam alcançar tudo, desde vencer a distância entre Jess e seu pai, até vencer a valentona da escola (e ficar amigo dela).
Uma amizade que os faziam fortes, e uma história que tinha tudo para ser bela, finda tragicamente.

A ponte para terabítia é um livro de Katherine Paterson, o qual eu li no dia de meu aniversário de 18 anos e que me marcou. Um livro que me fez rir e chorar, e com o qual me identifiquei profundamente. Me vi muitas vezes em Leslie, a estranha sonhadora, com uma imaginação que a levava a seu universo mágico e particular, muitas vezes a fazendo ser vista como a diferente, a peixe fora d'água, a que não se encaixava ou era aceita.
Ou mesmo Jess, em conflito tantas vezes, sem muita confiança, escondendo suas maiores qualidades por medo de não ser aceito.
E até mesmo May Belle, irmã de Jess, que vê o irmão como o seu maior ídolo.
Me identifiquei com as relações, os conflitos, os medos e as pretensões de tantos personagens, que por vezes era como se fizesse parte da história. Eu era Leslie, Jesse e May Belle.
Durante todo o livro, me vi em uma leitura tão gostosa, que o li de uma vez sem ao menos perceber. E a medida que lia, ia notando alguns pontos que o faziam ser muito mais do quê uma leitura infanto-juvenil, mas mostrava conflitos que nos perseguem a vida inteira.
Quem é Deus? Ele existe? O que é a culpa? Como lidar com a morte, sem destruir quem somos?
A ponte para terabítia não é uma simples história, mas uma realidade, sobre amizade verdadeira, aceitar e compreender ao outro, para então aceitar quem somos. O respeito as diferenças, as ideias diferentes e a amenizar a dor da perda, pois aqueles que amamos, nunca se vão de verdade, pois sempre deixam um pouco de si, o legado que carregamos do quê eles foram e do que deixaram de bom aos que foram tocados por sua presença e luz.



Lorem Krsna


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