sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Filme De volta para o presente.- Quem quer ser mesmo igual a todo mundo?



Obra do seriado One tree Hill que define bem algumas ideias do filme


Estava assistindo um filme esta semana deixado em meu PC por meu irmão nas férias. Este filme tinha assistindo há muito tempo, quando ainda éramos crianças.
Mas sério, nunca havia muito parado para pensar nele do modo como o encarei agora. É uma história bem maluca, que inicia na época da guerra fria, quando um homem constrói um super abrigo embaixo da própria casa temendo uma guerra nuclear. Então um avião caí sobre sua casa, e pensando ter se iniciado a guerra, esconde-se no abrigo juntamente com a mulher grávida e lá permanecem por mais de trinta anos, esperando a suposta radiação da suposta bombar amenizar.
Seu filho então nasce e cresce dentro do abrigo, sem qualquer contato com outras pessoas senão os pais, ou com o mundo lá fora. No abrigo ele é educado, aprendendo sobre o mundo , mas sem realmente vê-lo. Até chegar o dia em que se torna necessário sua saída em busca de mantimentos, e ele descobre um mundo realmente diferente do que imaginava, por ser uma sociedade mudada em relação daquelas de seus pais viveram e lhe passaram.
Ele se torna um peixe fora d'água.
Bem, o filme é realmente muito hilário em alguns pontos, mas também me fez pensar em coisas que já aconteceram comigo, e sei que com muitos outros, e que inclusíve, já rendeu um poema no blog.
Afinal, quem nunca se sentiu, nem que por um instante, totalmente fora de sintonia com os demais, como se o lugar em que estivesse não fosse o seu, e as pessoas ao seu redor fossem de uma época diferente da sua?
É isso aí, acho que muitos já tiveram seu momento de peixe fora d'água. Muitos já se perguntaram o que estavam fazendo no meio de pessoas que parecem não estar nem na mesma dimensão em que você está.
Conversas diferentes, pensamentos diferentes, atitudes diferentes.
E ainda, mais estranho, tanta gente tentando ser igual aos demais. Se vestem com roupas da moda, o tênis da galera, a música das paradas, sem nem ao menos gostar realmente de tudo aquilo que consome. Não vejo sentido em fazer aquilo que não me agrada apenas para ser aceita, para não me sentir diferente.
Não quero me forçar a andar em uma linha que não é minha, me impor uma "normalidade", se meu ser normal não é assim. A vida é muito curta para andar fazendo aquilo que não quero, só para agradar os outros, me sentir como os demais, se sou tão feliz sendo apenas eu mesma. Com meu jeito de falar, minhas roupas, meus gostos, e principalmente, meus ideais, ideias e pensamentos. Minha opinião própria, e minha vontade de lutar por ela.
Mesmo que assim, me sinta tão fora de lugar, fora de época. Acho melhor do quê me sentir fora de mim.
Outra coisa do filme que gostei, foi um certo ponto crítico, sobre como certos valores mudam, como a vida foi banalizada em tão pouco tempo. Para muitas pessoas a vida dos demais não vale nada. A violência, a humanidade ficando tão desumana, sem cárater e alienada está se tornando tão corriqueira que para muitos esta realidade é normal.
E não é. Não pode ser.
A vida vale mais do quê isso. As pessoas valem mais do quê isso.
Mesmo que o presente pareça por vezes tão absurdo, devemos tentar melhorar o mundo, nem que seja tentando mudar primeiro a nós e aos que nos rodeiam. Mesmo que não nos encaixemos, xingar o mundo e ficar parado sem fazer nada não faz ninguém melhor que ninguém.
Atitude é uma palavra que define aqueles que já praticaram feitos memóráveis.


Então gente, é isso. Recomendo o filme, é bem antigo, de 1999 (mas o Brendan Fraser era muito lindo!! Aquele jeito de inocente...A quem interessar saber, claro.), mas é bem interessante, para quem quer pensar e se divertir com as trapalhadas de um cara fora de sintonia com o mundo, mas ainda assim tentando mudá-lo sem se corromper ou mudar sua essência.
Um filme para aqueles que se atrapalham com tanta loucura, com tanta gente tentando ser clone de outros sem moldar sua própria personalidade, sem defender suas ideias e opinião.
Todos agora. De volta para o presente.



Lorem Krsna

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