quinta-feira, 30 de junho de 2011

O que você faria se...

Foi há alguns anos atrás, e eu acabara de receber uma enquete, daquelas que alguém "rodava" na sala de aula um caderno de perguntas sobre aquilo que você não deveria contar, e muitas vezes não era mesmo da conta de ninguém. Uma maneira da turma se conhecer (em verdade, de ter assunto para fofoca uns dos outros), mas enfim, recebi o tal caderno no intervalo.
Óbvio que li as respostas alheias, e ri muito. Alguns respondiam somente para avacalhar, e as perguntas em si não ajudavam.
Mas fui respondendo.
Nome, idade, sexo (um engraçadinho respondeu: faço sim), prato predileto (os fundos,rs), quem você levaria para uma ilha deserta? (uma geladeira cheia de coca-cola e muita rufles), sonho, já beijou alguém ( sem comentários ¬¬) e por aí vai...
E então veio aquela pergunta, a última a que me demorei.
- O que você faria se descobrisse que iria morrer amanhã vítima de uma doença misteriosa?
Passei o olhar pelas respostas dos demais, e entre muitos "não sei"  algumas merecem nota.
A óbvia: Choraria muito
A ousada: Perderia a virgindade
A rebelde: Fugiria com o meu namorado para o show do RBD  no rio de Janeiro, então dormiria na praia e esperaria.
O prático: Escreveria meu testamento, tudo para o meu cachorro.
O suicida: me mataria hoje!
O guloso: Comeria muito.
A tocante: Pediria a Deus para viver um pouco mais.
Eu pensei. E pensei mesmo. O que eu faria? Passaria mais tempo com os que me eram caros? Me aventuraria a realizar feitos antes desejados? Buscaria uma maneira de fazer algo por que ser lembrada?
Veria o sol nascer... Diria as pessoas importantes para mim o que elas representam para a minha vida...
Tudo isso passou por minha mente.
O que eu diria a meus pais? A meus irmãos?
Comecei a pensar em tudo o que deixaria para trás. Havia tanto o que eu desejava fazer ainda! Reparar certas tolices...
Desejaria que o tempo voltasse, para que andasse mais leve, sem uma mochila sempre cheia de desculpas e um para-quedas.
E eu pudesse fazer algo de útil para alguém...
"Não, eu não quero morrer ainda!" Comecei a me apavorar mesmo.
Olhei para o caderno a espera de resposta.
"O tempo não pode voltar...'
Então me apeguei a única resposta de uma teimosa irremediável. Risquei as palavras e ri satisfeita.
- Não acreditaria. Pediria novos exames.

Lorem Krsna

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