quarta-feira, 30 de maio de 2012

O que aprendi com meus Pais.



“Você não pode ensinar a criança a cuidar de si mesma, a não ser que a deixe tentar por si. Ela cometerá erros e a partir desses erros brotará sua sabedoria.” (Henry Ward Beecher)
Quando eu era criança, meus pais sempre falavam não no que eu seria, mas no que eu poderia ser. Eu não ganhava, eu merecia. Aprendi com eles a respeitar as pessoas, a filtrar conselhos. A ter paciência, mas a nunca baixar a cabeça, pois ninguém é melhor que ninguém, não importa em qual sentido extenso da palavra. Não importa o quanto esteja golpeada, sempre posso dar a volta por cima.
Ensinaram-me a falar na hora certa, e a me calar, pois o silêncio às vezes é o melhor conselheiro e a melhor resposta (e sei que nem sempre sigo isso, minha impetuosidade se sobrepõe a racionalidade). Ensinaram-me a viver entre reis ou a plebe sem perder minha essência e esquecer quem sou,  de onde vim, e para onde vou. E que sempre – Sempre!- haverá alguém que tentará me fazer desviar-me do que quero, e que dependerá de mim, e apenas de mim, saber me defender neste momento a partir da certeza de saber quem sou e de quem busco ser.
Meus pais me ensinaram a diferença entre ter caráter e ter reputação, e a filtrar a críticas, me defender dos golpes, não importa de onde viessem. Para que nunca deixassem ninguém dizer-me que não poderia fazer algo, que não seria capaz, mesmo eles mesmos. E eu cresci tendo plena consciência de minhas capacidades, principalmente de surpreender. 
Fui criança como deveria ser. Brinquei muito, arranhei meu joelho, cai, briguei na escola. Quebrei a cara, fiz amigos, inimigos. Amei, me decepcionei, e vou aprendendo...
Aqui estou eu, pai, mãe, fruto de tudo aquilo que me ensinaram, e da capacidade que me deram de aprender com a vida e no mundo. Sei que nem sempre sigo aquilo que deveria, e aí me serve outro ensinamento: O de levantar depois de errar. Afinal, o erro caminha ao lado da humanidade que carrego em mim, e que há em todos nós. Vocês não tentaram me fazer perfeita, tentaram me fazer descobri que eu sou, e a partir daí encontrar um caminho. E dou Graças a Deus por isso. Perfeição é ilusão. Ilusão causa dor.
Acredito que não estou nem na metade do caminho, e que ainda há muito para todos nós, mas sei que graças a vocês, estou encontrando meu caminho. Faculdade, amigos, decepções, aprendizados. Vou vivendo. Não refazendo os passos que um dia fizeram, mas a base do que me foi passado, criando minhas pegadas. Nem sempre agradeço por isso, pelas pessoas maravilhosas que tive o prazer de ter como guias, não me passando uma ideia ilusória de uma perfeição que não existe, mas que me mostraram os declives e aclives do caminho, e que ninguém acima de mim tem a capacidade de buscar minha maneira de ser feliz!



Lorem Krsna  

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